quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Itália na Europa

A Itália vem perdendo relevância no futebol europeu e suas equipes deixaram de ser apontadas como favoritas nas disputas intercontinentais. Por isso, o futebol italiano perdeu uma das vagas que tinha na Liga dos Campeões para a Alemanha e, atualmente no Coeficienta Uefa, o Belpaese é o quinto atrás também de Portgual. Se na LC, parece improvável que os representantes do país cheguem longe, a Liga Europa pode ser uma boa competição para ganhar pontos importantes e voltar a subir no ranking. 

Apesar disso, nos últimos anos, os clubes do país não têm se dedicado tanto à disputa, preferem a busca pela vaga à Liga dos Campeões via Serie A. Como apenas três equipes conseguem a vaga no torneio mais importante – duas diretamente na fase de grupos, etapa que o Napoli não conseguiu alcançar em 2014-15 –, vencer a Liga Europa, que também garante o acesso à LC, pode ser melhor por vários motivos. Primeiro, a equipe venceria um título; depois, ajudaria o país a recuperar espaço na Uefa; e também conseguiria participar da Liga dos Campeões do ano seguinte. 

Nesta quinta, levando em consideração estes aspectos, os quatro representantes italianos estrearam na Liga Europa. Neste início de competição, dois deles, Inter e Napoli, são apontados como favoritos ao título da competição. Resta saber se a dupla italiana conseguirá confirmar o favoritismo quando a bola rolar. A largada de ambas equipes foi boa, mas nada de encher os olhos. 

Dnipro 0-1 Internazionale 

 D'Ambrosio garantiu a vitória da Inter, que larga Liga Europa entre as favoritas ao título, mas estreou com exibição bastante burocrática (Inter.it)

A Inter viajou à capital ucraniana, onde o time de Dnipropetrovsk manda os jogos enquanto o país está em crise, e não apresentou um futebol fascinante. Mazzarri foi com os três zagueiros e iniciou a partida apenas com Icardi no ataque. O resultado foi pouca criação e um certo domínio do Dnipro, que, apesar disso, não conseguiu assustar verdadeiramente o ótimo goleiro Handanovic. Pelos nerazzurri, Guarín foi escalado bem próximo do ataque para tentar dar o passe final ou surpreender nos chutes de fora da área. Porém, no primeiro tempo, o colombiano acertou apenas 56% dos toques, índice baixíssimo para o nível dele, o que atrapalhou a produção ofensiva interista. 

Por conta do primeiro tempo ruim e pela responsabilidade de ganhar, o técnico nerazzurro não tardou a mexer para a parte final do jogo. Com Osvaldo no lugar de Kuzmanovic, a Inter passou a ter uma dupla ofensiva, no 3-1-4-2. A mexida deu resultado e a pequena melhora da equipe fez com que o domínio mudasse de lado. A Beneamata parecia bem próxima do gol e Rotan tratou de facilitar as coisas. O experiente jogador abusava das faltas e, no início da etapa final, acabou expulso. Logo depois de conseguir a vantagem numérica, a Inter encontrou o gol. D’Ambrosio, que fez algumas vezes a diagonal para o meio da área, desta vez, recebeu o passe, se livrou da marcação e fuzilou. Com o 1 a 0, os italianos controlaram o jogo com mais tranquilidade, mas pouco fizeram. A vitória mínima fora de casa bastou para os nerazzurri, que voltam à Itália na liderança do grupo F da Liga Europa, e, em cinco partidas oficiais na temporada, seguem sem sofrer gols

Napoli 3-1 Sparta Praga

Higuaín e Mertens se abraçam: a dupla comandou a virada napolitana (Tuttosport)

O San Paolo foi o símbolo da decepção napolitana com a desclassificação na última fase preliminar da Liga dos Campeões. Porém, se o estádio teve uma lotação abaixo da média, dentro de campo, os partenopei jogaram com muita vontade e Rafa Benítez optou por uma escalação praticamente titular. O resultado se viu em campo, com um domínio bem claro dos azzurri, mas sem criar chances tão claras de gol. Em uma das raras chegadas ao ataque, o Sparta Praga aproveitou para surpreender e, com Husbauer aproveitando uma rebatida na entrada da área, abriu o placar. Ter o 1 a 0 contra impulsionou o Napoli para o ataque e, com boas participações de Hamsik e Higuaín, o time conseguiu criar oportunidades mais claras. Uma boa jogada da dupla resultou em bola na trave e, na sobra, Nhamoinesu cometeu pênalti. "El Pipita" bateu bem e converteu, se redimindo após a penalidade perdida no final de semana pela Serie A. Apesar da melhora, os napolitanos não conseguiram a virada já no primeiro tempo, a trave impediu um segundo gol.

Higuaín seguiu sendo protagonista e, como de costume, deixou muito a área para criar jogadas para a finalização de companheiros de time. A virada saiu em uma dessas ocasiões, o argentino foi para a ponta-direita, limpou marcadores com extrema facilidade e cruzou rasteiro. Mertens, que ocupava o espaço deixado pela "Pipita", ganhou da zaga e marcou. Com mais uma boa exibição, o belga ganha espaço no time titular de Benítez, deixando o inconstante Insigne relegado à reserva. No final do jogo, quando o ritmo napolitano já havia caído muito, o camisa 14 ainda fez o terceiro, após deixar dois defensores para trás com um drible só. Após o 3 a 1, o Napoli tratou apenas de não correr risco, controlou a posse de bola e garantiu a boa vitória.

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