domingo, 29 de maio de 2011

Visca el Barça, visca el fútbol

 Barcelona campeão, nada mais justo (Getty Images)

Foram 12 minutos. Sim, o Manchester United armado por Sir Alex Ferguson no já tradicional 4-4-1-1, conseguiu ser melhor e dominar o Barça apenas por duas dúzias de minutos. Depois o 4-3-3 blaugrana tomou conta das ações e fez o jogo progredir da forma que estamos acostumados: posse de bola com o Barcelona e o adversário se desgastando para tentar retomá-la.

Os esquemas foram os habituais, mas as escalações até certo ponto surpreenderam. No lado red devil, era esperado que Giggs ou Javier Hernádez deixassem o 11 iniciais, para que alguém com mais vigor na marcação, entrasse. Tal opção foi  bem descrita por Caio Maia, no blog da Trivela. Pelos espanhois, a titularidade de Abidal e ausência do capitão Puyol – Mascherano formou a dupla de zaga com Piqué. O francês, em sua primeira partida como titular após a retirada de um tumor, não sentiu o ritmo e o camisa 14, mais uma vez, se comportou bem como zagueiro.

Nos 12 minutos que dominou o jogo, o Manchester exerceu uma pressão absurda sobre a saída de bola dos catalães e ficou com o domínio da bola, atrapalhando muito o plano de jogo adversário. Mas como dito no início do texto, logo o Barcelona pôs ordem em Wembley e fez valer a sua forma de jogar. Primeiro retomaram a posse da redonda. E logo, a pressão na saída de bola do United deu resultado: Carrick perdeu a bola e xavi pôde conduzir e descobriu Pedro solto no lado direito da área. O camisa 17 blaugrana não vacilou e bateu no canto esquerdo de Van der Sar.

Rooney vibrou muito com o seu gol, que empatou a partida, porém não deu para o United (Getty Images)

Seis minutos depois, aos 33, o Barça provou de seu próprio veneno: perdeu a bola no seu campo defensivo e deu chance para o United enfrentar o seu sistema defensivo desorganizado. Rooney recebeu, abriu com Fábio, que devolveu para o Shrek, que passou para Carrick, que retornou o jogo com o camisa dez. Aí Rooney decidiu e passou para Giggs dentro da área. Em ligeiro impedimento, o galês dominou e cedeu a sua quinta assistência na Uefa Champios League 2010-11. Quem finalizou a jogada? Rooney, de primeira, acertou o canto direito de Valdés – no que ao final da partida, seria o único chute a gol do United.

O primeiro tempo ainda teve alguns lances algudos do Barcelona. Por exemplo: Messi chegou um pouco atrasado e viu a bola passar à frente do gol, com Van der Sar batido. O 1 a 1 ficou barato para os red devils, que só ameaçaram os catalães nos minutos iniciais.

Logo no início da etapa derradeira, ficou claro, que a superioridade do primeiro tempo seguiria agora. Aos 51, Van der Sar teve que fazer defesa mágica, pois Dani Alves apareceu livre à sua frente. Porém, dois minutos depois, o holandês não teve chance. O Barça trocava passes na entrada da área, até Iniesta rolar para Messi, que dominou, driblou Evra e finalizou forte de canhota. A bola passou ao lado de Vidic e a poucos centímetros da luva do goleiro holandês.

Messi vibrou como há tempos não se via, seu gol valeu o título para os blaugranas - Getty Images

O gol deixou La Pulga na história. Pois são 53 gols em 53 jogos, na temporada 2010-11. 12 deles na UCL, o que lhe coloca ao lado de Ruud van Nistelrooy, que também 12 vezes, em 2002-03, pelo Manchester United. Este recorde, apenas da era moderna da competição, ou seja, a partir de 1992-93, quando adotou o nome de Uefa Champios League. Contando o período anterior, Altafini é dono de 14 gols, pelo Milan em 1962-63.

Mas não é só isso. O argentino de apenas 23 anos, entra no seleto grupo de artilheiros por três vezes da maior competição interclubes do mundo. Ferenc Puskás, do Real Madrid, 1959-60, 1961-62 e 1963-64; Eusébio, que viu o jogo em Wembley, do Benfica, 1964-65, 1965-66 e 1967-68; Jean-Pierre Papin, do Olympique Marseille, em 1989-90, 1990-91 e 1991-92; Ruud van Nistelrooy, do Manchester United, em 2001-02, 2002-03 e 2004-05 e, agora, Lionel Messi, do Barcelona, em 2008-09, 2009-10 e 2010-11. E o que eleva o feito do camisa dez blaugrana, três artilharias consecutivas, como Eusébio, Papin e Gerd Müller, do Bayern de Munique. O alemão, além de ser o marcador máximo três vezes seguidas (1972-73, 1973-74 e 1974-75), ainda venceu uma quarta vez, em 1976-77. Alguém dúvida que o argentino pode igular o jogador do clube bávaro.

Passado o momento estatistíca, o massacre seguiu. Messi cria o espaço e quase marca, mas Van der Sar faz ótima defesa. Aos 65 minutos, Xavi arrisca de fora da área, para mais uma grande intervensão do goleiro do United. Um minuto depois, o arremate parte de Iniesta. Aos 68 veio o golpe de misericórdia. Messi fez o que quis com Nani, pela direita, driblou Evra e rolou para trás. Carrick e Nani se atrapalharm para isolar a bola, que sobrou com Villa na entrada da área. O canhoto teve tempo para dominar e bater colocado de perna direita, acertando o ângulo esquerdo de Van der Sar, que nada pôde fazer.

O tempo foi passando e nada mudava. Ferguson até mexeu: minutos antes do terceiro gol, entrou Nani e, mais tarde, Scholes foi ao campo. Porém, o treinador escocês, na mexeu na estrutura tática. O mais fácil seria falar que nada pode ser feito contra o Barcelona, mas a verdade é que o tão aclamado treinador fez opções estranhas na partida, como a manutenção de Javier Hernández e Valencia em campo, ambos estiveram em jornada terrível hoje, porém, jogaram os 90 minutos da decisão. Com isso, aos 86 minutos, se pode ouvir o grito de: “Campeones, Campeones ole ole ole”.

O tradicional corredor de homenagem aos que perderam também esteve presente em Wembley (Getty Images)

Minutos depois do apito final, o telão mostrou que Lionel Messi havia sido o escolhido como melhor jogador da partida e as arquibancadas explodiram gritando o nome do seu craque. O fair-play entre as equipes ficou muito claro, quando o Manchester United caminhou para receber as medalhas de prata. Os blaugranas repetiram a cena do ano passado e fizeram um corredor para aplaudir a equipe derrotada.

Abidal: símbolo da quarta conquista de UCL do Barcelona, ele teve a honra de ser o primeiro a levantar a amada taça (Getty Images)

Para fechar, duas cenas marcaram muito. Puyol havia entrado faltando dez minutos e logo recebeu a faixa de capitão de Xavi. A lógica apontava para a entrada do camisa cinco, apenas para como capitão, ele levantar a taça. Porém, todos fomos surpreendidos quando Abidal apareceu em último na fila blaugrana para receber as medalhas e um detalhe chamou atenção: a faixa de capitão com as cores da bandeira catalã, estava em seu braço esquerdo. Desta forma, o francês foi o primeiro a levantar a taça das grandes orelhas.

Por fim, o mais dolorido ao futebol, uma das últimas cenas da transmissão oficial da final é a de Van der Sar dando tchau. Um adeus dolorido, de um dos melhores goelrios que a nossa geração pôde presenciar. Porém, o que fica é alegria de termos a horna de ver Messi, Xavi, Inieste e cia, que formam o Barcelona de Guardiola, um dos melhores times da história.

Abraço a todos e, mais uma vez, obrigado, futebol

terça-feira, 24 de maio de 2011

Matéria de TV e a ausência justificada

Todos que me acompanham por aqui, sabem que faço jornalismo e um dos principais veículos da minha profissão é a televisão, matéria que estudo neste período, pela primeira vez. Uma das propostas da disciplina é a produção jornalística em Tv. Aí está a minha estreia na televisão, da própria Faculdade Pitágoras, mas não deixa de ser o meu pontapé inicial. Fiz o VT, no jogo do Colégio Londrinense, contra o Peixe/Mazza, válido pela Liga Nacional de Futsal 2011. A partida ocorreu na última terça-feira, dia 17/05/11.

Peço desculpa ao treinador da equipe, o Humberto, pois seu nome foi errado para o GC, sem o "H".

Vejam o desempenho do jovem repórter:



Feito isso, vamos falar da ausência -

Amigos, sumirei um poquinho do Blog. Talvez eu volte com uma análise da final da Liga dos Campeões ou um pré-jogo da decisão. Mas, devo mesmo me concentrar nos trabalhos de revisão da temporada, em http://quatrotiempos.blogspot.com/ e http://www.quattrotratti.com/, que prometem ser espetaculares. Como o trabalho prega por muita qualidade, exigirá tempo e, por isso, o sumiço. Porém, todos sabem que o Simplificando Futebol é a minha droga e não consigo ficar sem postar aqui. Por isso, não deixarei prazo, apenas digo isso: volto logo.

Abraço a todos

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tabelando com Lucas Imbroinise, sobre a convocação de Mano Menezes

Primeira tabelinha do Simplificando Futebol, com amigo Lucas Imbroinise, dos blogs: http://boleiragemtatica.wordpress.com/ e http://diarioesportivogolaco.blogspot.com/

Pedro Spiacci: Lucas, tudo certo? Vamos falar um pouquinho desta convocação do Mano Menezes, a sua sétima – incluindo a de agosto de 2010, feita apenas para treinos em Barcelona.

Lucas Imbroinise: Fala Pedro, vamos lá.

Pedro Spiacci: Primeiramente, antes de entrar nos nomes convocados, já falo que não gostei da quantidade, 28 jogadores para dois amistosos é demais.

Lucas Imbroinise: Concordo. Tudo bem que, dessa lista, também sairão os nomes para a Copa América, mas também achei exagerado o número de jogadores.

Convocados:

Goleiros - Júlio César (Internazionale-ITA) – 31 anos, Jefferson (Botafogo-BRA) – 28 anos, Victor (Grêmio-BRA) – 28 anos e Fábio (Cruzeiro-BRA) – 30 anos

Pedro Spiacci: Desnecessário a convocação de quatro goleiros para apenas duas partidas. Os nomes são bons, hoje Júlio César é o melhor que temos e Fábio merecia uma chance há muito. Jefferson e Victor, o Mano já testou, eu daria uma chance ao Diego Alves (Almeria-ESP), que já foi negociado com o Valencia. Mesmo com o rebaixamento da equipe, o goleiro brasileiro teve destaque e, acho que poderia estar entre os convocados.

Lucas Imbroinise: De fato, Júlio César ainda é soberano no gol da Seleção. Gosto muito do Jefferson, que, para muitos críticos, é o melhor goleiro do Brasil no primeiro semestre, e merece muito mais uma chance. Tem tudo, aliás, para chegar bem na Copa América. O Victor, na minha opinião, caiu um pouco de uns anos pra cá, e não merecia tanto essa lembrança. Quanto ao Fábio, faço das suas palavras as minhas. E para te acompanhar numa sugestão, acho que o Hélton merecia muito também.

Laterais-direitos: Daniel Alves (Barcelona-ESP) – 28 anos e Maicon (Internazionale-ITA) – 29 anos

Pedro Spiacci: Sobre essa dupla, não tenho o que falar, pois ambos são impressionantes. Maicon não vive o seu melhor momento, mas ainda assim, acho que deve seguir no grupo. Hoje, Daniel seria o meu titular, porém, vejo o interista com gás para recuperar a posição entre os 11.

Lucas Imbroinise: Exatamente. São, para mim, os dois melhores laterais-direitos do planeta já há duas temporadas. Daniel, hoje, está um nível acima de Maicon, mas tudo pode mudar até 2014. Inclusive, podendo pintar uma surpresa, como o garoto Rafael, do Manchester, por exemplo.

Zagueiros: Lúcio (Internazionale-ITA) – 33 anos, David Luiz (Chelsea-ING) – 24 anos, Luisão (Benfica-POR) – 30 anos e Thiago Silva (Milan-ITA) – 26 anos

Pedro Spiacci: Para a defesa, também creio que estamos com os nossos melhores. Após a Copa América, gostaria de ver Alex (Chelsea-ING) de volta, pois, se não sofresse
tanto com lesões, o ex-jogador do Santos teria espaço. Sobre a efetivação de Lúcio, depois de seu retorno, acho justo e importante, pois o capitão é um líder em campo e costuma inflamar os companheiros dentro de campo. Para a Copa América, ele será nome fundamental.

Lucas Imbroinise: Alex tem entrado muito bem nos jogos do Chelsea, consertando, diversas vezes, as falhas do ainda imaturo David Luiz, que tem tudo para ser um grande zagueiro. Quanto ao Lúcio, apesar de o considerar um dos melhores zagueiros da História, acho que seu ciclo na Seleção acabou. Nem muito pela idade, mas pelo planejamento, já que, a meu ver, David Luiz e Thiago Silva têm muito mais condições de disputarem a Copa de 2014 do que o nosso atual capitão.

Laterais-esquerdos: André Santos (Fenerbahçe-TUR) – 28 anos e Adriano (Barcelona-ESP) – 26 anos

Pedro Spiacci: É a posição que menos concordo com Mano. Acho o André Santos extremamente comum, bom no apoio e só. Porém, ele tem rendido bem na seleção: foi convocado em todas e esteve entre os 11 sempre. Além disso, tem duas assistências e apenas um gol dos adversários foi criado em seu setor – o de Benzema. Adriano está voltando de lesão agora, deixaria espaço para Fábio (Manchester United-ING), que vem jogando na direita, mas é lateral-esquerdo de origem. Mas a grande ausência é a de Marcelo, o nosso melhor homem pela esquerda e um dos melhores do mundo, vestiria a seis tranquilamente.

Lucas Imbroinise: Pois é, não dá pra entender a não-convocação de Marcelo, novamente em grande fase no Real Madrid, jogando na lateral(!), e não no meio ou na ponta-esquerda. Já André Santos, admito que não o acompanho na Turquia, mas na Seleção, ao menos, ele não destoa, ainda que não seja o nome de minha preferência. Adriano é reserva do Barça, e sempre rendeu melhor no meio. Acho injusta a sua convocação. No entanto, é dever lembrar que há uma enorme carência de bons laterais-esquerdos no país.

Volantes: Lucas (Liverpool-ING) – 24 anos, Ramires (Chelsea-ING) – 24 anos, Sandro (Tottenham-ING) – 22 anos e Henrique (Cruzeiro-BRA) – 26 anos

Pedro Spiacci: Lucas é um dos líderes na votação para melhor jogador da temporada, no site do Liverpool. Ramires cresceu muito no Chelsea. Sandro assumiu a vaga entre os 11 no Tottenham. Henrique é um dos melhores jogadores do Cruzeiro, que faz ótima temporada. Aliado a isso, Denílson sumiu no Arsenal, Hernanes se firmou como meia na Lazio e Mano prefere Anderson mais avançado, e não como volante, posição em que Ferguson costuma escalá-lo.

Lucas Imbroinise: Com exceção de Henrique, que ainda não tem a confiança plena de Mano, acho que esses volantes têm enormes chances de chegarem como selecionáveis em 2014. Lucas assumiu de forma exemplar o posto de Gilberto Silva. Considero, aliás, o jogador do Liverpool bastante superior ao antigo capitão brasileiro. O interessante é que Ramires o completa. Segundo volante, de ótima arrancada e passe preciso, o ex-volante do Cruzeiro forma ótima dupla com Lucas. Titulares absolutos de Mano. Merecidíssimo. O caminho está aberto para Henrique, e há pouca concorrência. Talvez o nome que mais chegue perto do cruzeirense seja o do rubro-negro Willians, que vem fazendo ótimo primeiro semestre com a 8 do Flamengo.

Meias: Anderson (Manchester United-ING) – 23 anos, Thiago Neves (Flamengo-BRA) – 26 anos, Elias (Altetico de Madrid-ESP) – 26 anos, Elano (Santos-BRA) – 29 anos, Lucas (São Paulo-BRA) – 18 anos e Jádson (Shakhtar-UCR) – 27 anos

Pedro Spiacci: A posição está carente e com a nova lesão de Ganso, ficou ainda mais difícil. Mas, entre os nomes chamados, dois deles já descartaria logo de cara: Elias e Thiago Neves. O ex-jogador do Corinthians se destacou como volante e na Europa está LONGE de se firmar entre os titulares colchoneros, portanto, não entendo a convocação. TN7 faz bom trabalho no Flamengo, mas nada de absurdo, sinto que ele seria um dos nomes que sairia da lista, caso fossem apenas 23 convocados.
Jádson é um caso separado, é ótimo jogador, joga em um time que utiliza o 4-2-3-1 (esquema preferido de Mano Menezes), mas não se saiu bem, quando esteve na seleção. Provavelmente o técnico sentiu que ele pode ser útil e, por isso, ofereceu a nova oportunidade. Estranho, que com Hernanes, expulso no jogo contra a França, isso não ocorreu. Renato Augusto, que teve que se sacrificar após a expulsão do laziale, também não ganhou outra chance. E ambos estão jogando muito bem, por Lazio e Leverkusen, respectivamente.
 
Elano vem muito bem e desempenha diversas funções no meio e pode até ser escalado como volante pela direita, em um esquema 4-3-1-2, que Mano também já utilizou na seleção. Lucas, por mais que venha de lesão e não tenha tido bom desempenho na última partida do São Paulo, merece muito seguir no grupo, pelo que apresentou recentemente e pela forma que começou com a amarelinha. Anderson se recuperou no Manchester United-ING, muitas vezes jogando como meia-central, mas Mano Menezes já declarou que deve usá-lo como meia-atacante, função que desempenhou no Grêmio, Porto e, até mesmo, nos red devils.

Lucas Imbroinise: Também não levaria Elias, pelos mesmos motivos. Quanto a Thiago Neves, acho que o teste é válido. É um dos melhores meias em atividade no país, juntamente com os gringos D’Alessandro e Montillo. Definidor de jogadas, rápido, bom driblador e vem se encaixando bem em qualquer esquema proposto por Luxemburgo. Tem tudo para se adaptar com facilidade à escolha tática de Mano Menezes, que afirmou tê-lo como o substituto de Ganso, pois, segundo o treinador brasileiro, Thiago joga mais à frente que o santista.

Não levaria Jádson. Não vejo nada demais em seu futebol. Nenhuma justificativa para vestir a amarelinha, assim como em Renato Augusto. Passa por um bom momento, mas, a meu ver, não é jogador de seleção. Anderson e Elano dispensam comentários, não só pela versatilidade, mas também pelo momento recente. Ambos têm jogado muita bola. Quanto a Lucas, concordo plenamente com você. Merece.

Apesar de estar ciente da convivência com lesões graves e da pouca sequência de jogos, levaria Kaká. Não só pelo que representa, mas também pelo que pode acrescentar aos jovens meias que vêm sendo convocado. Além de ser jogador de grupo, Kaká ajuda muito aos mais novos e, caso recupere a forma física, tem tudo para pintar na Copa do Brasil, daqui a três anos.

Atacantes: Fred (Fluminense-BRA) – 27 anos, Nilmar (Villarreal-ESP) – 26 anos, Leandro Damião (Internacional-BRA) – 21 anos, Neymar (Santos-BRA) – 19 anos e Robinho (Milan-ITA) – 27 anos

Pedro Spiacci: A volta de Fred e também a sua primeira convocação com Mano Menezes, considero que foi precoce. Robinho volta no momento certo: campeão e em grande fase no Milan. Nilmar também vive ótimo momento em seu clube, o Villarreal, da Espanha, onde forma ótima dupla de ataque com o italiano Rossi. Sobre Neymar, além de seguir jogando demais, ele parece mais maduro, portanto deve seguir como um dos pilares da renovação. Leandro Damião não parou de marcar gols, mas, de qualquer forma, daria mais uma chance para Hulk, que mesmo com sua queda de rendimento em 2011, segue sendo um dos destaques do Porto, que dá o que falar na Europa.

Lucas Imbroinise: Concordo quanto a Fred. Mas o passado e a grife falam mais alto. Há um monte de atacantes, inclusive no futebol brasileiro, à sua frente. Rafael Moura é um deles. Mas o passado de Fred compensa, neste caso. Não abriria mão de Robinho. Muito últil taticamente, tem o impreviso que caracteriza os grandes atacantes brasileiros. No lugar certo e no momento certo, resolve muitos jogos.
Nilmar vive grande fase e é ótima alternativa para o banco de reservas. Assim como Damião. Gosto muito de Hulk, também, no entanto, não vejo espaço para o camisa 12 do Porto na atual seleção de Mano. Quanto a Neymar, deixo o presente falar por mim. Simplismente o melhor jogador em atividade no país.

Pedro Spiacci: Acho que era isso, Lucas. Temos dois bons amistosos, principalmente contra a Holanda, que será o melhor teste do time do Mano.
Lucas Imbroinise: Isso aí , Pedro. Muito legal debater contigo. Até a próxima!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Liga Europa em azul e branco

O Porto, de temporada quase perfeita, se consagrou com a conquista continental (AP Photo)

Deu a lógica, não tem como falar diferente. O Porto, por tudo que faz na temporada, era o favorito na final da Uefa Europa League e, dentro de campo, mesmo sem mostrar todo o futebol já apresentado, o Dragão conseguiu a taça. Hoje o site oficial dos campeões relembrou, que com o título da UEL, a equipe tem agora quatro conquistas europeias no século XXI: Uefa Champions League 2003-04, Copa Uefa 2002-03, Mundial de Clubes 2003-04 e, agora, a Uefa Europa League.

Os azuis e brancos passaram longe de repetir o futebol ofensivo apresentado durante a temporada 2010-11, em que conquistaram a Liga de Sagres, com 27 vitórias, três empates e nenhuma derrota. E mais, terminaram com uma vantagem de 21 pontos sobre o vice-campeão e rival Benfica. Se não bastasse isso, os encarnados ainda perderam uma partida de 5 a 0 dos dragões e viram o rival conquistar o título no Estádio da Luz, após uma vitória de 2 a 1. E tem mais título vindo por aí, a Taça de Portugal, em que disputam a final contra o Vitória de Guimarães.
O 4-1-4-1 do Braga e, o já tradicional, 4-3-3 de André Villas-Boas (Clique na imagem para ampliá-la)

Mas hoje, é dia de falar do título continental, conquistado nesta quarta-feira. O nervosismo tomou conta da tarde portuguesa, em Dublin. Braga e Porto passaram longe do bom futebol. Domingos Paciência armou os arsenalistas em um 4-1-4-1, com o capitão Vandinho preso na volância. Custódio e Hugo Vianna, centralizados, iam com mais facilidade ao ataque, mas também davam atenção à marcação. Outro destaque da equipe bracarense eram os meias-externos, que não conseguiram fazer um trabalho bom ofensivamente, mas prederam os laterais portistas no campo de defesa e ajudaram muito na marcação.

André Villas-Boas colocou o Porto mais uma vez no tradicional 4-3-3 triângulo base alta. O grande problema azul e branco foi que o seu meio-campo demorou para entrar no jogo. O jovem primeiro volante brasileiro, parece ter sentido a final e a presença de Marco Branca, ex-atacante e atualmente diretor da Internazionale, que estava de olho no futebol dele. Além dele, Moutinho, sem movimentação, ficou entregue à marcação de Custódio. Guarín também estava mal. No ataque, Varela era o pior, já Hulk e Falcão tentavam as jogadas, porém não conseguiam produzir.
Falcão, como foi durante toda a UEL, decidiu para o Porto e se emocionou bastante (Getty Images)

O jogo mudou, quando o colombiano dono da camisa seis buscou o lado direito do campo, como alternativa para aumentar seu desempenho na partida. E foi assim que saiu o gol: Hulk buscou o centro na jogada e abriu espaço para a descida de Guarín, que, livre, cruzou para área. Falcão apareceu livre e desviou para as redes. Desta forma, o atacante, que já era o recordista em gols em uma edição de Uefa Europa League/Copa Uefa, aumentou o seu recorde: termina a competição com 17 gols em 14 partidas.

No segundo tempo, a equipe bracarense voltou diferente e Mossoró, que havia acabado de entrar, perdeu chance incrível de frente para o goleiro Héton. A jogada começou em mais um erro de Fernando, que perdeu bola infantil na saída da redonda. Após o mau começo na segunda etapa, o Porto se estabilizou no jogo e não passou mais riscos – quase conseguiu um placar mais elástico.

Ao final da partida, valeu ver a emoção e a alegria de Falcão, o grande personangem da conquista, e de todos outros jogadores elenco azul e branco. O camisa nove já desmonstrava a emoção ao marcar o gol do título e isso só se intensificou com a taça. O aniversariante e capitão Hélton, reconheceu o trabalho do comlobiano e chamou ele para levantar o troféu junto com ele.

domingo, 15 de maio de 2011

A Imagem do final de semana



Um vídeo como esse não exige descrição alguma. A Sampdoria caiu, após uma temporada repleta de erros e o capitão Angelo Palombo, chorando foi se desculpar com os torcedores. Cena Emocionante.

A dica é do amigo Gilmar Siqueira.

Abraço a todos

sábado, 14 de maio de 2011

O primeiro título do Lille, em 2010-11

 O Lille é campeão da Copa da França, 56 anos após o seu último título de primeira divisão (L'Equipe)

O Lille venceu hoje o PSG e se sagrou campeão da Copa da França. A disputa foi tensa e teve como palco, o Stade de France lotado. Um dos ilustres presentes era: Youri Djorkaeff, que em 1998 esteve no mesmo estádio e levantou a Copa do Mundo, contra o Brasil.

As duas equipes entraram com a força máxima. Rudi Garcia colocou os dogues no 4-1-4-1 já tradicional, onde os externos Gervinho e Hazard têm grande liberdade para encostar no centroavante Sow – artilheiro da Ligue 1, com 21 gols. Do outro lado, Antoine Kombouaré armou o PSG no 4-2-3-1, que também tinha como destaque os jogadores mais abertos: Nenê à esquerda e Giuly à direita.

O brasileiro e camisa dez dos parisienses era o mais ativo no time da capital francesa. Nenê procurou o jogo nos dois lados do campo e muitas vezes, recuou para ajudar na recuperação. Mas, foi em um lance dele, que o Lille – melhor na partida – quase abriu o placar. Ele foi cercado por quatro adversários, perdeu a bola, que deu início a um contra-ataque quase mortal. Gervinho levou a bola com muita velocidade pelo flanco esquerdo e Hazard o acompanhava no meio, mas na hora do passe, o marfinense falhou e o camisa 26 não recebeu livre dentro da área.

O lado direito da defesa parisiense era castigado pelo LOSC, que normalmente tinha Hazard por ali, mas não era incomum ver Gervinho também caindo por esse setor. Mesmo com melhor volume de jogo, os dogues não conseguiram sair na frente dos atuais campeões da Copa da França.

O jogo era bom, mas faltavam chances claras de gol. Elas vieram no segundo tempo, onde os dois lados poderiam ter tirado o zero do placar. Giuly chegou a fazer boa jogada pela direita, mas Hoarau falhou na hora de finalizar. Nenê apagado na parte final do jogo, também atrapalhou as ambições parisienses.

Rudi Garcia ousou e sacou o meia-central Gueye e colocou em campo o centroavante Túlio de Melo, visando ter mais uma referência ofensiva. Mas, a mexida que deu resultado foi a entrada do polônes Obraniak. Pois quando o jogo já caminhava para a prorrogação, o camisa dez teve um “mini-escanteio” pela direita e cobrou direto pro gol. O arremate surpreendeu Coupet, que nem foi na bola e viu, aos 88 minutos, o Lille abrir e, praticamente, definir o placar e a conquista. O goleiro dos parisienses apareceu novamente. Logo depois do 1 a 0, ele cometeu penal em Gervinho, mas agarou a cobrança de Debuchy.

Dessa forma, o Lille é campeão depois de 56 anos sem título. A última conquista também havia sido a Copa da França, em 1955. Agora os dogues vão em busca do título da Ligue 1, que lhes garantiria o segundo doblete de sua história. O primiero ocorreu em 1946, ano do primeiro título do Campeonato Francês.

A conquista da Ligue 1 está próxima e pode vir já na próxima rodada, para isso ocorrer, a equipe tem que vencer e torcer para uma derrota do segundo colocado, Olympique Marseille. Com todo o sucesso alcançando este ano, é provável que Hazard e Gervinho, jovens e protagonistas do título do LOSC, sejam vistos em clubes maiores na temporada 2010-11.

Filipe Papini, amigo e especialista em futebol francês, alerta que o presidente Michel Seydoux não pode repetir Jean-Michel Aulas, presidente do Lyon. O cartola dos gones vende bem os atletas, mas não pensa nas peças de reposição e assim derruba o nível técnico do time. Papini também destaca a perda do zagueiro Rami, que desde janeiro é do Valencia e segue por empréstimo no Lille até o final da temporada. Sem ele, o amigo considera que o campeão da Copa da França já perdeu um dos seus pilares.

Abraço a todos

terça-feira, 10 de maio de 2011

A última vaga inglesa na UCL

Heroi da classificação no ano passado, desta vez, Crouch foi o vilão (BBC)

Na temporada passada, a quarta vaga na Uefa Champions League também foi definida em confrontos entre Manchester City e Tottenham. Neste ano, a história não foi diferente. Os dois times já se enfrentaram na primeira rodada da English Premier League e empataram em 0 a 0, no Withe Hart Lane, com partida memorável do goleiros dos citizens, Joe Hart.

Dessa vez, jogando no City of Manchester, os donos da casa sacramentaram a segunda participação de sua história na UCL. Pois, os sky blues têm sete pontos em relação ao Liverpool (5°, 58) e nove contra o Tottenham (5°, 56) – faltando duas rodadas (para a EPL acabar. Portanto, a vitória de hoje do Manchester City garantiu a classificação e a festa da defesa.

No jogo de hoje, o City, veio armado por Roberto Mancini no 4-1-4-1, com De Jong fixado como primeiro volante. No meio, Adam Johnson à direita, Milner e Yaya Touré centralizados e Silva aberto pela esquerda, com Dzeko atuando isolado no ataque. Os spurs, sem Bale – o melhor jogador da EPL 2010-11 eleito pelos jogadores –, Harry Redknapp optou pelo 4-4-1-1, com Van der Vaart encostando no centroavante Crouch.

O fator campo influenciou no primeiro tempo, quando os citizens dominaram as ações e saíram na frente, após boa tabela pelo lado direito. Milner cobrou curto o escanteio e recebeu de volta de Adam Johnson. O camisa sete livre, cruzou rasteiro para à área e teve a sorte de Crouch desviar a bola, contra o gol defendido por Cudicini. Os donos da casa viveram um drama na reta final da partida, quando foram muito pressionados. De qualquer forma, o resultado foi favorável aos sky blues e a quarta vaga ficou em Manchester. 

Para se ter uma ideia do que foram os minutos finais da partida, o grito de alegria só saiu aos 92 minutos e, mesmo assim, alguns torcedores demoraram para acreditar no que estava acontecendo.

Abraço a todos