segunda-feira, 16 de setembro de 2013

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O primeiro gol de Lucas

 Ameaçado na seleção brasileira, Lucas conseguiu uma boa atuação no 2 a 0 do PSG, porém isso só foi possível, quando ele teve espaço para jogar (Jean Pierre Muller/AFP)

O PSG encarou o Bordeaux fora de casa e conseguiu uma vitória por 2 a 0, mesmo fazendo um primeiro tempo bem ruim. O problema foi o mesmo de sempre: falta de criação. Blanc armou o time no 4-3-3, com três volantes no meio, mas além de marcadores, Thiago Motta, Matuidi e Verratti passam bem a bola e têm boas condições de chegar ao ataque, que era composto por Lucas na direita, Ibrahimovic no centro e o jovem (18 anos) Ongenda na ponta-esquerda.

A alternativa que deu certo foi Ibrahimovic assumir a responsabilidade de criar, muitas vezes, recuando para abrir espaços para a penetração dos volantes. O sueco tem esta característica, pois é muito técnico e tem um bom passe. O dez parisiense recuou e, da entrada da área, descobriu a penetração de Matuidi pelo lado esquerdo da área. O volante aproveitou a chance e marcou.

Com o resultado negativo em casa, os girondinos deixaram o time exposto e pareciam convidar o visitante para um contra-ataque, a especialidade de Lucas. Foi, em um lance assim, que o brasileiro recebeu ótima enfiada de Verratti, nas costas da defesa do Bordeaux, e marcou pela primeira vez pelo PSG – um gol e quatro assistências, em 21 partidas. O camisa 29 fez ótimo segundo tempo, aproveitando o espaço cedido pelo rival, mas ainda falta aparecer em jogos onde tiver uma marcação mais apertada. Lucas ainda conseguiu colocar Ibrahimovic – duas vezes – e Rabiot na frente do goleiro adversário, porém ambos não converteram os gols. 


No ritmo do Mágico de Oz

 Özil já mostra que se encaixa muito bem no jogo do Arsenal, 90% de passes completos na partida (FourFourTwo Stats Zone)

No 4-2-3-1 de Arsene Wenger, Özil jogou livre. Prioritariamente, pelo centro, o alemão fez ótima exibição, ao encarrar, um Sunderland sujeito ao domínio do clube de Londres. Na maior parte do tempo, os gunners controlaram a posse, terminando com 69,4% do domínio dela. Além disso, os londrinos conseguiram jogar com a velocidade prometida, mesmo com Walcott em um dia ruim.   

A maior contratação da história dos gunners além de jogar pelo centro, também caiu pela esquerda, abrindo espaço para as chegadas pelo meio de Ramsey e Wilshere, titular pela ponta-esquerda. Mas foi Özil, que chamou a atenção, acostumado a criar chances de gols, o alemão proporcionou, nas últimas cinco temporadas, 382 oportunidades aos companheiros (maior número entre as cinco grandes ligas) e repetiu o desempenho na estreia pelo Arsenal. Foram quatro chances claras – duas para Giroud e duas para Walcott – surgidas através de seus pés e, um destes passes para o centroavante francês, resultou em gol.

O segundo gol veio em jogada de Jenkinson pela direita e belo arremate, de primeira, de Ramsey. Golaço, curiosamente com participação de dois dos cincos jovens, que tiveram os contratos renovados pelo Arsenal no final de 2012 – os outros, Wilshere, Oxlade-Chamberlain e Gibbs. O galês (seis partidas, cinco gols e uma assistência) ainda fez o terceiro (1 a 3, na partida), em jogada tramada por Özil e Giroud, que largou muito bem a temporada, quatro gols, em quatro partidas da Premier League.



Equilíbrio no Derby d’Italia

Pogba e Vida comemoram o empate frente à Inter: na Serie A, bianconeri e nerazzurri vêm empatados atrás de Napoli e Roma, com sete pontos (Ag. Reuters)

O Giuseppe Meazza recebeu o grande jogo da rodada no futebol mundial: o jogo entre Inter e Juventus. Mazzarri e Conte apostaram no mesmo sistema tático, o 3-5-2. Com isso, a partida foi muito estudada e os dois lados não tiveram tantas chances de gol. O resultado disso tudo o empate em 1 a 1. Primeiro os nerazzurri marcaram com Icardi, mas, dois minutos depois, Vidal empatou.

Deve se destacar que, com a chegada de Mazzarri, alguns jogadores que ainda não haviam se dado bem na Inter, conseguir elevar o nível de jogo. São os casos de Juan, Nagatomo, Jonathan e Álvarez (autor da roubada de bola e da assisência no gol nerazzurro), que largaram muito bem na temporada e foram bem no dérbi também. Do outro lado, chama a atenção como Vidal vem evoluindo, o ótimo jogador chileno parece um patamar acima do que já esteve na carreira e, hoje, está à frente de Pirlo na briga pelo protagonismo bianconero e, sem dúvida, é um dos 15 melhores jogadores do mundo. Na ausência de Marchisio (lesionado), Pogba vem compondo muito bem o meio-campo da Vecchia Signora.



O encaixe perfeito de Eto’o

 Eto'o estreou bem, mas com derrota (Getty Images)

Apesar da derrota, por 1 a 0, frente ao Everton, no Goodison Park mostrou que Eto’o é o centroavante ideal para o 4-2-3-1 dos blues. O camaronês interagiu muito bem com os três meias-atacantes, que se mexem muito, e encontraram no camisa 29, um jogador que também tem como característica esta mobilidade. Integração perfeita. A participação de Eto’o no jogo mostra como, em sua primeira partida, ele já se sentiu à vontade com a camisa azul do Chelsea: seis finalizações, três delas no gol; recebeu 30 passes, em vários setores do campo; e roubou duas bolas.

A derrota foi consequência das chances perdidas pelo Chelsea, que viu o Everton ser, praticamente, letal nas poucas oportunidades que construiu na partida. E olho em Ross Barkley, de apenas 19 anos, que foi o meia-atacante pelo centro no 4-2-3-1 de Roberto Martínez, e participou bastante da partida, criando boas oportunidades para o ataque dos toffees. A combinação de técnica e força física do jovem é bem interessante, vale prestar a atenção.

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