domingo, 13 de janeiro de 2013

O Clássico decide campeonato


 Jackson Martínez marcou o seu 12º gol no Português, mas o empate deixou os dois times invictos (ASF)

Nesta temporada em Portugal será assim. Com o Sporting em baixa (8º, 15pts), a disputa da Liga de Sagres ficará polarizada entre Benfica e Porto, os líderes da disputa até aqui. Além disso, o Braga, que nos últimos anos surgiu como uma terceira força, parece não ter condições de desafiar os dois gigantes em 2012-13 e entrou esta rodada com uma desvantagem de seis pontos para o vice-líder Porto.

E o clássico no Estádio da Luz teve todos os fatores de uma decisão, que terá volta no segundo turno na Cidade do Porto no segundo turno. Os adeptos benfiquistas fizeram a parte deles: lotaram seu campo e fizeram um belo mosaico na entrada do time. Em campo, os times honraram a força das arquibancadas e iniciaram a partida com muita intensidade.

Em 17 minutos, 2 a 2. Jorge Jesus armou o time no 4-1-3-2, enquanto Vítor Pereira fez o Porto jogar no tradicional 4-3-3. A intenção dos azuis e brancos era de segurar mais a bola, mas a disposição dos encarnados dificultava e impedia o a imposição do que o Dragão queria da partida. Além da força benfiquista, a ausência de James Rodríguez atrapalhava o trabalho dos visitantes.

Mas sem o jovem colombiano, o maestro foi João Moutinho. O camisa oito portista cobrou falta aos sete minutos e descobriu Mangala livre no meio da área para marcar de cabeça. Porém já havia sido dito, o início da partida foi intenso e, logo depois do 1 a 0, houve o empate. Depois de desvio no meio da área, Jardel ajeitou e Matic chegou executando um belo voleio de perna esquerda.

O goleiro brasileiro Artur Moraes falhou na saída de bola e logo na frente do atacante Jackson Martínez. O colombiano não perdoou o erro e marcou seu 12º gol no Campeonato Português, empatando com o artilheiro do rival da tarde, Óscar Cardozo. Mas como ninguém poderia ficar na frente do placar nesta noite, Gaitán logo empatou em um rebote, depois de rebatida do goleiro Helton.

Depois da insanidade inicial deu pra observar melhor o posicionamento azul e branco. Com Defour como ponta, havia muita troca de posição na parte ofensiva do Porto e, muitas vezes, Lucho González e Danilo ocupavam este espaço no lado direito do ataque.  Por isso, Varela pelo flanco canhoto era o ponta mais agudo dos dragões. Porém, depois dos 30 minutos, o jogo caiu bastante e as chances de gol diminuíram, pois não dava pra ficar igual estava no início.

Na segunda etapa, o jogo mudou bastante, mas jamais retomou a intensidade da primeira meia hora. Aos 24 minutos, Aimar entrou nos encarnados que já tinha Carlos Martins. Desta forma, o Benfica passou a jogar no 4-2-3-1, com três meias-ofensivos argentinos: Gaitán, Aimar e Salvio. Já o Porto, inverteu os “pontas”, Defour foi para a esquerda e Varela ficou na direita.

As mudanças deixaram o jogo da forma que estava e foi o Benfica que teve a melhor chance de marcar, quando Óscar Cardozo saiu frente à frente com Helton. O goleiro brasileiro realizou pequeno desvio e a bola bateu na trave para desespero da torcida. Na reta final da partida, Izmailov estreou na ponta-esquerda pelos azuis e brancos, mas apareceu pouco. Mas o que marcou o segundo tempo foram as faltas e o jogo duro: quatro cartões amarelos foram distribuídos nos 45 minutos finais. Ao final da partida, o técnico portista Vítor Pereira afirmou à Sport TV: “O Benfica deveria ter terminado os 90 minutos com nove jogadores”.

Um dos jogadores que Pereira queria que fosse expulso, o volante Matic, que executou bela partida falou à mesma emissora, “Para o Benfica, o empate nunca é bom resultado”. Neste sentido, Jackson Martínez concordou com o rival sobre o sentimento da igualdade: “O empate não era o resultado que queríamos”.

Agora, Benfica segue em primeiro com 36 pontos e três pontos de vantagem em relação ao Porto, que tem um jogo a menos. Os rivais seguem invictos no campeonato e se destacam na ponta da Liga de Sagres 2012-13. A briga deve continuar na casa de uma partida por muito tempo e a decisão deve ficar para a reta final da disputa, quando o Estádio do Dragão receberá o grande jogo do futebol português. Por jogar em casa no segundo turno, os azuis e brancos são favoritos e devem conquistar o tricampeonato.

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