O Hexacampeão Brasileiro Flamengo teve um ano conturbado começando com Cuca em seu comando. O treinador hoje no Fluminense iniciou seus trabalhos falando em ganhar tudo, fazer Obina artilheiro do ano (a sua insistência nesse jogador culminou na saída de Marcelinho Paraíba do time em detrimento do companheiro que não marcou gols pelo rubro-negro esse ano) e elogiando a manutenção da base do ano anterior.
Zé Roberto chegou para ser o grande craque do time, falando em se firmar na seleção para ir a Copa de 2010, o camisa dez começou bem com alguns gols. Porém nada que justificasse uma convocação ou a conquista da torcida do time da Gávea. Mas até ai estava tudo bem.
A derrota frente ao Resende (clube revelação do carioca) na semi-final da taça Guanabara fez com que todos os problemas viessem à tona – salários atrasados, insistência do treinador com alguns jogadores como Éverton (médio-ala, no Brasileirão rendeu muito nessa posição) que vinha sendo escalado no ataque, Obina que não marcava mas era titular no lugar de um Josiel que entrava e fazia e Zé Roberto que não vinha sendo o mesmo dos tempos de Fogão e talvez o principal o mau relacionamento do técnico com os seus comandados (http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL1241145-9865,00-CAMPEAO+INFELIZ+OS+BASTIDORES+DA+ERA+CUCA+NO+FLAMENGO.html).
Erros começaram a ser cometidos na Gávea. A saída de Marcelinho Paraíba para o Coritiba foi uma perda dura, o meia alegou que além de não receber em dia, não aceitava ser banco e se fosse titular teria ficado. E ele tinha condição para isso. Dentro de campo o time passava por adversários fracos na Copa do Brasil e no carioca se mantinha forte no segundo turno.
Veio Emerson a Alma do Mengão (http://simplificandofutebol.blogspot.com/2009/08/emerson-alma-do-flamengo.html
), o jogador foi importante para o time, pois sua raça inflamou os companheiros. Afirmo nos bastidores deve ter sido fundamental para a conquista do Penta-tri carioca pelo seu clube. A eliminação nas quartas-de-finais da Copa do Brasil foi aceita por ser frente ao forte Inter.
Porém a perda de jogadores fundamentais para o time, Josiel artilheiro da equipe (emprestado pelo Al Whada) e Ibson capitão e maestro do Flamengo (emprestado pelo Porto), seriam grandes baques. No caso do atacante a coisa foi pior, pois com a eminente chegada do Imperador ele nem foi procurado para ser um nome de composição de elenco, doeu para o atleta. Já Ibson com muita pressão da torcida a diretoria foi atrás, mas sua proposta não foi aceita pelo time português que o vendeu para o Spartk Moscou.
E a aposentadoria de Fábio Luciano um jogador fundamental na arrancada de 2007, nos títulos cariocas de 2008 e 2009, fez com que a torcida chorasse e “esperneasse” fica capitão a cada jogo, mas a família falou mais alto. Lá ia o Flamengo sofrer com uma zaga desregulada, pois sem seu capitão o único zagueiro experiente era o Magro de aço Ronaldo Angelim. Trouxe preocupação.
A chegada de Adriano (ainda com Ibson, mas já sem Josiel que foi liberado antes do término desse seu empréstimo) fez com que o time ganhasse em qualidade técnica e que tivesse uma nova referência ofensiva. O Flamengo subiu de produção no campeonato, porém dependia muito de Adriano e quando não estava bem o time não rendia, a zona de rebaixamento e uma briga por uma vaga na Sul-americana pareciam ser a realidade do clube da Gávea.
Ibson foi embora a tendência era tudo piorar. Mas além da ida desses dois importantes jogadores Cuca também foi demitido e Andrade por falta de opções foi efetivado como técnico. A Olympikus assumiu a produção de uniformes do time e deu um ganho de Marketing fora de campo para o clube. Enquanto dentro das quatro linhas Andrade tomava conta das coisas.
Dênis Marques chegou como uma grande esperança de proporcionar de vez um companheiro para Adriano no ataque, já que Zé Roberto ainda não tinha encontrado seu lugar. Outro que chegou só que sem fazer barulho e graças à um acordo financeiro com o presidente em exercício Delair ( o acordo exigia do jogador abrir mão de uma parte que o Flamengo o devia e em troca o Rubro-negro seria seu time) foi Petkovic.
O Gringo fez com Kléber Leite saísse do clube por ser contra a sua contratação. A entrada de Marcos Braz para comandar o futebol também foi muito interessante, nesse momento os salários já andavam em dia. Pet, porém foi conquistando o seu espaço aos poucos, os jogadores que vinham de seguidas lesões foram se recuperando e todos com condições de jogar.
Léo Moura e Juan, dois dos que mais sofreram com críticas durante o ano começavam a se adaptar as novas funções em campo. Pois agora ambos se tornaram laterais com um papel mais defensivo do que antes, onde eram alas que atuavam bem soltos. Léo terminou o ano por cima já Juan que ficou afastado por um bom tempo por lesão quando o campeonato acabou ainda não estava em seu nível de exibição que até o levara para a seleção.
O Flamengo crescia e fazia bons jogos, mas foi eliminado da Sul-americana contra o Flu por gols marcados fora de casa. A saída de Émerson ocorreu juntamente com isso (era muito dinheiro não tinha com recusar). Seria o início de mais uma crise? Não foi sim o começou da reação. O time foi ganhando e vinha subindo na classificação, porém ainda estava muito longe para pensar em Libertadores (mas a escalação lhe permitia).
Duas contratações foram anunciadas Maldonado, um baita volante e Álvaro que era reserva do Inter e veio para assumir a vaga que Fábio Luciano havia deixado Ronaldo Angelim sem um companheiro experiente desde sua aposentadoria, após o título carioca. O time mudou e ganhou um padrão de jogo e com duas novidades ofensivas Pet pelo centro e Zé Roberto pela esquerda quase como atacante funcionando bem.
O time começava a se desenhar forte e vinha demonstrando o melhor futebol do campeonato brasileiro era questão de haverem vacilos dos da frente para o time chegar. As tão sonhadas perdas dos adversários foram acontecendo, porém o Flamengo não perdia. Pet e Adriano mostravam o encaixe perfeito e Zé Roberto completava a alegria Rubro-negra.
Na defesa Álvaro e Maldonado se encaixaram perfeitamente bem ao esquema, Aírton se tornou um gigante, Willians era o maior ladrão de bolas, mas diminuiu seu número de suspensões após conversas com Andrade, Toró quando era acionado entrava bem e assim também fazia o zagueiro David.
O Flamengo mostrava futebol de campeão enquanto os outros iam fraquejando. O time do Rio mostrava sua força e ia bem. Mas foi jogar contra o Barueri, time de meio de tabela e sem grandes aspirações no campeonato, porém este time parou o Flamengo. Depois um duelo frente ao Santos mostrou que o Rubro-negro tinha vindo para ser campeão, pois com o gol único de Adriano e duas defesas de pênalti de Bruno a história já estava escrita.
Mas o próximo adversário era o forte Atlético Mineiro que vinha bem e também jogava um futebol alegre como o Fla, mas bastou mais um gol olímpico de Pet (ele já havia feito dois frente ao Palmeiras no Palestra) para sabermos que mais uma vez daria Flamengo.
Com mais três vitória e um empate o Flamengo chegou a seu sexto título de campeonato Brasileiro. A última delas frente aos reservas do Grêmio que vieram empolgados, pois alguns deles sabiam uma boa exibição nesse jogo os garantia no elenco do próximo ano.
Com mais de 100 mil no estádio e o gol rubro-negro “teimava” em não, só que o do Grêmio apareceu e calou o Maraca por pouco tempo. A torcida continuou a apoiar e explodiu com o gol de empate de David. E no segundo tempo com mais atitude o Flamengo conseguiu a virada e consequentemente o título com o gol do zagueiro Ronaldo Angelim.
A festa pelo título foi compatível com a espera de 17 anos para ele. Assim que o Flamengo chegou ao título em ano eleitoral, que elegeu a primeira mulher presidente do clube, a ex-nadadora Patrícia Amorim. Com perda de jogadores, quebra de recorde de vendas de materias esportivos (algo em torno de 1,1 milhão de exemplares vendidos), erros de escolha de treinador, craques retornando e um ex-craque no comando.
O Flamengo com méritos é HEXACAMPEÃO BRASILEIRO em 2009
Abraço a todos.
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