sexta-feira, 30 de julho de 2010

Curtinhas da Libertadores – Semifinais (Ida)

Chivas Guadalajara 1x1 Universidad de Chile

Jogando no México, mas fora do Jalisco, a história foi diferente. Nas outras duas disputas em mata-mata, o Rebanho Sagrado se garantiu jogando em casa, ao fazer 3x0 em Vélez e Libertad. Dessa vez jogando no lendário Estádio Azteca na Cidade do México, os mexicanos não conseguiram dar um grande passo para a classificação e ficaram no empate com La U.

O alto atacante Juan Oliveira disputa com o zagueiro e capitão do Chivas, Reynoso - Ag. EFE

O time chileno conseguiu segurar as principais tentativas do Chivas, que não conseguia realizar uma grande pressão sobre a saída de bola adversária. Isso dava tranquilidade para El León (O Leão, um dos inúmeros apelidos do time chileno), mas a produção ofensiva também era pequena.

Gerardo Pelusso colocou a equipe para jogar no 4-3-2-1, que com a bola se convertia no 4-2-3-1. Utilizando-se desse esquema, o centroavante Oliveira ficava isolado na área, esperando as jogadas de Puch pela esquerda e Montillo pela direita. Porém os meias não se aproveitaram do mais de 1.90 m do atacante uruguaio, poucas bolas foram cruzadas para a área.

Los Rojiblancos atuavam no 4-4-2 em linha e atuando assim, nada produziram. Para a segunda etapa a equipe mudou a forma de jogar, passou a ter o 4-2-3-1 como esquema base.

Porém quem abriu o placar foram os visitantes. Montillo colocou bola na área em cobrança de falta. Oliveira desviou para trás e Reynoso afastou em direção ao centroavante uruguaio, que com muita calma passou de cabeça para Olarra. O zagueiro livre e muito próximo do gol, só empurrou a testa na bola e abriu o placar no Azteca.

Aos seis minutos, ou seja, quatro minutos após a abertura do placar veio o empate. O Rebanho Sagrado devolveu na mesma moeda. No escanteio que partiu da direita, Omar Bravo cabeceou no meio da área e Miguel Pinto defendeu. Mas no rebote Arellano finalizou e marcou.

Jogando em casa e com muito apoio da torcida, o Chivas foi obrigado a atacar e foi isso que fez nos minutos restantes da partida. Muitas bolas chegarão a baliza defendida por Miguel Pinto, que foi muito bem e evitou uma derrota. O placar poderia ter sido de até dois gols de diferença para os mexicanos, mas o arqueiro chileno evitou a derrota e segurou o empate.

Com a igualdade em 1x1 o Chivas pela primeira vez na competição terá que ir ao ataque jogando fora de casa, a dúvida fica nisso, será que Los Rojiblancos serão capazes de fazer o placar no Chile?
Pelo lado chileno o resultado foi bastante comemorado, afinal, ele exige um Chivas ofensivo fora de casa. Com isso La U terá espaço para o seu contra-ataque, que pode ser decisivo no confronto.

Palpite: Chivas Guadalajara (MEX)


Internacional 1x0 São Paulo

Dono da casa e dono do confronto, esse foi o Internacional no Beira-Rio. O técnico Celso Roth repetiu o 4-2-3-1 da vitória de 1x0 sobre o Flamengo, mas mudou a escalação. Sandro e Guiãzu foram os volantes e Taison pela esquerda, Andrezinho no centro e D’alessandro na direita faziam a ligação no meio-campo. E Alecsandro era o centroavante, que mesmo sozinho não ficava isolado, pois os três meias e os laterais sempre chegavam bem ao ataque.

Todos esperavam que Ricardo Gomes levasse o tricolor paulista a campo no 3-5-2, mas o treinador surpreendeu. Ele escalou o time no 4-3-2-1 com Jean na lateral-direita e Júnior César na esquerda. Richarlyson era o primeiro volante, Hernanes o marcador pela esquerda e Rodrigo Souto fazia esse papel pela direita. Na criação Marlos e Dagoberto alternavam entre direita e esquerda e Fernandão era o centroavante.

No papel o tricampeão Mudial era o mesmo que jogou muito bem contra o Cruzeiro na fase anterior da competição. Porém o colorado não deu chance ao São Paulo, pressionou o tempo todo, com isso o time paulista não ficava com a bola e não conseguia produzir nada.

Mesmo ficando com a bola em quase todo o primeiro tempo, poucas oportunidades foram criadas. O São Paulo estava muito bem postado na defesa, mas água mole pedra dura tanto bate até que fura. Taison de cabeça quase abriu o placar e D’alessandro, Andrezinho e Sandro tentavam de fora da área. No primeiro tempo a melhor defesa da Libertadores se manteve ilesa contando com o bom desempenho de Rogério Ceni.

O que já era bom melhorou na segunda etapa. O São Paulo também tentou mais, porém a partida era do Internacional. O caminho já estava desenhado era a esquerda, onde o volante Jean fazia a lateral-direita e onde Taison atuava. O camisa sete havia sido o destaque da primeira etapa e seguiu bem no segundo tempo. A diferença agora é que Dale, Kléber e até Sandro encostavam mais por ali.

Foram várias jogadas pelo lado esquerdo ofensivo, mas o gol não vinha e para variar Rogério segui sendo destaque pelo lado tricolor paulista. Andrezinho, outrora 12° jogador, porém ontem como titular não vinha fazendo boa partida. O técnico Celso Roth tirou o número 17 e colocou o onze, Giuliano.

Giuliano marcou o gol da vitória e com quatro gols agora é o artilheiro do colorado na Taça Libertadores da América - Ag. EFE

O jovem e ex-jogador do Paraná mostrou estrela mais uma vez (já tinha sido decisivo contra o Estudiantes na Argentina). Foi ele quem começou a jogada do gol e isso pelo lado direito. O camisa onze tentou o passe para Dale e a redonda bateu na marcação chegando ao destino pensado. D’alessandro consegui passar para Alecsandro, que sem querer passou para Giuliano dominou, girou sobre Miranda e bateu rasteiro com a perna direita no canto direito de Rogério Ceni.



A torcida pediu a La Boba e D'alessandro a realizou de forma mágica.

O São Paulo tentou ainda um empate, Dagoberto, Hernanes com as duas pernas, Cléber Santana, arriscaram chutes de fora da área, mas passaram longe de assustar o goleiro Renan. O Inter que quase ampliou, porém ficou no 1x0 mesmo. D’alessandro ainda relaizou a La Boba seu drible caracteristíco e passou a bola por baixo das pernas de Rodrigo Souto, o argentino só não foi melhor que Taison na partida.

O saldo da partida para o tricolor paulista ainda foi bom, pelo volume de jogo do clube gaúcho. Ficar só no 1x0 deixou o jogo aberto para o Morumbi, onde o tricampeão da Libertadores costuma se dar bem, terá muito apoio da torcida e ainda jogará de forma diferente do que jogou no Beira-Rio.

O lado colorado teve a sensação de dever cumprido, porém também ficou a certeza de que mais tentos poderiam ter sido anotados. Mas temos que lembrar que em 2006 o Internacional conseguiu o título pelo resultado fora de casa. Além disso, no Morumbi o time deverá ter a volta de Tinga, que tende a ser muito importante ao último brasileiro campeão continental.

Palpite: Internacional (BRA)

Abraço a todos

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