quinta-feira, 8 de julho de 2010

Copa do Mundo – Dia 23 - Semifinais (2ª Parte)

Alemanha 0x1 Espanha

Vitória que resulta em história


A seleção espanhola bateu a Die Nationalef por 1x0 e ao conquistar a vitória o time espanhol já faz história ao alcançar sua primeira final. E pela partida realizada hoje, o resultado jamais poderia ser outro, pois a furia sempre esteve no comando das ações da partida de hoje no Moses Mabhida Stadium em Durban com 60.960 pessoas assistindo.

Vicente del Bosque armou a Espanha com uma tática diferente. Saiu o 4-2-3-1 das primeiras partidas e entrou o 4-1-4-1 com Villa de centroavante e Busquets sendo o volante mais fixo. Do outro lado, Joachim Löw optou por manter o 4-2-3-1 apenas trocando Thomas Müller por Trochowski. Na furia além da alterção na formação tática, Fernando Torres foi sacado e na sua vaga Pedro entrou.

Com um grande volante mais direcionado a marcação, os outros quatro meias tinham muita liberdade. Assim Xabi Alonso, Xavi, Iniesta e Pedro se movimentavam e ainda trocavam de posição, confundindo a marcação no meio-campo da Die Mannschaft. A entrada de Trochowski como externo-direito travou o jogo alemão. Pois com o titular Müller, a seleção tinha uma saída com velocidade pela direita, o titular de ontem não fazia isso.
Özil muito marcado, pouco apareceu na partida - AP

A grande chance do primeiro tempo veio com Villa, mas Neuer conseguiu fechar bem o espaço para o atacante. A principal arma alemã, os contra-ataques não apareceram. Podolski apagado, a inesistência de jogo pela direita e Özil aparecendo menos do que nas partidas anteriores, o jogo não fluia e Klose se tornava quase um espectador dentro de campo.

Na segunda etapa, Toni Kroos e Jansen entraram em campo. Deixaram o campo: O sumido Trochowski e o lateral que pouco apoiava Boateng. O novo ala-esquerdo passou a aparecer mais na frente, porém não acertava os cruzamentos. O externo-direito, Toni Kroos trouxe mais ação e mais velocidade a meia-cancha da Die Mannschaft.

Mas nada disso foi suficiente, o jogo seguia sendo da Espanha. O meio-campo da furia era dono da partida, Xavi e Iniesta faziam uma ótima partida, ocupando muitos espaços e errando pouco. La roja mantinha um problema de outros jogos, não conseguia penetrar na defesa adversária e não criava chances claras de marcar.
Gol de Puyol e comemoração da defesa da Furia - AFP

As grandes oportunidades até os 27 minutos da segunda etapa tinham sido a de Villa no primeiro tempo e chutes de fora da área de Xabi Alonso. Citei o minuto 27 da segunda etapa, pois é nele que o placar sai do zero. Em jogada de Iniesta pela esquerda, o espanhol cruzou e a bola explodiu em Schweinsteiger indo para escanteio. Xavi fez a cobrança com a perna direita para dentro da área. Puyol veio de trás antecipou Khedira e o seu companheiro Piqué. De cabeça o zagueiro colocou no canto esquerdo de Neuer.

Com a vitória parcial espanhola, a Die Nationalef teve que partir para cima. E no momento que teria que buscar a virada, julgo que Joachim Löw errou. Ele sacou Khedira, um volante, até aí tudo bem, mas ele colocou Mario Gómez em campo. O poste do Bayern não tinha feito uma boa temporada e não foi por falta de oportunidade. Resultado: Em dois ataque alemães, o camisa 23 funcionou como um zagueiro para a Espanha.

Os espanhois através de Pedro perderam uma chance incrível no final, um contra-ataque com vantagem númerica, mas o jovem jogador do Barcelona se enrolou com a bola. A sorte dele é que a Alemanha não conseguiu buscar o empate.
David Villa, muito mal na partida de ontem. Para a final a Espanha contará com a boa participação dele - AP

Agora com o a final já definida entre Espanha e Holanda teremos um campeão inédito. Algo que só contribui para o crescimento da paixão pelo esporte bretão. A furia merece o título, mas do outro lado, está a Holanda que também merece. Sobre a final falo mais depois e também me sinto na obrigação de fazer uma postagem sobre a Die Mannschaft e essa geração que está quase pronta para 2014.


Abraço a todos

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