Paraguai 0x0 Japão (Pênaltis: 5x3)
Gols, só nos pênaltis
Era difícil que aparecesse um gol, a partida não mostrou grandes oportunidades para nenhuma das duas equipes. O Paraguai de Gerardo Martino entrou escalado de forma errada. O treinador argentino sacou H. Valdez para colocar mais um meia, abidicando do esquema 4-3-3, mesmo que com essa organização tática Valdez, quando sem a bola compunha o meio-campo.
O Japão de Takeshi Okada mantinha os japoneses no 4-1-4-1, tendo Honda como único homem no ataque. Os samurais azuis davam a bola para o adversário, não queriam jogar. A ideia era conseguir matar a partida em uma bola área, ou uma falta ou até em um drible de Honda.
O erro na escalação do treinador da Albirroja atrapalhou o desempenho da equipe. O único grande lance da primeita etapa veio em uma jogada de Lucas Barrios, que conseguiu girar sobre a bola e ficar livre para chutar, porém o arremate não foi dos melhores.
A partida seguiu o mesmo ritmo, quase nada de mudanças. O treinador dos Guaraníes arrumou seu equivoco inicial e colocou H. Valdez em campo. O jogador fez a função já executada em outras partidas, era o ponta-esquerda, mas voltava para compor a linha média. O time paraguaio melhorou e ainda assim o jogo seguiu fraco, sem oportunidades. No total cada time chutou no gol adversário seis vezes, todavia, perigo aos goleiros J. Villar e Kawashima, não houve.
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Não haveria como, somando a seleção paraguaia que vive a sina de nunca ter marcado em uma partida de oitavas de final em Copas, manteve a escrita. E o Japão que não tinha muito interesse em marcar, não tinha como dar em outra coisa: Decisão por penais:
PAR: Barreto (Gol), Lucas Barrios (Gol), Riveros (Gol), H. Valdez (Gol) e O. Cardozo (Gol)
JAP: Endo (Gol), Hasebe (Gol), Komano (No travessão) e Honda (Gol).
Agora classificado o Paraguai vai como azarão frente a Espanha, mas poderá até surpreender. O jogo de hoje também serviu para provar que o time precisa atuar no 4-3-3 mesmo. Mas que de toda a forma, a batalha contra os espanhois será muito difícil de ser vencida.
Espanha 1x0 Portugal
O homem que decide
Dos cinco gols na Copa do Mundo anotados pela Espanha, quatro foram marcados por David Villa. Ele mais uma vez foi decisivo.
A seleção de Vicente del Bosque veio armada no 4-2-3-1, com Villa na meia esquerda, Xavi centralizado e Iniesta aberto pela direita e Torres atuando centralizado no ataque. Já o time de Carlos Queiroz voltava a atuar no 4-3-3 e tinha uma referência no ataque, na partidade disputada no Green Point, Hugo Almeida ocupou essa posição.
A postura espanhola era a mesma das outras partidas, posse de bola e dominio do jogo, mas com dificuldades para fazer o gol e para penetrar na defesa adversária. A seleção lusa mantinha proposta semelhante a do jogo contra o Brasil, ou seja, se mantinha forte na defesa e apostava no contra-ataque.
A fúria teve amplo dominio desde os primeiros minutos da partida. Em alguns momentos a posse de bola batia os 60% e Villa, sempre ele, era a melhor alternativa espanhola na partida. Mas Ricardo Costa se mantinha seguro na marcação do futuro jogador do Barcelona. A movimentação da seleção da terra das touradas era impressionante, porém Xavi e Iniesta, claramente, jogando fora de posição não rendiam tudo aquilo que tem potencial para render.
A primeira chance da partida veio com Fernando Torres, porém não aconteceu o esperado. O jogador do Liverpool-ING e único “estrangeiro” no time titular da fúria ainda não rendeu o que se espera de um jogador com sua capacidade nessa Copa.
Na primeira etapa, Portugal chegou mais perigosamente, superando todas as adversidades. Os contra-ataques funcionaram e o mais incrível, Cristiano Ronaldo não era o principal homem na puxada de tais jogadas. Os volantes Tiago e Raúl Meireles faziam bem esse papel.
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Segunda etapa e a tendência da partida não foi alterada. Espanha na frente, com a bola e a seleção das quinas buscava surpreender os vizinhos através dos cotnra-golpes. Mas houve uma mudançã, a furia voltou fazendo uma “Blitz”, só parada por uma jogada em velocidade de Hugo Almeida. Logo depois, tudo voltou ao normal e a Espanha finalmente abriu o placar e, claro, em um golaço de pura coletividade.
Jogada muito bem concatenada. Villa, Xavi, Xabi Alonso e de novo com Xavi que partiu, mas tocou atrás mais uma vez com Xabi Alonso. O camisa 14 da fúria fez passe para Iniesta na entrada da área, o camisa seis conseguiu empurrar a redonda em direção de Llorente. Ricardo Carvalho antecipou o centroavante espanhol, porém a bola volta com Iniesta, que já passa ela para Xavi. O meia dá um sútil e genial toque de calcanhar para Villa (Em impedimento milimétrico), que arremata de primeira com a canhota para a defesa de Eduardo. Mas no rebote com a perna direita, ele chuta por cima do goleiro luso, a bola bate na trave e cai dentro do gol.
Com o gol tudo ficou mais fácil, pois os espanhois não teriam que penetrar a defesa adversária (a grande dificuldade da furia nesse Mundial) e apenas teriam que manter a posse da bola, caracteristíca principal e mais da equipe na África do Sul. Os lusos ainda esboçaram alguma reação, porém não conseguiram nada.
Faltou um pouco de Cristiano, mas a culpa não pode ser creditada totalmente ao gajo de Funchal. Faltou criatividade ao meio-campo luso, talvez com Nani, no ataque juntamente com CR7 a seleção das quinas poderia ir mais longe.
Por outro lado, a Espanha mostrou força. E que mesmo com Vicente del Bosque insitindo em escalar alguns jogadores fora de posição o time é muito. Além disso os espanhois tem Torres no comando de ataque, ainda longe de estar 100% fisicamente. Portanto, quem já descartava a Espanha após a derrota para os suiços, errou infantilmente.
Abraço a todos