quarta-feira, 4 de junho de 2014

Simplificando Futebol na Copa - Grupo A

Brasil
Thiago Silva é o capitão e Neymar é o craque, uma Copa em alto nível da dupla poderá garantir o hexa ao Brasil (Getty Images)

Técnico: Luiz Felipe Scolari-BRA

Time-base (4-2-3-1): Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho; Hulk, Oscar, Neymar; Fred.

Craque: Neymar Junior – Barcelona-ESP

Lesionados: Nenhum

Participações no Mundial: Todas as 20 (pentacampeão em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002)

Ranking da Fifa: 3º

Campanha nas Eliminatórias

País-sede, não participou.

O Brasil tem um time. Após a derrota para Holanda, em 2010, Dunga saiu e veio Mano Menezes, mas o técnico não conseguiu ficar no cargo até a Copa. No final de 2012, quando o seu time começava a se acertar, foi demitido e o presidente da CBF, José Maria Marin optou por colocar no cargo o último campeão do mundo com os canarinhos, Luiz Felipe Scolari, com Carlos Alberto Parreira na retaguarda. Ao longo da Copa das Confederações 2013, o país viveu uma onda de protestos, mas a seleção foi poupada e, com muito apoio nas arquibancadas, venceu a competição FIFA, jogando muito bem na final, contra a forte Espanha.

Para ganhar a Copa das Confederações, Felipão não desprezou todo o trabalho do ex-comandante verde e amarelo: manteve o 4-2-3-1 (com variações para o 4-4-1-1, com Neymar atrás de Fred) e aproveitou de vários jogadores. Porém, realizou mudanças: priorizou o uso de centroavantes clássicos e volantes de mais marcação. Além de dar confiança, segundo o treinador, os protestos contra a Copa das Confederações, em Fortaleza, definiram a nova “família Scolari” – na convocação para o Mundial, repetiu 16 dos convocados para a competição anterior.

O Brasil tem destaques em todas as posições. A defesa é uma das mais elogiadas do mundo e, apesar dos laterais apoiarem muito, a dupla de volantes Luiz Gustavo e Paulinho tem ótima integração e fecha bem os setores. O setor ofensivo tem Hulk, Oscar e Neymar compondo a linha de três meias e o trio funciona bem, com muita movimentação e características complementares. Mais à frente, está Fred, que, se conseguir participar do jogo sem a bola, será um dos centroavantes interessantes da Copa do Mundo. Mas o grande destaque verde e amarelo é Neymar. O camisa dez é o artilheiro (13) e líder em assistências (10) da Era Felipão – já havia sido na Era Mano Menezes.

Jogando em casa e com um grupo acessível (não confunda com fácil), o Brasil deve alcançar a segunda fase sem grandes problemas. Mas, a partir daí, a disputa ficará mais acirrada, porém, com o bom time e com uma etapa inicial ideal para ganhar confiança, os canarinhos chegam entre os principais favoritos. Para confirmar este favoritismo alguns pontos são chaves: a defesa terá manter a solidez, Neymar jogar em alto nível e Fred ajudar também sem a bola.

Goleiros: 12- Júlio César (Toronto FC-CAN), 1- Jefferson (Botafogo-BRA) e 22- Victor (Atlético Mineiro-BRA);
Defensores: 2- Daniel Alves (Barcelona-ESP), 23- Maicon (Roma-ITA), 6- Marcelo (Real Madrid-ESP), 14- Maxwell (Paris Saint-Germain-FRA), 3- Thiago Silva (Paris Saint-Germain-FRA), 13- Dante (Bayern de Munique-ALE), 4- David Luiz (Chelsea-ING) e 15- Henrique (Napoli-ITA);
Meias: 17- Luiz Gustavo (Wolfsburgo-ALE), 8- Paulinho (Tottenham-ING), 16- Ramires (Chelsea-ING), 5- Fernandinho (Manchester City-ING), 11- Oscar (Chelsea-ING), 19- Willian (Chelsea-ING), 18- Hernanes (Internazionale-ITA) e 20- Bernard (Shakhtar Donetsk-UCR);
Atacantes: 10- Neymar (Barcelona-ESP), 9- Fred (Fluminense-BRA), 7- Hulk (Zenit-RUS) e 21- Jô (Atlético Mineiro-BRA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Croácia: Brasil 1x0 Croácia (fase de grupos, 2006)
México: Brasil 4x0 México (fase de grupos, 1950), Brasil 5x0 México (fase de grupos, 1954) e Brasil 2x0 México (fase de grupos, 1962)
Camarões: Camarões 0x3 Brasil (fase de grupos, 1994)

Calendário de amistosos durante a preparação
3/junho: Brasil 4x0 Panamá
6/junho: Brasil 1x0 Sérvia

Croácia
Rakitc e Modric são os motores do meio-campo croata, que terá que municiar o ótimo centroavante Mandzukic (Goran Stanzl/Pixsell)

Técnico: Niko Kovac-CRO

Time-base (4-2-3-1): Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren, Pranjić; Modric, Rakitic; Olic, Kovacic, Peresic; Mandzukic.

Craque: Luka Modric – Real Madrid-ESP



Lesionados: Ivan Strinic (lateral-esquerdo, Dnipro-UCR) – ruptura no tendão do tornozelo, Mate Males (volante, Rijeka-CRO) – lesão no tornozelo, Ivan Mocinic (Rijeka-CRO) – lesão no tornozelo, Niko Kranjcar (meia, Queens Parks-Rangers-ING) – lesão nos ligamentos da coxa e Ivo Ilicevic (meia, Hamburgo-ALE) – lesão muscular nas duas pernas.

Participações no Mundial: 4 (terceiro lugar em 1998)

Ranking da Fifa: 18º 

Campanha nas Eliminatórias (12J-6V-3E-3D-14GP-9GC-5SG)
Croácia 1x0 Macedônia
Bélgica 1x1 Croácia
Macedônia 1x2 Croácia
Croácia 2x0 País de Gales
Croácia 2x0 Sérvia
País de Gales 1x2 Croácia
Croácia 0x1 Escócia
Sérvia 1x1 Croácia
Croácia 1x2 Bélgica
Escócia 2x0 Croácia
Repescagem europeia:
Islândia 0x0 Croácia
Croácia 2x0 Islândia

A Croácia teve dificuldades para se classificar ao Mundial de 2014, mas após uma disputa ausente, está de volta. O difícil grupo nas eliminatórias com bons adversários, como a Bélgica, Escócia, País de Gales e a arquirrival Sérvia, justifica o grande trabalho que os croatas tiveram para chegar à Copa. Os Vatreni não venceram nenhuma das últimas quatro partidas da primeira fase e quase ficaram fora da repescagem, porém a boa largada garantiu à Croácia a participação nos jogos decisivos. Contra a Islândia, apesar da dificuldade, os croatas garantiram a classificação com a vitória por 2 a 0 em casa.

O ex-jogador Niko Kovac assumiu a seleção após o final de eliminatórias ruim da equipe, mas já estava na federação desde o início de 2013, quando comandava a seleção sub-21. Com Kovac, a seleção passou pela repescagem e virá ao Mundial. O treinador opta por um 4-2-3-1 bastante ofensivo, pois não tem nenhum 1º volante na composição do meio-campo da equipe. A ideia de priorizar a qualidade no manejo da bola explica a opção. Ademais de não ter um volante mais marcador no meio, Kovac conta com o esforço dos jogadores mais avançados na marcação e com uma boa linha defensiva, destacando os bons níveis do zagueiro Lovren e do lateral-direito e capitão Srna.

O talentoso meio-campo supracitado começa com Modric e Rakitic, como volantes. A dupla que atua na Liga Espanhola vem de ótima temporada, ambos estão jogando em altíssimo nível. O problema é que Rakitic tem jogado mais avançado no Sevilla e, talvez, tenha dificuldade para jogar como volante, o que até poderá proporcionar uma troca de posição com o jovem Kovacic, que atua centralizado mais à frente. Além do ótimo passador interista, a linha de três tem o bom ponta Peresic e o atacante Olic. O trio dá suporte ao ótimo centroavante Mandzukic, que além de balançar as redes, consegue ajudar na pressão da saída de bola adversária e assistir para gols de companheiros.

Não há dúvida que, depois de ficar ausente em 2010, a Croácia chega com chances de fazer uma boa campanha no Brasil. Afinal, o grupo A tem os anfitriões como claros favoritos e os europeus como segunda força. Mas, México e Camarões não podem ser totalmente desprezados da briga pela vaga, por isso, os Vatreni deverão ter atenção total contra esses adversários, para não serem surpreendidos e conseguirem alcançar as oitavas de final.

Goleiros: 1- Stipe Pletikosa (Rostov-RUS), 23- Danijel Subasic (Monaco-FRA) e 12- Oliver Zelenika (NK Lokomotiva-CRO);
Defensores: 11- Darijo Srna (Shakhtar Donetsk-UCR), 6- Dejan Lovren (Southampton-ING), 5- Vedran Corluka (Lokomotiv Moscou-RUS), 13- Gordon Schildenfeld (Panathinaikos-GRE), 3- Danijel Pranjić (Panathinaikos-GRE), 21- Domagoj Vida (Dinamo Kiev-UCR) e 2- Šime Vrsaljko (Genoa-ITA);
Meias: 10- Luka Modric (Real Madrid-ESP), 7- Ivan Rakitic (Sevilla-ESP), 8- Ognjen Vukojevic (Dinamo Kiev-UCR), 4- Ivan Perisic (Wolfsburgo-ALE), 20- Mateo Kovacic (Internazionale-ITA), 14- Marcelo Brozović (Dinamo Zagreb-CRO), 15- Milan Badelj (Hamburgo-ALE) e 19- Sammir (Getafe-ESP);
Atacantes: 17- Mario Mandzukic (Bayern de Munique-ALE), 18- Ivica Olic (Wolfsburgo-ALE), 22- Eduardo da Silva (Shakhtar-UCR), 9- Nikica Jelavic (Hull City-ING) e 16- Ante Rebic (Fiorentina-ITA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Brasil: Brasil 1x0 Croácia (fase de grupos, 2006)
México: Croácia 0x1 México (fase de grupos, 2002)
Camarões: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

31/maio: Croácia 2x1 Mali
6/junho: Croácia 1x0 Austrália

México
Oribe e Gio se conhecem do título olímpico e, na Copa do Mundo, formarão dupla novamente (EFE)

Técnico: Miguel Herrera-MEX

Time-base (3-4-1-2): Ochoa; Reyes, Rafa Márquez, Héctor Moreno; Aguilar, Medina, Peña, Guardado; Giovani dos Santos; Oribe Peralta e Javier Hernández.

Craque: Guillermo Ochoa – Ajaccio-FRA

Lesionados: Juan Carlos Medina (meia, América-MEX) – lesão ântero-lateral no tornozelo direito e Luis Montes (meia, León-MEX) – fratura na perna direita.

Participações no Mundial: 14 (quartas de final em 1970 e 1986)

Ranking da Fifa: 20º 

Campanha nas Eliminatórias (18J-8V-5E-3D-22GP-11GC-11SG)

Terceira fase:
México 3x1 Guiana
El Salvador 1x2 México
Costa Rica 0x2 México
México 1x0 Costa Rica
Guiana 0x5 México
México 2x0 El Salvador

Quarta fase:
México 0x0 Jamaica
Honduras 2x2 México
México 0x0 Estados Unidos
Jamaica 0x1 México
Panamá 0x0 México
México 0x0 Costa Rica
México 1x2 Honduras
Estados Unidos 2x0 México
México 2x1 Panamá
Costa Rica 2x1 México

Repescagem
México 5x1 Nova Zelândia
Nova Zelândia 2x4 México

Desorganizada, a seleção mexicana deixou de ser a mais forte das Américas Central e do Norte e, na Copa Ouro disputa em 2013, perdeu nas semifinais para o Panamá. Além disso, desde que caiu nas oitavas de final da última Copa do Mundo, seis técnicos a comandaram – sendo quatro deles só em 2013. Não por acaso, a classificação para o Brasil só veio na repescagem. Porém não só de fracassos vive o futebol mexicano, com investimento sério na base, El Tri chegou ao inédito ouro olímpico em 2012. Para o Mundial, o atual comandante Miguel Herrera convocou oito campeões em Londres, que venceram o Brasil.

A classificação apertada parece ter ensinado e o técnico Miguel Herrera, que levou o time ao Mundial sem jogadores que atuavam na Europa, não deixou totalmente de lado esta filosofia. São apenas sete atletas do velho mundo e Vela, que vai muito bem na Real Sociedad, foi deixado de lado para não prejudicar o grupo. Outra mudança importante do comandante ocorreu na parte tática. Acostumada a jogar na frente, agora, El Tri adota uma postura mais defensiva, muitas vezes atuando com cinco defensores. Para a Copa, acredito que Herrera flexibilize um pouco o esquema, poderia abrir mão do 3-1-4-2 e adotar o 3-4-1-2, dando espaço para os europeus, que poderão acrescentar bastante à verde.

A defesa contará com um dos melhores goleiros da última Ligue 1, Ochoa. Além do seguro arqueiro, o experiente Rafa Márquez deve ser o responsável por comandar a linha defensiva mexicana. Outro ponto forte do onze inicial de Herrera pode ser o lado esquerdo, pois Guardado, recém-convertido em lateral-esquerdo, poderá aproveitar a segurança dos três zagueiros e apoiar bastante. Na frente, para dar espaço a Javier Hernández, Gio dos Santos poderá ser escalado como meia-atacante, com bastante liberdade para chegar ao ataque. Mas, como Chicharito é reserva no United, durante a Copa, o jogador mais famoso poderá perder a vaga e El Tri ganhar mais solidez defensiva. Além deles, o setor ofensivo deve ter o bom Oribe Peralta (autor de cinco gols contra a Nova Zelândia), que vem marcando gols no Campeonato Mexicano e que foi vice-artilheiro das eliminatórias da CONCACAF, com dez gols.

A grande dúvida para a Copa é como se integrarão ao grupo estes jogadores europeus e que não participaram dos jogos que garantiram a equipe no Mundial. Como já descrito aqui, o bom desempenho deles será fundamental para El Tri ter alguma chance de classificação. Apesar de Herrera afirmar que “o México chegará às quartas”, até mesmo passar à segunda fase parece improvável, neste contexto do grupo A.

Goleiros: 12- Jesús Corona (Cruz Azul-MEX), 1- Guillermo Ochoa (Ajaccio-FRA) e 23- Alfredo Talavera (Toluca-MEX);
Defensores: 4- Rafael Márquez (León-MEX), 13- Diego Reyes (Porto-POR), 15- Héctor Moreno (Espanyol-ESP), 22- Paul Aguilar (América-MEX), 7- Miguel Layún (América-MEX), 3- Carlos Salcido (Tigres-MEX), 2- Francisco Maza Rodríguez (América-MEX), 16- Miguel Ponce (Toluca-MEX) e 18- Andrés Guardado (Bayer Leverkusen-ALE);
Meias: 5- José Juan Vázquez (León-MEX), 6- Héctor Herrera (Porto-POR), 17- Carlos Peña (León-MEX), 8- Marco Fabián (Cruz Azul-MEX), 20- Javier Aquino (Villarreal-ESP) e 21- Isaac Brizuela (Toluca-MEX);
Atacantes: 19- Oribe Peralta (Santos Laguna-MEX), 14- Javier Hernández (Manchester United-ING), 9- Raúl Jiménez (América-MEX), 11- Alan Pulido (Tigres-MEX) e 10- Giovani dos Santos (Villarreal-ESP).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Brasil: Brasil 4x0 México (fase de grupos, 1950), Brasil 5x0 México (fase de grupos, 1954) e Brasil 2x0 México (fase de grupos, 1962)
Croácia: Croácia 0x1 México (fase de grupos, 2002)
Camarões: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

28/maio: México 3x0 Israel
31/maio: México 3x1 Equador
3/junho: México 1x0 Bósnia
6/junho: México 1x0 Portugal

Camarões
Eto'o é o craque dos camaroneses, que esperam não repetir a péssima campanha da Copa de 2010 (Getty Images)

Técnico: Volker Finke-ALE

Time-base (4-1-4-1): Itandje; M’Bia, N’Koulou, Chedjou, Bedimo; Song; Choupo Moting, Makoun, Enoh, Eto’o; Webo.

Craque: Samuel Eto’o – Chelsea-ING

Lesionados: Nenhum

Participações no Mundial: 7 (quartas de final em 1990)

Ranking da Fifa: 56º 

Campanha nas Eliminatórias (8J-5V-2E-1D-12GP-4GC-8SG)

Segunda fase:
Camarões 1x0 República Democrática do Congo
Líbia 2x1 Camarões
Camarões 2x1 Togo
Togo 0x3 Camarões (originalmente, o jogo foi 2 a 0 para Togo, que, por ter escalado um jogador irregularmente, perdeu a vitória para os camaroneses)
República Democrática do Congo 0x0 Camarões
Camarões 1x0 Líbia

Terceira fase:
Tunísia 0x0 Camarões
Camarões 4x1 Tunísia

Depois de ficar ausente em 2006, Camarões participou da Copa de 2010 e também virá ao Brasil em 2014. E, ao contrário do que ocorreu há quatro anos, quando saíram sem vencer da competição, os Leões Indomáveis têm esperança de chegar à segunda fase. Porém, a passagem pelas eliminatórias africanas não foi tranquila e quase veio a eliminação. Nas partidas decisivas, contra a Tunísia, o 4 a 1, no jogo em casa, garantiu a vaga. Ainda no período entre copas, os camaroneses tiveram quatro comandantes e não conseguiram a classificação para as duas copas de nações africanas disputadas em 2012 e 2013. E, claro, como não poderia ser diferente em Camarões, muitos problemas internos e confusões, com Eto’o no protagonismo.

Para o Mundial, o técnico será Volker Finke, que assumiu o comando em 2013 e conduziu o time na reta final das eliminatórias. Algumas vezes com ele, Camarões não teve muita criatividade, chegando a jogar em um 4-3-1-2, com o volante Makoun sendo o homem mais avançado da linha média. Mas, nos últimos jogos, Finke escolheu um 4-1-4-1, com Eto’o aberto pela esquerda. Desta forma, o camisa nove pode contribuir não só com os gols, mas também com a criação de jogadas, que é o grande problema camaronês. Nas eliminatórias, os Leões Indomáveis marcaram 12 gols (três deles conquistados no tribunal) em oito jogos e, em cinco partidas, ou marcou apenas uma vez ou não anotou.

O melhor jogador da história do país, Samuel Eto’o, mesmo aos 33 anos, segue como principal esperança dos Leões Indomáveis. O capitão da equipe já teve problemas com o treinador e com o grupo, chegando a anunciar a retirada do futebol internacional. Mas, no final, esteve em campo e acabou saudado pelos companheiros. Além do camisa nove, que é a grande alternativa ofensiva camaronesa, a equipe tem um bom sistema defensivo. A dupla de zaga Chedjou e N’Koulou vêm jogando em alto nível há um bom tempo e o setor de marcação do meio-campo é onde Camarões tem mais opções válidas: Makoun, Song, M’Bia (que poderá jogar na lateral), Enoh e Matip.

Por isso, para alcançar a segunda fase, os Leões Indomáveis se apoiarão muito na boa defesa e, claro, contar com um Eto’o inspirado. O grupo A parece acessível, mas Camarões não larga como favorito à vaga, este posto é ocupado por Brasil e Croácia. Mas os africanos têm condição de surpreender neste Mundial, que poderá ser o último de Eto’o jogando em alto nível.

Goleiros: 16- Charles Itandje (Konyaspor-TUR), 23- Sammy Ndjock (Fethiyespor-TUR) e 1- Loic Feudjou (Coton Sport-CMR);
Defensores: 22- Allan Nyom (Granada-ESP), 5- Danny Nounkeu (Besiktas-TUR), 4- Cedric Djeugoue (Coton Sport-CMR), 14- Aurelien Chedjou (Galatasaray-TUR), 3- Nicolas N’Koulou (Olympique Marsella-FRA), 12- Henri Bedimo (Olympique Lyon-FRA) e 2- Benoit Assou-Ekotto (Queens Park Rangers-ING);
Meias: 6- Alex Song (Barcelona-ESP), Stephane 17- M’Bia (Sevilla-ESP),18-  Eyong Enoh (Antalyaspor-TUR), 11- Jean Makoun (Rennes-FRA), 21- Joel Matip (Schalke 04-ALE), 7- Landry N’Guemo (Bordeaux-FRA) e 20- Edgar Salli (Lens-FRA);

Atacantes: 9- Samuel Eto’o (Chelsea-ING), 13- Maxin Choupo-Moting (Mainz 05-ALE), 8- Benjamin Moukandjo (Nancy-FRA), 10- Vincent Aboubakar (Lorient-FRA), 15- Pierre Webo (Fenerbahçe-TUR) e 19- Fabrice Olinga (Zulte-Waregem-BEL).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Brasil: Camarões 0x3 Brasil (fase de grupos, 1994)
Croácia: nunca se enfrentaram
México: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

26/maio: Camarões 2x0 Macedônia
29/maio: Camarões 1x2 Paraguai
1/junho: Camarões 2x2 Alemanha
7/junho: Camarões 1x0 Moldávia

Para completar a análise, um podcast com Pierre Andrade, que, por muito tempo comandou o site Futebolespanhol.com.br, e Tauan Ambrosio, repórter do Goal Br, que trabalha com futebol internacional. Confiram o programa, que claro, contou com muita análise do futebol da seleção brasileira:


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