sexta-feira, 30 de julho de 2010

Curtinhas da Libertadores – Semifinais (Ida)

Chivas Guadalajara 1x1 Universidad de Chile

Jogando no México, mas fora do Jalisco, a história foi diferente. Nas outras duas disputas em mata-mata, o Rebanho Sagrado se garantiu jogando em casa, ao fazer 3x0 em Vélez e Libertad. Dessa vez jogando no lendário Estádio Azteca na Cidade do México, os mexicanos não conseguiram dar um grande passo para a classificação e ficaram no empate com La U.

O alto atacante Juan Oliveira disputa com o zagueiro e capitão do Chivas, Reynoso - Ag. EFE

O time chileno conseguiu segurar as principais tentativas do Chivas, que não conseguia realizar uma grande pressão sobre a saída de bola adversária. Isso dava tranquilidade para El León (O Leão, um dos inúmeros apelidos do time chileno), mas a produção ofensiva também era pequena.

Gerardo Pelusso colocou a equipe para jogar no 4-3-2-1, que com a bola se convertia no 4-2-3-1. Utilizando-se desse esquema, o centroavante Oliveira ficava isolado na área, esperando as jogadas de Puch pela esquerda e Montillo pela direita. Porém os meias não se aproveitaram do mais de 1.90 m do atacante uruguaio, poucas bolas foram cruzadas para a área.

Los Rojiblancos atuavam no 4-4-2 em linha e atuando assim, nada produziram. Para a segunda etapa a equipe mudou a forma de jogar, passou a ter o 4-2-3-1 como esquema base.

Porém quem abriu o placar foram os visitantes. Montillo colocou bola na área em cobrança de falta. Oliveira desviou para trás e Reynoso afastou em direção ao centroavante uruguaio, que com muita calma passou de cabeça para Olarra. O zagueiro livre e muito próximo do gol, só empurrou a testa na bola e abriu o placar no Azteca.

Aos seis minutos, ou seja, quatro minutos após a abertura do placar veio o empate. O Rebanho Sagrado devolveu na mesma moeda. No escanteio que partiu da direita, Omar Bravo cabeceou no meio da área e Miguel Pinto defendeu. Mas no rebote Arellano finalizou e marcou.

Jogando em casa e com muito apoio da torcida, o Chivas foi obrigado a atacar e foi isso que fez nos minutos restantes da partida. Muitas bolas chegarão a baliza defendida por Miguel Pinto, que foi muito bem e evitou uma derrota. O placar poderia ter sido de até dois gols de diferença para os mexicanos, mas o arqueiro chileno evitou a derrota e segurou o empate.

Com a igualdade em 1x1 o Chivas pela primeira vez na competição terá que ir ao ataque jogando fora de casa, a dúvida fica nisso, será que Los Rojiblancos serão capazes de fazer o placar no Chile?
Pelo lado chileno o resultado foi bastante comemorado, afinal, ele exige um Chivas ofensivo fora de casa. Com isso La U terá espaço para o seu contra-ataque, que pode ser decisivo no confronto.

Palpite: Chivas Guadalajara (MEX)


Internacional 1x0 São Paulo

Dono da casa e dono do confronto, esse foi o Internacional no Beira-Rio. O técnico Celso Roth repetiu o 4-2-3-1 da vitória de 1x0 sobre o Flamengo, mas mudou a escalação. Sandro e Guiãzu foram os volantes e Taison pela esquerda, Andrezinho no centro e D’alessandro na direita faziam a ligação no meio-campo. E Alecsandro era o centroavante, que mesmo sozinho não ficava isolado, pois os três meias e os laterais sempre chegavam bem ao ataque.

Todos esperavam que Ricardo Gomes levasse o tricolor paulista a campo no 3-5-2, mas o treinador surpreendeu. Ele escalou o time no 4-3-2-1 com Jean na lateral-direita e Júnior César na esquerda. Richarlyson era o primeiro volante, Hernanes o marcador pela esquerda e Rodrigo Souto fazia esse papel pela direita. Na criação Marlos e Dagoberto alternavam entre direita e esquerda e Fernandão era o centroavante.

No papel o tricampeão Mudial era o mesmo que jogou muito bem contra o Cruzeiro na fase anterior da competição. Porém o colorado não deu chance ao São Paulo, pressionou o tempo todo, com isso o time paulista não ficava com a bola e não conseguia produzir nada.

Mesmo ficando com a bola em quase todo o primeiro tempo, poucas oportunidades foram criadas. O São Paulo estava muito bem postado na defesa, mas água mole pedra dura tanto bate até que fura. Taison de cabeça quase abriu o placar e D’alessandro, Andrezinho e Sandro tentavam de fora da área. No primeiro tempo a melhor defesa da Libertadores se manteve ilesa contando com o bom desempenho de Rogério Ceni.

O que já era bom melhorou na segunda etapa. O São Paulo também tentou mais, porém a partida era do Internacional. O caminho já estava desenhado era a esquerda, onde o volante Jean fazia a lateral-direita e onde Taison atuava. O camisa sete havia sido o destaque da primeira etapa e seguiu bem no segundo tempo. A diferença agora é que Dale, Kléber e até Sandro encostavam mais por ali.

Foram várias jogadas pelo lado esquerdo ofensivo, mas o gol não vinha e para variar Rogério segui sendo destaque pelo lado tricolor paulista. Andrezinho, outrora 12° jogador, porém ontem como titular não vinha fazendo boa partida. O técnico Celso Roth tirou o número 17 e colocou o onze, Giuliano.

Giuliano marcou o gol da vitória e com quatro gols agora é o artilheiro do colorado na Taça Libertadores da América - Ag. EFE

O jovem e ex-jogador do Paraná mostrou estrela mais uma vez (já tinha sido decisivo contra o Estudiantes na Argentina). Foi ele quem começou a jogada do gol e isso pelo lado direito. O camisa onze tentou o passe para Dale e a redonda bateu na marcação chegando ao destino pensado. D’alessandro consegui passar para Alecsandro, que sem querer passou para Giuliano dominou, girou sobre Miranda e bateu rasteiro com a perna direita no canto direito de Rogério Ceni.



A torcida pediu a La Boba e D'alessandro a realizou de forma mágica.

O São Paulo tentou ainda um empate, Dagoberto, Hernanes com as duas pernas, Cléber Santana, arriscaram chutes de fora da área, mas passaram longe de assustar o goleiro Renan. O Inter que quase ampliou, porém ficou no 1x0 mesmo. D’alessandro ainda relaizou a La Boba seu drible caracteristíco e passou a bola por baixo das pernas de Rodrigo Souto, o argentino só não foi melhor que Taison na partida.

O saldo da partida para o tricolor paulista ainda foi bom, pelo volume de jogo do clube gaúcho. Ficar só no 1x0 deixou o jogo aberto para o Morumbi, onde o tricampeão da Libertadores costuma se dar bem, terá muito apoio da torcida e ainda jogará de forma diferente do que jogou no Beira-Rio.

O lado colorado teve a sensação de dever cumprido, porém também ficou a certeza de que mais tentos poderiam ter sido anotados. Mas temos que lembrar que em 2006 o Internacional conseguiu o título pelo resultado fora de casa. Além disso, no Morumbi o time deverá ter a volta de Tinga, que tende a ser muito importante ao último brasileiro campeão continental.

Palpite: Internacional (BRA)

Abraço a todos

terça-feira, 27 de julho de 2010

1ª Convocação de Mano Menezes – 26/07/10

Lista para o amistoso em Nova Jersey no dia 10 de agosto contra a seleção norte-americana às 21 horas (horário de Brasilía).

Média de Idade: 23,08 anos.

Remanescentes da Copa do Mundo de 2010: 4 – Daniel Alves, Thiago Silva, Ramires e Robinho.

Idade olímpica: 7 – Renan, Rafael, Sandro, Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato, André e Neymar.

Primeira convocação: 10 – Jefferson, Renan, Rafael, David Luiz, Réver, Jucilei, Ederson, Paulo Henrique Ganso, André e Neymar.

Golerios: Jefferson (Botafogo-BRA) – 27 anos, Renan (Avaí-BRA) – 19 anos e Victor (Grêmio-BRA) – 27 anos.

Laterais-direitos: Daniel Alves (Barcelona-ESP) – 27 anos e Rafael (Manchester United-ING) – 20 anos.

Zagueiros: David Luiz (Benfica-POR) – 23 anos, Henrique (Racing Santander-ESP) – 23 anos, Réver (Atlético Mineiro-BRA) – 25 anos e Thiago Silva (Milan-ITA) – 25 anos.

Laterais-esquerdos: André Santos (Fenerbahce-TUR) – 27 anos e Marcelo (Real Madrid-ESP) – 22 anos.

Volantes: Hernanes (São Paulo-BRA) – 25 anos, Jucilei (Corinthians-BRA) – 22 anos, Lucas (Liverpool-ING) – 23 anos, Ramires (Benfica-POR) – 23 anos e Sandro (Internacional-BRA) – 21 anos.

Meias: Carlos Eduardo (Hoffenheim-ALE) – 23 anos, Ederson (Lyon-FRA) – 24 anos e Paulo Henrique Ganso (Santos-BRA) – 20 anos.

Atacantes: Alexandre Pato (Milan-ITA) – 20 anos, André (Santos-BRA) – 19 anos, Diego Tardelli (Atlético Mineiro-BRA) – 25 anos, Neymar (Santos-BRA) – 18 anos e Robinho (Santos-BRA) – 26 anos.

Lembrando que Mano Menezes convocou 24 atletas, pois Sandro e Hernanes se enfrentarão pelos seus clubes na Taça Libertadores da América. Portanto o vencedor, que irá disputar a final do torneio continental, apenas um ficará no grupo, o eliminado.

Abraço a todos

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Jogo aberto no Beira Rio

Taison, o nome do único gol do bom jogo entre Flamengo e Internacional - Jefferson Bernardes/Vipcomm/Divulgação

Foi isso que a tarde que terminou chuvosa em Porto Alegre nos apresentou. Os donos da casa vinham para o jogo sem sete de seus titulares: Pato Abbondanzieri (com a chegada de Renan deverá ser reserva), Bolívar, Nei, Kléber, Sandro, D’Alessandro e Alecsandro. O Flamengo deveria ter aproveitado a oportunidade de vencer um candidato ao título fora de casa.

Os rubro-negros utilizando-se dessa lógica foram para cima. Rogério Lourenço armou o clube carioca com 3 zagueiros, no esquema 5-4-1 e tinha Willians e Corrêa como volantes. O primeiro lance veio em uma cabeçada de Rômulo, zagueiro na partida de hoje, que foi na trave.

O Internacional jogava no 4-2-3-1, Tinga era o armador central, que ajudava na marcação sem a bola. Sóbis jogava pela direita e Taison era o homem da esquerda. E foi o camisa sete do colorado que abriu o placar, deram espaço para ele, que conduziu para a perna direita e soltou a bomba. Marcelo Lomba até tentou, porém inutilmente. A bola encontrou ângulo esquerdo do goleiro do hexacampeão brasiliero.
Os esquemas que as equipes iniciaram a partida (Clique para ampliar)

A partida seguia aberta, e os goleiros não tinham uma boa tarde. Marcelo Lomba falhou ao tentar jogar com os pés, porém conseguiu se recuperar e parou o atacante Everton, que nada produiziu durante os 90 minutos em que esteve em campo. Renan, mostrava que lhe faltava ritmo de jogo e suas falhas apareciam nas jogadas áreas.

O Flamengo quase chegou ao gol com Jean, mais uma vez a boa jogada ofensiva do rubro-negro veio em uma cabeçada. Para o time do Rio de e Janeiro faltava alguém para prender a bola no ataque. No lado colorado a partida fluia bem, o time mantinha um bom ritmo de jogo, anulava o meio rubro-negro e, principalmente, não dava espaços a Petkovic. Porém as oportunidades de marcar não apareceram.

O primeiro tempo ficou mesmo no 1x0. Para a segunda etapa Celso Roth manteve o time no 4-2-3-1, porém Tinga já não subia tanto ao ataque e se preoucpava mais com a marcação. O Fla não trocou apenas o esquema, também mudou peças. Para colocar o 4-2-3-1 em ação, Rogério sacou Rômulo e colocou Marquinhos e tirou Diego Maurício e levou para o campo Val Baiano.
Os esquemas que as equipes jogaram no segundo tempo, um Flamengo diferente (Clique para ampliar)

Com as mudanças no rubro-negro, Willians e Corrêa seguiam como volantes. A linha de armadores tinha Pacheco na direita, o sérvio no meio e Marquinhos na esquerda. O time da Gávea até melhorou, porém a inoperância ofensiva seguia e o grande problemas para os torcedores é que tal problema não deverá ser solucionado com os nomes que o time tem no elenco.

Petkovic seguia com muitas dificuldades, pois ele ficava encaixado na marcação dos volantes colorados. O argentino Guiñazu mais uma vez parecia ser multiplicar em campo. A melhor chance do Inter na segunda etapa veio com Rafael Sóbis. O atacante que reestreiou no jogo contra o Fla, tentou um cruzamento para Everton, mas pegou mal na bola, que seguiu o caminho do gol e bateu na trave.

Na segunda etapa a bola ficou mais com o Flamengo, mas o rubro-negro fez isso sem levar tanto perigo ao Inter. Mais uma vez em duas bolas áreas os donos da casa passaram perto de tomar o gol, porém ele não saiu.

O clube carioca mostrou que não deverá ser time para birgar pelas primeiras posições, todavia não terá problemas com o rebaixamento. Zico já havia deixado claro, é momento de reconstrução e o time não fará locuras para contratar. Portanto o tão sonhado atacante que colocaria o clube em outro patamar no Brasileirão não deve vir.

O Internacional disse a que veio no campeonato. Mesmo focado na Libertadores o time conseguiu a vitória importante e segue no G-4 do Brasileirão. Os colorados também deixaram claro que não tem apenas onze titulares e sim um bom plantel, que nas disputas por pontos corridos faz muita diferença.


Abraço a todos

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um Galo forte vingador

Fábio Costa, Fernandinho, Réver, Daniel Carvalho, Diego Souza e Édison Méndez. Todos eles foram contratados por Alexandre Kalil, presidente do Clube Atlético Mineiro em menos de dois meses. Somados a eles as manutenções de Ricardinho, Diego Tardelli e Fabiano, ainda as recuperações de Lima, Serginho e Obina e também a manutenção da dupla que se destacou no Paulistão 2010, Ricardo Bueno e Diego Macedo. Sem esquecer que no comando desse elenco está Vanderlei Luxemburgo, pentacampeão brasileiro. E, lógico, a melhor estrutura entre os clubes brasileiros está a disposição.

Depois de um começo de ano abaixo das expectativas, Tardelli já voltou a balançar as redes e ser fundamental ao Galo - Getty Images

O Atlético com todos esses fatores somados faz a massa acreditar em dias melhores, pois nos anos 2000, o Galo tem apenas dois títulos de Campeonato Mineiro (2007 e 2010) e a conquista da Série B em 2006. Para piorar a situação o seu rival Cruzeiro tinha muito do que se orgulhar. O lado celeste de BH teve no mesmo periodo, cinco títulos Mineiros (2008 e 2009 humilhando o rival), duas Copas do Brasil e ainda um Brasileirão. Além de estar sempre participando da Taça Libertadores da América.

Com esse novo elenco montado pelo presidente em conjunto com parceiros, o Galo espera alcançar, pelo menos, a vaga para o torneio continental. Porém alguns nomes trazem muita dúvida ao torcedor atleticano.

O goleiro, Fábio Costa é um deles. O arqueiro duas vezes campeão do Brasileirão vinha de um tempo parado no Santos, mas é bom jogador, tem muita personalidade e já causou alguns problemas fora de campo, porém Luxemburgo nunca teve problemas com ele. O que falta à ele é o ritmo de jogo, que conquistará aos poucos.

Os defensores que chegam são dois canhotos. O lateral-esquerdo Fernandinho e o zagueiro Réver. O ex-atleta do Cruzeiro era destaque no clube mineiro até sofrer com uma lesão e perder espaço para Diego Renan. No alvinegro ele poderá reencontrar espaço para jogar, mas briga por posição com o também experiente Leandro.

O zagueiro, conta com muita técnica e é muito bom no jogo pelo alto. Porém depois de um 2008 e 2009 muito bons pelo Grêmio, ele pouco atuou na Alemanha, deve chegar sem ritmo. Réver cresce no esquema de três zagueiros e também pode fazer o papel de volante.

No meio-campo três atletas com vocação ofensiva. Édison Méndez vem credenciado pela ótima participação na Copa Sul-Americana, onde marcou três gols no primeiro jogo da final e foi fundamental a LDU para a conquista do título. O equatoriano também teve uma boa passagem pelo PSV-Hol onde ajudou o time em uma boa campanha na UEFA Champions League. E dos três é o que prefere jogar aberto, os outros são mais meias que atuam pelo centro.

Diego Souza é outro que vem cercado de muitas esperanças para o Galo. Foi recebido em Minas por muitos torcedores e chegou, literalmente, nos braços da galera. O meia saiu do Palmeiras após problemas com torcedores, ele ficou encostado no alviverde e pediu a definição de seu caso. Felipão sinalizou que iria contar com o alteta, mas a proposta do time mineiro pelo craque do Brasileirão 2009 foi aceita pela Traffic, foram cerca de 3 milhões de euros por 50% do atleta.

Agora o novo jogador do Atlético-MG precisará de um tempo pra entrar em forma e conseguir voltar a jogar por 90 minutos. Pois Diego já atuou nas duas partidas pós-Copa, mas por pouco tempo e rendendo muito pouco.

Daniel já treina  e estará disponível para o jogo de sábado contra o Avaí - atletico.com.br

O último meia é Daniel Carvalho, o autor do primeiro gol da “Era Dunga” e titular do início da mesma. Porém ele teve problemas após isso, não conseguindo se firmar na seleção e também caindo muito de produção no CSKA. Com isso foi emprestado para o seu clube de criação e do coração, o Internacional. No Rio Grande do Sul não conseguiu entrar em forma e, portanto não rendeu.

Ele voltou para a Rússia e mais uma vez foi emprestadol, dessa vez para o mundo árabe. No Al-Arabi também pouco jogou. O resultado disso foi aparecer no Galo e ser mais um dos contratados por Alexandre Kalil. Ele foi dos atletas que melhor aproveitou a pausa da Copa do Mundo, e já está próximo de sua forma ideal.

Daniel Carvalho bem fisicamente e motivado é uma ótima contratação do alvinegro. Ele já estará a disposição para jogar no sábado contra o Avaí.

Kalil na coletiva de segunda-feira, nela ela anunciou que o ingresso segue sendo caro, mas deixou claro que o time vale os 40 reais - atletico.com.br/Bruno Cantini

O presidente do clube ainda deixou claro em entrevista na última segunda-feira que mais contratações poderão aparecer. Os dois nomes podem ser Gilberto Silva e Maldonado. Alexandre Kalil afirmou, o Gilberto é ídolo na Grécia e ganha em euro, mas se ele abrir mão disso, eu vou trazê-lo. Sobre o chileno ele falou, Maldonado está no Flamengo, mas se não renovar com o clube carioca eu trago também.

O interessante é que o Galo não está aumentando sua dívida com essas contratações. A vinda de Réver foi através de uma parceria, a chegada de Diego foi viabilizada após a venda do atacante Kléber para o Porto. Além disso, o presidente tem cortados muitos gastos internos do clube e o ingresso custa 40 reais, um valor alto, porém necessário para manter tantos atletas de bom nível na equipe.

A esperança da massa é que Luxemburgo consiga montar um bom time com esses bons jogadores que estão a sua disposição. Capacidade ele tem e amparado por um presidente muito ativo e um dos melhores do Brasil, o Galo tem tudo pra chegar longe e pelo menos conquistar a sonhada vaga à Libertadores.

Que tal um time com: Fábio Costa, D.Macedo, Lima, Réver, Leandro; Serginho, Zé Luiz; Méndez, D.Souza, D.Carvalho; Tardelli. E como opções no Banco: Jairo Campos, Cáceres, Fernandinho, Ricardinho, Ricardo Bueno, Obina.

Abraços a todos e parabéns ao Fluminense pelos seus 108 anos de glórias.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Comprando, e muito, para virar grande

Comandado pelo Sulaiman Al-Fahim (o é presidente Khaldoon Al Mubarak) desde setembro de 2008, o Manchester City tornou-se destino de vários jogadores de importância no cenário futebolistíco atual. Além disso, o clube inglês ficou conhecido por “torrar” o seu dinheiro com extrema facilidade e também pelo fato de fazer propostas absurdas por diversos atletas.

Apresentado como grande esperança para o City, Jô não foi muito longe - mcfc.co.uk

A primeira grande movimentação do City foi a contratação por 32,5 milhões de libras de Robinho vindo do Real Madrid. O detalhe é que o antigo camisa dez merengue estava muito próximo de um acerto com o Chelsea, porém o dinheiro dos Sky Blues falou mais alto. Mais um brasileiro chegou ao elenco, Jô veio do CSKA por 18 milhões também em moeda britânica.

Os Citzens que já contavam com Elano no elenco e com a chegada do outro brasileiro o time tinha intenção de conquistar a Copa UEFA. Mas o resultado não foi bom, pois o time acabou em décimo lugar na Premier League e sem vaga para nehuma competição europeia. Além disso, o principal objetivo da temporada não foi alcançado, o time foi eliminado pelo Hamburg ainda nas quartas de final.

Os torcedores do City desde pequenos sabem da importância do Sheik para o time - The Guardian

Um novo mandatário no clube, na verdade, apenas um novo dono, porque o presidente seguia sendo o mesmo. Mansour bin Zayed Al Nahyan, membro da família real de Abu Dhabi e empresário do ramo de petróleo. Com a entrada dele mais um enorme despejo de dinheiro no clube.

O início foi “roubando” Carlos Tévez do rival Manchester United, foram 25,5 milhões de libras para trazer o atleta. O sheik que não se resumiu a Carlitos. 12 milhões foram para o Aston Villa pelo volante Gareth Barry, o Arsenal recebeu 16 milhões por Kolo Touré e 25 para ter os serviços do centroavante Emmanuel Adebayor.

Outro clube que recebeu uma quantia vinda de Manchester foi o Everton, algo próximo a 23 milhões pelo zagueiro Lescott. E ainda gastou mais um “pouquinho”, Roque Santa Cruz que saiu do Blackburn por “apenas” 17,5 milhões. Um goleiro ainda foi trazido, Shay Given veio do Newcastle por 5,9 milhões de libras. De Jong também se juntou a equipe por 16 milhões o holandês deixou o Hamburg.

Portanto em duas temporadas o City investiu 191,4 milhões de libras esterlinas. E o que os Sky Blues conseguiram? Uma vaga na UEFA Europa League da temporada 2010/11. Parece pouco, e, realmente é.
Silva já foi apresentado e é mais uma estrela dos Sky Blues - mcfc.co.uk

Com Mancini seguindo no comando, o time tem um objetivo claro para essa próxima Premier League, que é terminar entre os quatro primeiro para conquistar a vaga para a UEFA Champions League.
Mais uma vez o dinheiro entrou em ação no City of Manchester Stadium. O Valencia recebeu 25 milhões de libras por David Silva, o Barcelona recebeu 24 milhões por Yaya Touré e o Hamburg vendeu Jerome Boateng por 10,4 milhões de libras. Além do que, Kolarov está muito próximo de um acerto, com o negócio pelo sérvio seriam mais 16 milhões.

Mas porque o time não vai pra frente, não conquista seus objetivos? A resposta é simples. O City investe em nomes no minímo alternativos e que dificilmente trarão o impacto que é necessário. Jô vale 18 milhões de libras? É aí é que está a questão, algumas contratações foi bem feitas, mesmo pagando caro, pois se o clube pode pagar que pague, mas tem negócios como esse do ex-atacante do Corinthians que são inexplicáveis.

O rumo mudou, nessa temporada o time promete atrapalhar bastante o Big Four. O time gastou mais do que devia com os contratados da temporada? A resposta é sim, porém o dinheiro que o sheik tem é para isso mesmo. Silva e Yaya Touré ajudam o time a subir de patamar, Kolarov vem para ser o titular da lateral-esquerdo e Boateng será mais uma alternativa para a defesa.

Os Citzens ganharam mais peças de reposição, e usando um clichê encorparam o elenco. Isso é verdade, portanto acredito que o Manchester City consiga a vaga à UCL nesse ano. Porém tem que focar nisso e pensar em ganhar a UEFA Europa League, o título da competição continental até pode vir, mas como bônus.

* Os números das transferências são todos aproximados, pois na maioria das ocasiões o valor exato não foi revelado.

Abraço a todos

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Diego Forlán ao estilo Casillas

Pois é, o atacante e Bola de Ouro da Copa do Mundo FIFA de 2010 fez algo parecido com o que Casillas realizou após a conquista do título.

Porém a situação do camisa dez foi montanda e não aconteceu natuaralmente como no caso do goleiro da fúria e da repórter Sara Carbonero. Ficou claro, que Forlán ficou encabulado com a situação, mas no final acabou beijando a sua noiva, a argentina Zaira Nara. A modelo é apresentadora de um programa culinário, que recebeu o atacante.

Vejam o vídeo:



Mais uma dica da Comunidade do Orkut Doentes Por Futebol.


Abraço a todos

sábado, 17 de julho de 2010

Os “canteros” do Barcelona

Os tais canteros do Barcelona tem tido muita influência nos resultados do clube nos últimos anos. Assim a equipe blaugrana conquistou os seis títulos possíveis na temporada de 2008/09, ganhou La Liga, Copa do Rey, UEFA Champions League, Mundial Interclubes, Supertaça da Europa e a Supertaça da Espanha.
A UCL conquistada pelo barça em 08/09 - Getty Images

Na final do torneio europeu o barça teve como titulares sete jogadores que passaram por La Masia. Víctor Valdés, Carles Puyol, Gerard Piqué, Sergio Busquets, Xavi Hernández, Andrés Iniesta e Lionel Messi. Além disso, entre os dois reservas que foram a campo no Olimpico de Roma um deles também havia passado pela cantera, Pedro Rodríguez.

Outro nome importante para a conquista foi Josep Guardiola, ex-jogador e técnico do Barcelona. O pontapé inicial da carreira do atleta como comandante começa no Barcelona B em junho de 2007.

Mas a história é um pouco diferente. Nem todos começaram no Blaugrana desde o início de suas carreiras. Os homens que podem se orgulhar de serem 100% do Barcelona. Os titulares Víctor Valdés, Gerard Piqué, Xavi Hernández e o importante reserva Bojan. Porém só o meia e o atacante que não trocaram de time em momento algum. Pois o arqueiro passou três anos no Tenerife e o zagueiro se profissionalizou no Manchester United.

Os outros atletas citados como canteros começaram em outros clubes. O caso mais famoso é do melhor jogador do mundo, Messi. La Pulga surgiu no Newell’s Old Boys e ainda com 13 anos foi ao Barcelona. O já lendário capitão blaugrana Carles Puyol é mais um que veio de outro clube. O zagueiro iniciou a carreira no futebol no Pobla de Segur, clube da Catalhuna. Porém antes de se profissionalizar o atleta já foi adiquirido pelo barça.

Iniesta é mais um jogador simbolo do Barcelona e também começou fora de La Masia. O atual camisa oito do time iniciou no Albacete, e depois de fazer um estágio no clube de Camp Nou foi aprovado e segue no time até.

O fato seguiu acontecendo no Barcelona até os tempos atuais. Os mais jovens Sergio Busquets e Pedro Rodríguez viveram a mesma coisa. O volante e atual titular do time passou pelo Lleida e Unió Jabac antes de chegar ao Barcelona. Já o atacante Pedro iniciou no San Isidoro, mas depois de um ano nesse clube ele terminou sua formação no barça.

Porém isso não traz demérito nenhum ao trabalho de base do Barcelona, e isso é muito comum. Os clubes grandes europeus costumam fazer isso, a Internazionale, por exemplo, tem em Balotelli sua maior joia, mas ele não iniciou sua carreira no futebol no clube de Milão.

De qualquer forma é válido saber que nem todos os canteros são 100% de La Masia.


Abraço a todos

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um clássico para esquentar a volta

Santos e Palmeiras se enfretaram no Pacaembú, a nova casa alviverde enquanto o Palestra Itália passa por reformas. E tivemos um bom jogo na capital paulista, mas o Santos jogava sem Robinho e com Paulo Henrique Ganso no banco, já o verdão tinha o retorno oficil de Kléber “gladiador”.
Kléber voltou bem ao Palmeiras - Terra/Ricardo Matsukawa

Felipão via Murtosa, escalou o Palmeiras no esquema da moda, o 4-2-3-1, que em alguns momentos transformava-se em 4-3-1-2. Pois Ewerthon ficava mais avançado e Márcio Araújo compunha mais com Marcos Assunção e Edinho na linha de volantes. Dorival colocou o Santos também no 4-2-3-1, sendo que o volante Wesley tinha liberdade para encostar nos três meias.

Kléber jogando com a camisa 30 justificou o porque da torcida alviverde gostar tanto dele. Foi ele que criou a primeira chance do verdão, no rebote Lincoln chutou assustando o goleiro Rafael. Na segunda chegada do Palmeiras aos 12 minutos, o placar saiu do zero. A zaga afastou mal e o camisa 30 inteligentemente tocou de primeira de cabeça para Ewerthon, que estava no bico esquerdo da área. O atacante dominou, cortou para meio, chutou forte no ângulo marcando um golaço.

Neymar buscava jogo mais pela esquerda, porém não tinha sucesso pois era bem marcado por Vitor, Edinho e Márcio Araújo. O jovem Alan Patrick, que substituia Ganso parecia nervoso e não conseguia desenvolver um bom futebol. O terceiro homem de criação do peixe era Mádson, e ele era mais um que não realizava boa exibição.

O atacante André estava apagado e teve um boa chance, mas desperdiçou uma cabeçada livre dentro da área. O Palmeiras ia muito bem na marcação, não deixava o jogo santista fluir.

Para tentar arrumar a meia-cancha, Dorival Júnior colocou Ganso no lugar de Mádson. Porém mesmo ficando mais com a bola quem assustava mais era o Palmeiras abusando dos contra-ataques. O Santos mudou, Zé Eduardo e Marcel entraram nos lugares dos jovens Alan Patrick e Neymar. Assim o time da baixada santista foi alterado taticamente, passou a jogar no 4-3-3.

Clique na imagem para ampliar

Porém a troca nem foi sentida. Pois Tinga, que havia entrado no lugar de Lincoln (muito bem na partida), recebeu um passe de Kléber e arrematou cruzado. O ex-jogador da Ponte Preta contou com o desvio no pé esquerdo de Edu Dracena para marcar o 2x0.

O Santos reagiu e também se aproveitou da recuo alviverde, passando a mandar no jogo. O peixe conseguiu um gol. Wesley cruzou bola da intermediária direita, Léo afastou a bola para trás onde estava Marcel. O atacante do alvinegro matou a bola na coxa e chutou forte sem chances para Deola.

Os comandados de Dorival Júnior ainda assustou a torcida palmeirense, mas a vitória ficou mesmo com alviverde, agora comandado por Felipão.


Abraço a todos

terça-feira, 13 de julho de 2010

A nova geração alemã, já, quase, preparada para 2014

O terceiro posto na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul não pode ser tratado como uma derrota pelos alemães. E sim como um marco da geração, que cresceu com o país sem nenhuma divisão, e geração esta, símbolo da miscigenação de raças.

O espiríto de equipe alemão foi destaque na África do Sul (AFP)

Entre os 23 atletas que compuseram o elenco da Die Nationalelf em terras africanasm são poucos aqueles que, em 2014, não devem vestir a camisa alemã durante a Copa do Mundo no Brasil. Os goleiros Butt e Tim Wesie terão respectivamente 40 anos e 32 anos daqui a quatro anos e seriam apostas mais arriscadas. Mas as despedidas não se resumem aos goleiros. O zagueiro titular Friedrich terá 34 anos e os atacantes Klose, 36 e Cacau, 33, também têm chances pequenas de representarem a seleção no Mundial brasileiro. Ballack, se não tivesse se lesionado no tornozelo, seria um dos 23 da Die Mannschaft, mas, em 2014, terá 37 anos.

Além do ex-capitão alemão, Ballack, outros atletas se lesionaram antes da Copa do Mundo. O volante Simon Rolfes até pode ter chances de vir ao Brasil, mas, com 32 anos, é difícil cravar sua presença. Metzelder é outro atleta que não esteve em 2010, mas no caso do ex-zagueiro do Real Madrid, a falta de oportunidades no clube merengue atrapalhou. Porém agora, o defensor ganha uma nova oportunidade na Alemanha, no Schalke-04 e, com 33 anos em 2014, se estiver bem, poderá estar entre os 23 da Nationalelf.

Já os outros 18 atletas convocados para 2010 por Joachim Löw estarão com 30 anos ou menos em 2014. Neuer (28), Mertesacker (29), Tasci (27), Boateng (25), Aogo (27), Lahm (30), Jansen (28), Badstuber (25), Khedira (27), Schweinsteiger (29), Toni Kroos (23), Trochowski (30), Özil (25), Marin (25), Podolski (28), Mario Gómez (28), Kießling (29) e Thomas Müller (24).

A base está formada, mas faltam algumas peças. Porém, a história dessa seleção não se resume a precocidade, e, sim, conta com a presença de diferentes raças. Portanto, colocando uma pedra sobre o passado de intolerância racial. A provável seleção de 2014 terá representantes da Alemanha, Bósnia, Polónia e Rússia. Além disso, a Die Mannschaft contará com descendentes de turco, tunisiano, nigeriano e ganês.

Para a camisa número um, duas opções já são quase certezas. O titular da Copa de 2010, Neuer, que terá 28 daqui a quatro anos. O jogador do Schalke 04 é nascido em Gelsenkirchen, fez toda a carreira nos azuis-reais e era o titular da equipe campeã europeia sub-21 em 2009. René Adler é outro nome forte, pois seria o titular na África do Sul, mas teve que fazer uma cirurgia por conta de uma fratura na costela e ficou de fora. Ele e Neuer devem brigar até o fim para ver quem fica com o posto de titular no Brasil.

Para a terceira vaga de goleiro, um nome seria certeza, caso não tivesse decepcionado com a camisa vermelha do Bayern. Michael Rensing, alemão com mãe sérvia, hoje está sem equipe após dez anos no clube bávaro. A diretoria do time de Munique acreditava que ele seria o substituto de Oliver Kahn, mas, na chance que teve, não conseguiu se firmar. Talvez, mais experiente e com uma nova oportunidade sem o peso de substituir alguém como Kahn, possa chegar forte em 2014, quando estará com 30 anos.

Além do ex-jogador do Bayern, os reservas na conquista do Europeu sub-21 em 2009 podem ocupar essa vaga. Tobias Sippel, do Kaiserslautern e com 26 em 2014, é um dos nomes. O outro é Florian Fromlowitz, que também começou a jogar no Kaiserlautern, mas que hoje atua no Hannover 96, e, na Copa no Brasil, estará com 28 anos. 

Mertesacker, o melhor zagueiro alemão em 2010, é nome forte para 2014 (Michael Regan/Getty Images)

A geração de defensores alemães é bem interessante e, em 2014, deve ter muito dos atletas que estiveram na África do Sul. Na lateral-direita, o capitão da Die Nationalelf em 2010, Philipp Lahm. O jogador nascido em Munique e que fez quase toda a carreira no Bayern, aos 30 anos em 2014, é nome certo. O reserva deve ser Adreas Beck, ala do Hoffenheim, titular da equipe campeã sub-21 europeia no ano passado e nome que fazia parte pré-lista de Joachim Löw.

A zaga central tem grandes chances de ter Mertesacker. O zagueiro do Werder Bremen fará no Brasil com 29 anos a sua terceira Copa e, mais uma vez, deve ser o titular. Tasci, que esteve na África do Sul ,é nome forte. O descendente de turcos terá 27 anos em 2014 e já virá com a experiência de ter disputado uma Copa do Mundo. Westermann era mais um jogador que estaria no Mundial de 2010, mas uma lesão no pé esquerdo o afastou da disputa. No Brasil, terá 30 anos e surge como nome forte, principalmente, por jogar também como volante.

Além dos três, mais dois jogadores surgem fortes para esst vaga, mas também poderão ocupar outras posições. Jerome Boateng é nascido em Berlim, porém seu pai era ganês. Neste Mundial o zagueiro atuou também como lateral-direito (em uma patirda, quando teve sua melhor participação) e na ala-esquerda (onde foi titular boa parte da Copa). Badstuber foi titular durante a temporada no Bayern de Munique, jogando tanto como zagueiro e como ala nos dois lados. Na seleção ele começou a campanha na África do Sul como titular na lateral-esquerda e tendo 25 anos em 2014 é nome muito forte.

A ala-esquerda tem mais um nome considerável, Marcell Jansen. O atleta do Hamburgo, que nesta Copa, autou tanto como lateral como no meio-campo, foi bem. Mesmo sendo reserva, entrava sempre e contribuida de forma importante para o time. Em 2014, ele terá 28 anos, portanto, a idade não atrapalha.

O setor de marcação no meio-campo conta com bons nomes. A dupla titular, que fez muito sucesso na África do Sul, terá idade para estar no Brasil. O jogador do Bayern de Munique Bastian Schweinsteiger terá 29 anos, estará ainda mais maduro e, se mantiver o nível, será o titular e dono da meia-cancha. Ao seu lado, Khedira, filho de pai tunisiano e mãe alemã, que também mostrou bom futebol no Mundial, deve seguir forte no Stuttgart, o time da cidade que nasceu.

Além da dupla titular, outros bons nomes no setor mais recuado do meio-campo se apresentam. Simon Rolfes era nome certo para 2010, mas um problema no joelho o atrapalhou. Mas, com 32 anos na próxima Copa, as chances de ser chamado são grandes. Mats Hummels do Borussia Dortmund é nome forte, pois pode atuar também como defensor e foi titular na volância durante título Europeu sub-21 em 2009.

Mas ainda existem outras opções. Träsch volante do Stuttgart, que estaria na África se não tivesse tido uma lesão no tornozelo direito, em 2014 estará com 26 anos. Aogo, que esteve entre os 23 de Joachim Löw na Copa, terá 27 anos e tem a vantagem de atuar também como defensor. Aogo é mais um exemplo da miscigenação na Die Nationalelf, pois ele é descendente de nigerianos. Castro, do Bayer Leverkusen, também é opção, o descendente de espanhois terá os mesmos 27 anos e é mais um titular da campanha do título Europeu sub-21.

Özil, o grande destaque alemão no Europeu sub-21 e que teve boa participação na África do Sul (Blog do Alemão IG)

O setor de criação do meio-campo é mais um que se apresentou muito bem na Copa do Mundo. Todos os meias que estiveram na Copa do Mundo de 2010 têm idade para jogar em 2014. Özil, membro de uma terceira geração de turcos que vivem na Alemanha e que esteve muito bem na Copa, estará com 25 no próximo Mundial. Thomas Müller, grande revelação na África do Sul e que também atua como atacante, estará com 24 anos. O polonês e já experiente Podolski terá 29 anos e é mais um que pode atuar como atacante.

Os três titulares estão prontos, porém os reservas também devem vir jogar a Copa no Brasil. O também polonês naturalizado alemão, Trochowski terá 30 anos e, se não surgir nenhum outro grande meia, virá às terras verde e amarelas. Toni Kroos se comportou bem na última temporada, agora volta ao Bayern e, quando foi utilizado na Copa do Mundo de 2010, se comportou muito bem terá apenas 24 anos em 2014. E outro reserva, Marin, que não recebeu muitas chances de Löw, mas é um ótimo jogador e é outro que evoluirá muito até chegar ao Brasil com 25 anos.

Mais alguns nomes devem surgir, porém a base da meia-cancha da Die Mannschaft está pronta. O ataque talvez seja o setor que pinta como maior ponto de interrogação, pois Miroslav Klose, titular desde 2002, terá em 2014 36 anos - idade que deve impedir a manutenção do desempenho das últimas Copas. Outro que esteve na África e não deve estar no Brasil é o teuto-brasileiro Cacau, pois já terá ultrapassado a barreira dos 32 anos.

Mario Gómez foi muito bem no Stuttgart, mas o bom futebol ficou por lá (Ag. Reuters)

Por outro lado, Kießling terá 30 anos e vem evoluindo muito no Bayer Leverkusen, aposto que no Brasil seguirá no elenco germânico. Mario Gómez, que terá 29 anos, dificilmente virá disputar o Mundial, pois falta condição técnica para ele estar aqui. Porém devo lembrar que, entre as temporadas de 2006-07 e 2008-09, anotou 57 gols com a camisa do Stuttgart, quem sabe próximo da Copa de 2014 ele volta às boas.

O nome da nova geração da Die Nationalelf para o ataque é Sandro Wagner, atacante de 1,94 de altura. Destaque na final do Europeu sub-21 em 2009, fazendo dois gols e, o detalhe, um com a direita e outro com a canhota. O jovem é candidato a estar entre os centroavantes para 2014, quando terá 26 anos e tem possibilidades de ser a pricipal esperança de gols do povo alemão.

Como apresentei aqui, vemos que a seleção alemã larga na frente de quase todas as outras nações do mundo para o projeto de 2014. E ainda pode contar com alguns jogadores que poderão surgir neste intervalo de quatro anos. Outro passo importante seria a manutenção de Joachim Löw no comando desta nova Alemanha. Com isso mais uma vez veríamos a Nationalelf forte em uma Copa.

Abraço a todos

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Copa do Mundo – Dia 25 – Final

Amarela não, é La Roja

Primeira final de Copa do Mundo e já saindo com o título. Por outro lado a Holanda chega ao seu terceiro vice, nas outras vezes perdeu para as donas da casa. A Alemanha em 1974 e a Argentina em 1978. O jogo teve muitos ingredientes, que contribuiram muito para termos uma final digna de ficar na história.

Mesmo sem dar a show, a Espanha venceu e controlou quase toda a partida. Jogo esse no Soccer City que reuniu 84.490 torcedores, o sétimo maior público de finais de Copa e o maior desde 1994.

Um jogo até certo ponto violento, muitas entradas fortes e um jogo realmente “pegado”. Isso se refletiu no número de cartões da partida, foram 14 amarelos e um vermelho, resultando no recorde dessa Copa. Mas poderia ter tido mais, Van Bommel e De Jong mereciam ir pro chuveiro mais cedo. Além disso, Iniesta também merecia um cartão amarelo.
De Jong dá um golpe em Xabi Alonso, para Howard Webb, cartão amarelo - Getty Images

O início da partida foi o momento de maior tensão. Em 30 minutos cinco amarelos e jogadas rispídas de Van Bommel e De Jong, que até recebeu a punição, mas de cor errada. Quem apareceu melhor na primeira etapa foram os dois goleiros. Stekelenburg defendeu um chute de Sergio Ramos e mais uma cabeçada perigosa do lateral-direito.

O nervossismo e o medo de perder deixou o jogo na primeira etapa, bastante fechado. La Roja teve as duas oportunidades, mas ficou mais com a bola, 56% contra 44% dos adversários. Mas a grande chance no primeiro tempo foi da oranje. Robben fez a sua jogada tradicional, cortou para a perna esquerda e bateu rasteiro, porém foi a vez de Casillas brilhar.

Um empate em zero a zero era justo, o que não era correto era o número de atletas em campo seguir sendo de 22.

Segunda etapa, a Holanda cresceu e teve duas ótimas oportunidades para definir o jogo. Nas duas ocasiões, Robben recebeu exelentes passes de Sneijder no contra-ataque. A primeira é a mais incrível, o dez holandês fez a enfiada e o jogador do Bayern teve ela dominada e livre de frente para Casillas. O arqueiro espanhol esperou até o último momento a definição de adversário, na hora do arremate ele caiu para a esquerda, mas deixou o pé e executou a defesa.

Com esses lances, algo começava a dizer para o mundo de que a Espanha seria a campeão. Mas isso não aconteceu no tempo normal. A prorrogação veio, sexta Copa com final passando pelo tempo-extra. Consequentemente a emoção aumentou. A carga de tensão também apenas cresceu, cinco amarelos e um vermelho foram aplicados nos 30 minutos derradeiros.

As duas seleções mais uma vez se preoucupavam muito em não dar espaços aos adversários, pois qualquer erro poderia ser fatal. Os dois treinadores fizeram alteração pontuais. Bert van Marwijk, trocou o cansado Van Brockhorst por Braafheid, tirou um volante mais de marcação, De Jong e colocou Van der Vaart e já tinha tirado o esgotado Kuyt para trazer Elia a campo. Porém mesmo com as três mexidas no final da batalha, a oranje apresentou esgotamento fisíco.

Vicente del Bosque se utilizou muito bem de suas ótimas opções de banco. Trocou Pedro por Jesús Navas, que entrou muito bem. Também fez como o adversário, sacou um volante mais recuado, Xabi Alonso e colocou um meia, ele fez isso antes que a Holanda. No intervalo da prorrogação mesmo sem as melhores condições colocou o decisivo Fernado Torres no lugar do apagado Villa.

O jogo na prorrogação até por conta de todo esse nervossismo, a partida apresentava poucas ocasiões de gol. Mas Iniesta já dava sinais que seria ele o homem a decidir a decisão, pois o jogador blaugrana cresceu muito de produção no tempo-extra. E foi em uma jogada do camisa seis da fúria que Heitinga fez a falta que resultou em sua expulsão.

A perda de um zagueiro somada a impossibilidade de mais uma substituição desmontou a oranje. Pois Braafheid teve que se deslocar para a zaga e Van der Vaart tentava fazer a cobertura da ala-esquerda.

Porém os holandeses tiveram mais duas boas chances. A primeira com Sneijder em uma cobrança de falta. A redonda desviou em Fàbregas e seria escanteio, mas Howard Webb não marcou. A Holanda conseguiu recuperar a jogada e a alternativa foi procurar o jogo com o camisa 17 na direita.
Iniesta marca o gol mais importante da história da seleção espanhola - Ag. Reuters

Elia foi obstruído por Sergio Ramos e Fàbregas, mas Howard Webb ignorou a infração. A bola sobrou com Puyol. O número cinco de La Roja saiu jogando com Jesús Navas pela direita, que logo cortou Van der Vaart. Braafheid conseguiu desarmá-lo, mas a bola ficou com Iniesta, que de primeira passou a redonda de calacanhar para Fàbregas. O dez da fúria empurrou a bola para Jesús Navas, que abriu o jogo com Fernando Torres na esquerda. El Niño fez passe buscando Iniesta, mas Van der Vaart cortou. Porém Fàbregas está na bola, o dez deu passe de primeira para o camisa seis espanhol. Agora, livre, Iniesta dominou e bateu forte cruzado, marcando o gol do título de La Roja.

Na comemoração do gol, Iniesta tirou a camisa e embaixo dela tinha outra, que estava escrito: “Dani Jarque sempre conosco”. Jarque era jogador do Espanyol de Barcelona, rival do clube de Iniesta, mas a amizade de ambos prevaleceu e valeu a homenagem. Coisas do futebol europeu. Outro jogador que foi lembrado na comemoração foi Antonio Puerta, que também morreu e tudo isso dentro de campo.

O ex-jogador do Sevilla e antigo companheiro de Puerta, Sergio Ramos usou uma camisa em homenagem a ele e Jesús Navas fez o mesmo.

Os holandeses reclamaram muito do lance com o árbitro inglês, mas nada feito. Também as chances de gol sumiram e o resultado ficou como estava após o gol de Iniesta. Portanto com o apito final de Howard Webb era hora de Alemanha, Argentina, Brasil, França, Inglaterra, Itália e Uruguai dizerem: Seja bem-vinda ao seleto grupo de campeões mundiais.

Um lado a alegria dos 23 atletas que deixaram o nome da fúria, do outro estavam os guerreiros da oranje, mais um vice para a história do país no futebol. Porém mais uma vez o mundo volta a parabenizar a Holanda, não por um futebol revolucionário como outrora, mas agora as palmas se direcionam ao novo estilo holandês. Forma que Bert van Marwijk implantou e mostrou aos antigos amantes do futebol total que o futebol resultado, hoje em dia, é quase obrigatório. Entendido isso essa Holanda deve levantar a cabeça, pois a base seguirá para a Eurocopa 2012 da Polónia e Ucrânia com grandes possibilidades de título.
Puyol consola Wesley Sneijder após o jogo - Reinaldo Marques/Terra

Foi triste ver o choro de Sneijder, como foi também observar Robben estirado no chão. Mas os espanhois comemoraram e mostraram o quanto queriam a conquista. Os choros de Casillas e de Iniesta foram de extrema alegria. Puyol consolando o dez da oranje, o abraço entre Van Bronckhorst (se despedindo do futebol) e Van der Vaart para amenizarem a dor, foi algo emocionante e o beijo de Casillas e sua namorada a bela repórter Sara Carbonero durante a entrevista também ficarão marcardos.

Porém nada disso consegue superar a cena que mostrou mais Fair Play durante toda a Copa. Foi a atitude do elenco e comissão técnica holandesa após o jogo, eles esperaram os campeões mudiais dsecerem das tribunas com a taça para parabenizá-los. Para mim o futebol é isso, agradeço a essa por ter me proporcionado um momento como esse.
Todas as lentes apontavam para apenas um lugar, Iniesta e a taça - Ag. Reuters

Palmas para a Espanha, mas sem desprezar a Holanda. Infelizmente vou ter que ser óbvio, mas a Copa do Mundo é assim, só um ganha. E era a vez da fúria, que coroou o trabalho que vem desde 2006.

Abraço a todos e viva a Copa do Mundo de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Copa do Mundo – Dia 24 – Disputa de Terceiro lugar

Mais um jogo para a história
Uma partida que começou fechada e com muita marcação. Com seis minutos de bola rolando, dois cartões amarelos para os alemães. Mais uma vez discordei da forma que Joachim Löw escalou o time no 4-2-3-1, mas sem Podolski como externo pelo esquerdo ele colocou Jansen, que nas partidas que participou atuou na lateral, ou seja, deixou a equipe menos ofensiva.

O lado celeste voltou a ser escalado de forma diferente por Oscar Tábarez, no 4-4-1-1 com o meio-campo escalado em linha. Cavani era o meia-esquerda e Maxi Pereira fazia esse papel pela direita. Forlán circulava por trás de Suárez, assim era ele o responsável pela armação de jogadas.

Mas o início nervoso e tenso logo foi deixado de lado. Com 18 minutos, Jansen descia pela ponta esquerda, mas marcado por dois adversários recuou a bola para intermediária. Schweinsteiger apareceu, dominou a bola, ajeitou e bateu forte com a perna direita. O goleiro Muslera defendeu, porém deu rebote para o meio da área, onde T. Müller apareceu e de primeira com a destra mandou para o gol. A redonda morreu no canto esquerdo do arqueiro celeste.

O jogo seguia equilibrado, mesmo com o gol a Die Nationalef não conseguia se sobressair e com cinco minutos da segunda etapa tomou a virada Charrúa. O primeiro tento celeste veio em um erro de Schweinsteiger. Ele tinha a bola dominada no meio-campo, mas foi desarmado por D. Pérez. O volante ligou o jogo rapidamente com Suárez. O nove celeste teve tempo e espaço para dominar, ajeitar e adiantar a redonda antes de tocá-la para Cavani mais aberto na esquerda. O camisa nove dominou adiantando a bola e com a perna direita bateu na saída de Butt, a bola morreu no canto esquerdo da baliza alemã.

O golaço da partida foi o gol da virada. Arévalo Rios recuperou bola na intermediária e tabelou rapidamente com Suárez. Ao receber de volta a bola do atacante, ele ergueu a cabeça e cruzou para a entrada da área, onde Forlán arematou de primeira com a perna direita. O chute do dez celeste foi direcionado para o chão e quicou antes de entrar no canto esquerdo de Butt.

Porém, a marca de que o Uruguai nunca ganhou uma disputa de terceiro lugar não cairia hoje. É a terceira vez que a celeste disputava o terceiro posto, em 1954 perdeu por 3x1 da Austria e em 1970 a derrota foi por 1x0 para a mesma Alemanha.
Jansen marcou o gol de empate e comemorou com a equipe - AFP

O empate ocorreu com dez minutos na segunda etapa. Schweinsteiger começou o jogo com Khedira no meio, que passou para Müller aberto pela direita. A bola voltou com Mertesacker, que passou para o lateral-direito Boateng. O camisa vinte cruzou no segundo pau, Muslera não conseguiu o corte e Jansen cabeceou para o gol aberto.A segunda falha do goleiro laziale na partida.

Joachim Löw demorou, mas concertou a equipe. Colocou Toni Kroos no lugar de Jansen e Kiessling no posto de um apagado Cacau. O camisa nove da Die Mannschaft entrou para incomodar a defesa celeste. A virada veio com 35 minutos da segunda etapa.

Lugano tirou bola de Kiessling dentro da área. Escanteio pela direita que Özil cobrou com a perna esquerda. A redonda passou pela frente do gol sem ser tocada, até que Jansen conseguiu encostar nela e recoloca-la na pequena área. Khedira apareceu e cabeceou por cima de Muslera.
Forlán, o meu eleito como melhor da partida, quase mudou a história do jogo no último minuto - AFP

Ainda no minuto final do acréscimo a história poderia ter tomado outro rumo. Forlán teve uma falta para bater da entrada da área. O camisa dez celeste cobrou a infração e por um capricho do destino a bola bateu no travessão de Butt. Está confirmado, a Alemanha pela quarta vez seria terceira colocada em uma Copa (1934, 1970, 2006 e 2010).

Mas as palmas devem ser direcionadas às duas nações derrotas nas semifinais. Pois tanto a celeste quanto a Die Nationalef apostaram em seus jovens combinados com algumas peças mais experientes. Assim os dois times tem uma base bem arrumada para a Copa de 2014 no Brasil.

Abraço a todos

Copa do Mundo – Jogos finais

A hora da decisão

Depois de 62 partidas, realizadas em dez estádios, nove cidades recebendo jogos e 139 gols já marcados. Chegou o momento de decidir quem fica com as honrarias finais do Mundial disputado na África do Sul.

A partida da disputa pelo terceiro lugar será disputada em Porth Elizabeth no estádio Nelson Mandela Bay envolverá duas equipes diferentes. O Uruguai de Oscar Tábarez que deve ter Forlán de volta ao setor de criação da equipe. A Alemanha de Joachim Löw deve atuar mais uma vez no 4-2-3-1.

Os jogadores ausentes nas semifinais voltarão às suas equipes. No lado charrúa Luis Suárez, Fucile e Lugado, na Die Mannschaft Thomas Müller volta. Para os alemães alguns jogadores ainda são dúvidas: Lahm, Podolski e Klose, porém todos eles devem jogar.

Uma seleção tipicamente sul-americana, com muita raça e com um treinador que fez a equipe encaixar seu jogo, essa é a jovem celeste. Time que conta com três jogadores em ótima fase: Forlán, Luis Suárez e Diego Lugano.

Por parte dos europeus, uma equipe até mais jovem e mais promissora. Foi a outrora pragmática Alemanha que encantou nessa Copa, com o futebol rápido e contando com o contra-ataque mortal fez 13 gols nos seis jogos já disputados. Os principais destaques da equipe são: Müller (indicado ao prêmio de revelação do Mundial), Klose (mortal artilheiro), a consistente defesa e Schweinsteiger (o multi homem alemão).

Sigo apostando na Die Nationalef, merecem ficar com esse terceiro posto pelo futebol encantador que apresentaram. Mas é difícil falar em merecimento, pois a garra charrúa foi envolvente, mas tenho o sentimento de que o encanto alemão falará mais alto.

O jogo de domingo, o de maior expectativa em toda a Copa: a final. Partida que será realizada no estádio Soccer City em Joanesburgo. A certeza que essa final já trouxe, é que teremos um campeão inédito. E se La Roja conquistar o taça do mundo FIFA, terá feito isso em sua primiera final. A Holanda chega a sua terceira final, nas outras duas ocasiões foi derrotada pelos anfitriões, a Alemanha em 1974 e a Argentina em 1978.

As duas finalistas atuam de forma bem parecida, no 4-2-3-1, porém Vicente del Bosque em alguns momentos varia seu time para o 4-1-4-1. O esquema com apenas um volante mais fixo foi o que anulou o jogo da Alemanha e deve voltar a ser adotado.

Ambas as seleções irão completas para a partida decisiva e cada uma delas aposta em um dos artilheiros da Copa. A principal esperança da oranje é Wesley Sneijder cinco gols e a alternativa número da fúria é David Villa também com cinco tentos no Mundial.

Eu espero muito do jogo final, não dá para não ter muita expectativa. Pois dos dez indicados ao prêmio de Bola de Ouro da Copa, cinco estarão em campo. Além disso, as duas equipes têm jogado bem e tem jogadores com capacidade de decidir a partida em um lance, ou seja, o jogo deve ser totalmente imprevisível.

Mas como sempre arrisco, vou seguir meu pensamento. A Holanda vence por 3x2 com Robben e Sneijder controlando as ações da partida. Espero um jogaço, e não acho que me decepcionarei.
Minha seleção, meu melhor jogador, melhor goleiro, jovem do Mundial, isso só depois da final.

Abraço a todos

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Copa do Mundo – Dia 23 - Semifinais (2ª Parte)

Alemanha 0x1 Espanha

Vitória que resulta em história


A seleção espanhola bateu a Die Nationalef por 1x0 e ao conquistar a vitória o time espanhol já faz história ao alcançar sua primeira final. E pela partida realizada hoje, o resultado jamais poderia ser outro, pois a furia sempre esteve no comando das ações da partida de hoje no Moses Mabhida Stadium em Durban com 60.960 pessoas assistindo.

Vicente del Bosque armou a Espanha com uma tática diferente. Saiu o 4-2-3-1 das primeiras partidas e entrou o 4-1-4-1 com Villa de centroavante e Busquets sendo o volante mais fixo. Do outro lado, Joachim Löw optou por manter o 4-2-3-1 apenas trocando Thomas Müller por Trochowski. Na furia além da alterção na formação tática, Fernando Torres foi sacado e na sua vaga Pedro entrou.

Com um grande volante mais direcionado a marcação, os outros quatro meias tinham muita liberdade. Assim Xabi Alonso, Xavi, Iniesta e Pedro se movimentavam e ainda trocavam de posição, confundindo a marcação no meio-campo da Die Mannschaft. A entrada de Trochowski como externo-direito travou o jogo alemão. Pois com o titular Müller, a seleção tinha uma saída com velocidade pela direita, o titular de ontem não fazia isso.
Özil muito marcado, pouco apareceu na partida - AP

A grande chance do primeiro tempo veio com Villa, mas Neuer conseguiu fechar bem o espaço para o atacante. A principal arma alemã, os contra-ataques não apareceram. Podolski apagado, a inesistência de jogo pela direita e Özil aparecendo menos do que nas partidas anteriores, o jogo não fluia e Klose se tornava quase um espectador dentro de campo.

Na segunda etapa, Toni Kroos e Jansen entraram em campo. Deixaram o campo: O sumido Trochowski e o lateral que pouco apoiava Boateng. O novo ala-esquerdo passou a aparecer mais na frente, porém não acertava os cruzamentos. O externo-direito, Toni Kroos trouxe mais ação e mais velocidade a meia-cancha da Die Mannschaft.

Mas nada disso foi suficiente, o jogo seguia sendo da Espanha. O meio-campo da furia era dono da partida, Xavi e Iniesta faziam uma ótima partida, ocupando muitos espaços e errando pouco. La roja mantinha um problema de outros jogos, não conseguia penetrar na defesa adversária e não criava chances claras de marcar.
Gol de Puyol e comemoração da defesa da Furia - AFP

As grandes oportunidades até os 27 minutos da segunda etapa tinham sido a de Villa no primeiro tempo e chutes de fora da área de Xabi Alonso. Citei o minuto 27 da segunda etapa, pois é nele que o placar sai do zero. Em jogada de Iniesta pela esquerda, o espanhol cruzou e a bola explodiu em Schweinsteiger indo para escanteio. Xavi fez a cobrança com a perna direita para dentro da área. Puyol veio de trás antecipou Khedira e o seu companheiro Piqué. De cabeça o zagueiro colocou no canto esquerdo de Neuer.

Com a vitória parcial espanhola, a Die Nationalef teve que partir para cima. E no momento que teria que buscar a virada, julgo que Joachim Löw errou. Ele sacou Khedira, um volante, até aí tudo bem, mas ele colocou Mario Gómez em campo. O poste do Bayern não tinha feito uma boa temporada e não foi por falta de oportunidade. Resultado: Em dois ataque alemães, o camisa 23 funcionou como um zagueiro para a Espanha.

Os espanhois através de Pedro perderam uma chance incrível no final, um contra-ataque com vantagem númerica, mas o jovem jogador do Barcelona se enrolou com a bola. A sorte dele é que a Alemanha não conseguiu buscar o empate.
David Villa, muito mal na partida de ontem. Para a final a Espanha contará com a boa participação dele - AP

Agora com o a final já definida entre Espanha e Holanda teremos um campeão inédito. Algo que só contribui para o crescimento da paixão pelo esporte bretão. A furia merece o título, mas do outro lado, está a Holanda que também merece. Sobre a final falo mais depois e também me sinto na obrigação de fazer uma postagem sobre a Die Mannschaft e essa geração que está quase pronta para 2014.


Abraço a todos

terça-feira, 6 de julho de 2010

Copa do Mundo – Dia 22 - Semifinais (1ª Parte)

Uruguai 2x3 Holanda

Não tema as cinco feras, temam os onze laranjas.

É assim que está escrito no ônibus da seleção holandesa. As cinco feras se refere aos cinco animais selvagens mais famosos da África, Leão, Rinoceronte, Leopardo, Búfalo e Elefante. Nessa Mundial disputado em terras sul-africanas, a Holanda vem provando que quem tem que ser temidos são os onze de laranja mesmo.

Na Copa de 2010, já foram seis jogos e só vitórias para os holandeses. Porém o número aumenta quando olhamos para a campanha da oranje nas Eliminatórias da Europa para o Mundial. Foram oitos jogos e oitos vitórias com 17 gols marcardos e apenas dois sofridos. Logicamente chegaram como favoritos e estão de volta à final da Copa do Mundo, isso após 32 anos. A última vez foi em 1978 quando foram derrotados na prorrogação por 3x1 pelos argentinos donos da casa.
Sneijder artilheiro do time com cinco gols, candidato ao prêmio bola de ouro de melhor do Mundial, tem Kuyt como ótimo coadjuvante - AP

Contra o Uruguai Bert van Marwijk escalou o time no esquema que tem escalado todas as vezes, o 4-2-3-1. Porém ele foi obrigado a mudar a equipe, De Jong e Van der Wiel estavam suspensos e deram lugar a De Zeeuw e Boulahrouz respectivamente. Os charrúas tinham problemas mais graves, pois o lateral-esquerdo Fucile não poderia jogar e foi substituido por Cáceres, que atuou improvisado na ala. Um dos destaques da celeste também estava suspenso, Luis Suárez. E para piorar, Lodeiro que entraria para não haver alteração tática se machucou, portanto entrou Gargano fazendo com que o time atuasse no 4-4-2 em linha.

Jogando de forma diferente o time de Oscar Tábarez não encaixou o jogo. Cavani e Forlán escalados como centroavantes voltavam para tentar criar algo, além deles, A. Pereira pela esquerda também buscava o jogo ofensivo. No lado laranja o objetivo era ficar com a bola e tentar decidir com a tradicional movimentação ou com o talento individual.

O 1x0 holandês veio em uma jogada que parecia que não resultaria em nada. A Holanda trocava passes na intermediária, Kuyt virou o lance com Van Bommel, que deixou com De Zeeuw. Sneijder recebeu passe do volante e voltou o jogo com o camisa 14, que abriu a bola na esquerda com Van Bronckhorst. O lateral-esquerdo teve espaço para dominar ajeitando a redonda e chutar. O jogador holandês acertou a trave esquerda de Muslera, que estava ligeiramente adiantado.
Diego Forlán, o cara da seleção celeste nessa Copa - AFP

O jogo seguia com o Uruguai perdido sem nenhuma organização na criação de jogadas. A Holanda tentava manter a posse de bola e se fosse possível anotar o segundo tento. Mas quem marcou foi a celeste olimpíca. A. Pereira iniciou o lance tocando com Gargano no meio-campo, o volante viu o espaço e lancou a redonda para Forlán. O camisa dez da celeste dominou, girou sobre Mathjisen, ajeitou e soltou a perna esquerda na bola. Stekelenburg resolveu sair para o lado direito da baliza, mas a redonda fez muita curva, desviou levemente em Heitinga e o surpreendeu morrendo no canto esquerdo do gol holandês.

O detalhe do gol charrúa é que o homem que deu o passe foi um volante, ou seja, as coisas não andavam muito bem. Mesmo com problemas na criação das jogadas, Tábarez preferiu manter a equipe, mas Bert van Marwijk foi audacioso. O treinador holandês tirou o volante De Zeeuw e colocou o meia-ofensivo Van der Vaart. A oranje ficou muito aberta atrás, mas como o Uruguai pouco atacava, não havia problemas em deixar apenas Van Bommel na marcação.

O gol demorou 24 minutos para aparecer, porém ele surgiu. Sneijder virou o jogo com Robben na ponta direita. O camisa onze fez boa jogada pela direita, passou para Van der Vaart, que deu para Van Persie no meio da área. O nove holandês dominou, ajeitou e passou para Sneijder, que cortou e chutou rasteiro. No meio do caminho a bola desvia em M. Pereira, Victorino e ainda toca em Van Persie, impedido, antes de entrar no canto esquerdo de Muslera.
Robben também marca de cabeça - FIFA.com

2x1 e o jogo quase resolvido, o golpe de misericórdia foi dado por Robben três minutos depois do tento anotado por Sneijder. A jogada começou na direita com Van der Vaart, Robben e Van Persie, que retornou o jogo com Van Bommel. O volante abriu o jogo com Sneijder, que dominou e passou rápido a bola para Kuyt. O camisa sete da oranje teve tempo de dominar passar a bola para a perna direita e cruzar para o meio da área. Robben antecipou Godín e cabeceou no canto direito de Muslera.

Com a vantagem de dois gols no placar a seleção holandesa tirou o pé. A celeste olimpíca ainda tentou com Abreu no lugar de A. Pereira, mas o segundo gol charrúa ocorreu muito tarde. Aos 46 Van Bommel fez falta em S. Fernádez na intermediária ofensiva da celeste. Gargano cobra a infração com M. Pereira que aguardava do lado direito de ataque. O lateral dominou cortando Elia e finalizou com a canhota no canto direito de Stekelenburg.

Os uruguaios com muita entrega ainda tentaram um empate heróico no final, mas dessa vez não conseguiram levar a partida para o tempo-extra. O lado derrotado, logicamente, sofre muito, mas essa campanha celeste merece ser exaltada. Faziam 40 anos que a celeste não alcançava às semisfinais, o futebol no país ainda está em crise, mas essa campanha pode contribuir muito para o futuro. Outro ponto importante é ver que o time com vários jogadores que devem estar no Brasil em 2014. A renovação por lá aconteceu.

A Holanda tem boas chances de conquistar o título, o time é muito forte, tem dois extra-classe e está focado na briga. Outro lema que parece dirigir esse time é: Perder jogando bonito, não apaga o fato de não ter vencido. Por isso, hoje, focam o título.

Abraço.

domingo, 4 de julho de 2010

Copa do Mundo – Dia 21 – Quartas de Final (2ª Parte)

Argentina 0x4 Alemanha

A Alemanha, que joga e ganha

Os germânicos mostraram que futebol se ganha jogando bola, mas também tem que ter organização e saber onde se concentram os pontos fracos dos adversários. Joachim Löw escalou a equipe mais uma vez no 4-2-3-1 com os titulares já habituais. A Argentina de Maradona veio no 4-1-3-2, só com Mascherano cuidando da marcação no meio-campo e a defesa tinha Otamendi como lateral-direito.
Os dez jogadores de linha da Alemanha comemoram o primeiro gol, união não falta - AFP

Foi pelo lado direito da defesa alvi-celeste que a Die Mannschaft desenvolveu seu jogo. A primeira jogada por alí já resultou no primeiro gol aos dois minutos de jogo. Schweinsteiger vira bola do campo de defesa para Podolski na esquerda. O dez da Die Mannschaft sofreu falta de Otamendi pela ponta esquerda de ataque. O multi-homem alemão Schweinsteiger bateu a infração com a perna direita no meio da pequena área. T. Müller antecipou Otamendi e de cabeça mandou para o gol, a bola ainda toca na mão de Romero antes de entrar.

Com o 1x0 contra sí, os hermanos tentaram uma reação, mas faltava organização no meio-campo. Em alguns momentos Messi buscava a bola com seus zagueiros, ou seja, a meia-cancha era inexistente. Por outro lado, era na linha média que a Alemanha ganhava o jogo. Com o placar a seu favor o time de Löw recuou, deu a bola para a alvi-celeste, mas não corria riscos, pois a marcação era muito bem executada.

Nenhum dos treinadores quis mudar no intervalo, nem na postura tática. Portanto o jogo seguiu a mesma toada. A grande diferença era que os alemães tentavam ficar mais com a redonda para correr menos riscos e quem sabe anotar mais tentos. E aconteceu, sempre pelo lado direito da defesa do time de Maradona.

A Die Mannschaft trocava passes na esquerda de seu ataque. Boateng passou para Khedira, que anvançou e passou para T. Müller. O autor do primeiro gol brigou com Demichelis para ficar com a redonda, com ela em seus pés e mesmo estando caido conseguiu achar Podolski livre no lado esquerdo da grande área. O dez alemão matou a bola e rolou para Klose, que precisou de dois toques com a perna direita para anotar seu décimo terceiro gol em copas.

Pouco depois o terceiro, e a goleada. Schweinsteiger cobrou escanteio curto com Özil e recebeu de volta. Cercado por três argentinos (Di María, Pastore e Maxi Rodríguez), o versátil camisa sete conseguiu espaço, ainda cortou Higuaín e de canhota rolou para trás. Friedrich chegou chutando colocado com a perna esquerda para fazer o 3x0. Só para lembrar, esse gol também saiu no setor de Otamendi.
Maradona, mesmo derrotado foi um dos personagens da Copa - Getty Images

A essa altura todos no Green Point já estavam entregues ao futebol da Die Nationalef. Maradona nada mais poderia fazer, talvez estivesse pensando, porque abri mão de Cambiasso ? E ainda mais triste, porque não levei Javier Zanetti para ocupar o setor de Otamendi?
 Klose, esse nome deve ficar marcado na história das copas - Ag. Reuters

Ainda cabia mais um gol, e ele veio através de Miro. A Argentina perdeu bola na frente e ela sobrou com Özil, que já ligou rápido com Podolski. O dez germânico viu a passagem de Özil por trás dele e rolou a bola. O número oito da Alemanha mandou de primeira a redonda para a área. Klose também de primeira com a perna direita fez seu décimo quarto gols em copas, igualando Gerd Müller.

4x0 no placar, bom futebol e nenhum susto. Isso tudo jogando contra a forte seleção argentina. A Alemanha mostra que tem uma defesa segura, volantes que marcam e atacam com eficiência semelhante, meias com muita técnica e velocidade e um centroavante que sabe tudo de copa. E, talvez o mais importante, todos sabendo das suas limitações, um exemplo disso é o lateral-esquerdo Boateng, que sabia da sua deficiência ofensiva e, portanto não descia ao ataque.

Para a Argentina fica o sentimento de que faltou organização tática e que houve um pouco de teimosia de Maradona, ao desprezar o multi-campeão pela Internazionale, Javier Zanetti. Mas El Pibe de Oro também acertou, conseguiu dar senso de grupo a equipe e depois do desabafo com a classificação à Copa, também se comportou melhor. Porém também mostrou que técnico ele não era.

Schweinsteiger

O camisa sete alemão merece um menção honrosa. Schweinsteiger sobrou em campo, foi realmente um meio-campista box-to-box, um volante moderno, ou simplesmente, um jogador polivalente. A bola sempre passou por ele, errou poucos passes e foi o atleta que mais se movimentou em toda a partida. Méritos de Louis van Gaal, que descobriu Schweinsteiger como volante. Hoje o jogador do Bayern de Munique é um dos fortes candidatos ao título de melhor jogador do Mundial.

Paraguai 0x1 Espanha

Espanha vence e não convence

O resultado podia ter sido outro, a seleção espanhola mais uma vez mostrou que ainda falta algo e também provou que só posse de bola não ganha jogo. O técnico argentino da seleção paraguaia, Gerardo Martino escalou sua equipe no 4-4-2 em linha. Do outro lado, Vicente del Bosque fez a furia jogar no 4-2-3-1.
Não foi fácil, mas no final os espanhois comemoraram - Ag. Reuters

O jogo seguiu a tendência de todos os jogos da Espanha no Mundial, ou seja, o time mantinha a bola com seus jogadores na meia-cancha. Porém mesmo com toda essa posse da redonda, os europeus não conseguiam penetrar na defesa albirroja. Os paraguaios apostavam nos contra-ataques, a maioria deles puxados por H. Valdez.

Como o Paraguai jogava muito recuado e tinha a alternativa de velocidade para atacar, considerei um erro a escalação de Roque Santa Cruz. Em seu lugar o argentino deveria ter apostado em Lucas Barrios. Assim o time ficaria mais leve e teria mais opções para os contragolpes.

A primeira etapa acabou muito equilibrada, sendo que a melhor oportunidade veio com H. Valdez. Porém, é Copa do Mundo e existe uma mistíca. E com 12 minutos da segundo etapa, tudo mudou e o jogo cresceu muito em emoção. Piqué fez pênalti ao puxar o adversário acintosamente dentro da área. Oscar Cardozo bateu a penalidade no meio do gol, mas Casillas fez a defesa. Assim a partida seguia aberta.

Poucos minutos depois mais um pênalti. Dessa vez em favor da Espanha, Villa foi puxado, mas de uma forma muito sútil, o atacante muito inteligente se atirou e Carlos Batres acreditou no camisa sete da furia.

Xabi Alonso cobrou e marcou, mas o guatemalteco mandou voltar a cobrança por invasão da área (coisa que ocorreu no penal defendido por Casillas, mas nada foi feito). O camisa 14 espanhol cobrou de novo, porém o resultado foi outro, defesa de J. Villar. No rebote, o goleiro da Albirroja fez pênalti em Fàbregas, todavia, a decisão do árbitro foi deixar a partida como está.

Se nem de penal os times conseguiram abrir o placar, é porque a situação estava difícil. Com mais obrigação de vencer a Espanha mudou seu jogo. Passou a ter Busquets como homem de marcação, Fàbregas e Xavi na criação, Pedro na ponta direita, Iniesta na esquerda e Villa como centroavante.
Villa e Fàbregas comemoram o gol que valeu a vagas às semifinais - Ag. Reuters

Se com o toque de bola o jogo não foi resolvido, o talento individual espanhol apareceu. Iniesta iniciou a jogada pela esquerda recuou com Fàbregas, que deu a bola para Xavi. O oito da furia viu a movimentação do número seis e devolveu a bola para ele. Iniesta passou por Vera e Alcáraz, chamou a marcação de Morel e de Da Silva e conseguiu rolar a bola para Pedro, que entrou livre na área. O camisa 18 espanhol, dominou ajeitando e tocou com a perna direita na saída do goleiro. A redonda bateu na trave, mas voltou livre com Villa, que dominou, ajeitou e finalizou com a destra. A bola tocou nos dois postes, porém dessa vez morreu no fundo do gol.

A seleção paraguaia ainda quase conseguiu o empate através de Lucas Barrios, o atacante chutou Casillas deu rebote e Roque Santa Cruz também teve seu chute defendido. Asssim as chances da albirroja se acabaram.

A Espanha chega às semifinais, e terá que provar que pode bater a forte Alemanha. E creio que isso até possa acontecer, pois o jogo de posse bola espanhol pode incomodar os germânicos.

Abraço a todos