quinta-feira, 5 de junho de 2014

Simplificando Futebol na Copa - Grupo B

Espanha
Iniesta se tornou a principal referência da estrelada seleção espanhola (Jose Jordan/AFP/Getty Images)

Técnico: Vicente del Bosque-ESP

Time-base (4-3-3): Casillas; Azpilicueta, Sergio Ramos, Pique, Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi; Pedro, Diego Costa, Iniesta.

Craque: Andrés Iniesta – Barcelona-ESP

Lesionados: Victor Valdés (goleiro, Barcelona-ESP) – ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, Álvaro Arbeloa (lateral-direito, Real Madrid-ESP) – fissura na rótula do joelho direito, Thiago Alcântara (meia, Bayern de Munique-ALE) – lesão no ligamento medial do esquerdo, Jesé Rodríguez (meia, Real Madrid-ESP) – ruptura no ligamento do joelho direito e Jesús Navas (ponta, Machester City-ING) – lesão no calcanhar.



Participações no Mundial: 14 (campeã em 2010)

Ranking da Fifa: 1º 

Campanha nas Eliminatórias (8J-6V-2E-0D-14GP-3GC-11SG)
Geórgia 0x1 Espanha
Bielorrússia 0x4 Espanha
Espanha 1x1 França
Espanha 1x1 Finlândia
França 0x1 Espanha
Finlândia 0x2 Espanha
Espanha 2x1 Bielorrússia
Espanha 2x0 Geórgia

Atual campeã do mundo e bieuropeia, a Espanha não é mais absoluta no posto de melhor seleção do mundo. Porém, apesar de alguma dificuldade, a Roja passou invicta pelas eliminatórias e será uma das principais equipes que desembarcará no Brasil em junho. A continuidade é a grande marca espanhola, pois, desde o Mundial de 2006, com Luís Aragonés, a ideia de ter a posse de bola trabalhada à exaustão é o ponto central do jogo. Vicente Del Bosque, que assumiu pós a conquista da Euro 2008, não mudou a forma de jogar e manteve a maior parte do elenco do antecessor. É claro, fase e surgimento de novos atletas proporcionaram mudanças no elenco.

O envelhecimento de alguns pilares do plantel pode pesar, principalmente porque Xavi, o homem que é o rosto deste estilo passador da furia, é o que mais sofre com a idade e, no Barcelona, já não consegue mais dar o ritmo à engrenagem do Tiki-Taka. Além disso, o ex-líder da defesa, Puyol não virá ao Mundial. Para a função do camisa oito, a Roja tem boas opções, como o jovem Koke, ou os mais experientes Fàbregas e David Silva, porém, Del Bosque sinaliza que Xavi estará entre os onze iniciais na Copa. O maior problema é a defesa, onde já existe a ausência de Puyol e a dúvida sobre Pique, que não vem de grande temporada no Barcelona. Apesar disso, Sergio Ramos teve desempenhos espetaculares pelo Real Madrid e chega com mais moral à seleção. Na linha defensiva, ainda está o lateral-esquerdo Jordi Alba, que é ótimo no apoio, mas peca na fase defensiva do jogo.

Também existem pontos bem positivos, apesar de Xavi não estar no melhor momento da carreira, o meio-campo é muito bom. Os volantes Xabi Alonso e Sergio Busquets se completam bem, os meias Iniesta, David Silva e Juan Mata, seguem dando criatividade ao time e, pelas pontas, existe boa opção de velocidade com Pedro. O centro do ataque, que já foi problema crônico, parece resolvido, pois Diego Costa optou por defender a Roja e vem ótima fase. No primeiro amistoso pela Espanha, o hispano-brasileiro não foi bem, pois não está acostumado ao estilo de jogo da equipe. Se bem trabalhada, esta dificuldade poderá se tornar um ponto positivo para o esquema espanhol, porque Diego Costa aumentará o repertório ofensivo da Furia.

Portanto, a primeira fase não deve ser o grande desafio para os espanhóis, pois chegarão com uma equipe mais pronta que qualquer adversário do grupo B. Mas, apesar desta vantagem competitiva, as fortes equipes de Chile e Holanda virão com tudo em busca de uma das vagas às oitavas.  Por isso, a Roja deve entrar em alta rotação na competição para não dar espaço para uma eliminação na primeira fase, que não seria uma zebra, mas seria surpreendente.

Goleiros: 1- Iker Casillas (Real Madrid-ESP), 23- Pepe Reina (Napoli-ITA) e 12- David de Gea (Manchester United-ING);
Defensores: 15- Sergio Ramos (Real Madrid-ESP), 3- Gerard Piqué (Barcelona-ESP), 4- Javi Martínez (Bayern de Munique-ALE), 2- Raúl Albiol (Napoli-ITA), 18- Jordi Alba (Barcelona-ESP), 22- César Azpilicueta (Chelsea-ING) e 5- Juanfran (Atlético de Madrid-ESP);
Meias: 16- Sergio Busquets (Barcelona-ESP), 14- Xabi Alonso (Real Madrid-ESP), 8- Xavi Hernández (Barcelona-ESP), 6- Andrés Iniesta (Barcelona-ESP), 10- Cesc Fábregas (Barcelona-ESP), 21- David Silva (Manchester City-ING), 20- Santi Cazorla (Arsenal-ING), 17- Koke (Atlético de Madrid-ESP) e 13- Juan Mata (Manchester United-ING);

Atacantes: 19- Diego Costa (Atlético de Madrid-ESP), 11- Pedro Rodríguez (Barcelona-ESP), 9- Fernando Torres (Chelsea-ING) e 7- David Villa (Atlético de Madrid-ESP).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Holanda: Espanha 1x0 Holanda (na prorrogação, final, 2010)
Chile: Espanha 2x0 Chile (fase de grupos, 1950) e Espanha 2x1 Chile (fase de grupos, 2010)
Austrália: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

30/maio: Espanha 2x0 Bolívia
7/junho: Espanha 2x0 El Salvador

Holanda
Melhor jogador em 2010, hoje, Sneijder está abaixo de Van Persie e Robben, que são os craques, mas Van Gaal confia no trio para decidir as partidas em 2014 (Michael Kooren/Reuters)

Técnico: Louis van Gaal-HOL

Time-base (3-4-1-2): Cillessen; De Vrij, Vlaar, Martins Indi; Janmaat, Clasie, De Jong, Blind; Sneijder; Robben e Van Persie.

Craque: Robin van Persie – Manchester United-ING

Lesionados: Gregory van der Wiel (lateral-direito, Paris Saint-Germain-FRA) – lesão no joelho direito, Jetro Willems (lateral-esquerdo, PSV-HOL) – ruptura no ligamento do joelho, Stijn Schaars (volante, PSV-HOL) – dores persistentes no joelho esquerdo, Marco van Ginkel (meia, Chelsea-ING) – demora na recuperação de lesão no joelho, Kevin Strootman (meia, Roma-ITA) – rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e Rafael van der Vaart (meia-atacante, Hamburgo-ALE) – lesão muscular na panturrilha direita.

Participações no Mundial: 9 (vice-campeã em 1974, 1978 e 2010)

Ranking da Fifa: 15º 

Campanha nas Eliminatórias (10J-9V-1E-0D-34GP 5GC-29SG)
Holanda 2x0 Turquia
Hungria 1x4 Holanda
Holanda 3x0 Andorra
Romênia 1x4 Holanda
Holanda 3x0 Estônia
Holanda 4x0 Romênia
Estônia 2x2 Holanda
Andorra 0x2 Holanda
Holanda 8x1 Hungria
Turquia 0x2 Holanda

Vice-campeã em 2010, a Holanda vem ao Brasil com uma combinação de jovens e de estrelas, que brilharam na África do Sul. Porém, após a última Copa, a Oranje teve uma grande decepção: a Euro 2012, quando caiu na primeira fase, perdeu todas as partidas e só marcou dois gols. O que faz os holandeses sonharem com um Mundial melhor é o desempenho espetacular nas eliminatórias. Sorteada para um grupo fácil, a Holanda fez o que se esperava dela e passou invicta pela disputa, marcando 34 gols e sofrendo apenas cinco.

Os altos e baixos pós-Copa provocaram a saída de Bert van Marwijk e o retorno de Louis van Gaal, que já havia comandado o país entre 2000 e 2002. Com o novo técnico, o espaço para os jovens aumentou e também adotou uma forma de jogar mais ofensiva. O comandante começou a escalar a equipe no 4-3-3, com o trio Lens, Van Persie e Robben (na seleção, joga na ponta-esquerda) no ataque, focando na velocidade dos pontas e na posse de bola com os meias. Porém, no período pré-Copa, com a lesão de Strootman, resolveu utilizar o 3-4-1-2. Com a nova formação tática, Van Gaal busca dar liberdade para o trio de jogadores mais experientes e especiais, Sneijder para criar e Robben e Van Persie mais à frente. Além disso, consegue mais proteção à defesa, setor tradicionalmente mais fraco da seleção holandesa. Durante o Mundial, o 4-3-3 habitual poderá voltar a ser utilizado, mas, para o início, o esquema com três defensores ganhou força.

As estrelas holandesas estão na fase ofensiva do jogo, como já é tradição. Van Persie é o melhor jogador do país, mas, nesta temporada, sofreu com algumas lesões e, por isso, não marcou tantos gols como nos últimos anos. Apesar disso, o jogador do United segue sendo um dos melhores centroavantes do mundo e, além de ter facilidade para balançar as redes, é muito habilidoso, participando bastante do jogo fora da área. O outro grande nome é Robben, que é o jogador do drible nesta seleção e, claro, tem uma das pernas esquerdas mais temidas do futebol mundial. Para levar a bola à dupla, estará o experiente Sneijder, que está bem abaixo do que foi em 2010, mas já foi elogiado, no aspecto físico, pelo técnico. Portanto, o camisa dez deverá ter condições de liderar a criatividade no meio-campo, com colaboração dos alas Janmaat e Blind e do segundo atacante Robben.

A Oranje não tem o mesmo nível que apresentou em 2010, mas, sem dúvida, tem muito talento e um grande técnico, portanto, não pode ser descartada. O grupo B é muito difícil, principalmente, por contar com Holanda e Chile. Por isso, os holandeses de maior nível não poderão começar de forma claudicante o Mundial, pois, se isso ocorrer, poderá custar pontos e, consequentemente, a classificação.

Goleiros: 23- Tim Krul (Newcastle-ING), 22- Michael Vorm (Swansea-WAL) e 1- Jasper Cillessen (Ajax-HOL);
Defensores: 5- Daley Blind (Ajax-HOL), 7- Daryl Janmaat (Feyenoord-HOL), 2- Ron Vlaar (Aston Villa-ING), 4- Bruno Martins Indi (Feyenoord-HOL), 13- Joel Veltman (Ajax-HOL), 12- Paul Verhaegh (Augsburgo-ALE), 3- Stefan de Vrij (Feyenoord-HOL) e 14- Terence Kongolo (Feyenoord-HOL);
Meias: 10- Wesley Sneijder (Galatasaray-TUR), 16- Jordy Clasie (Feyenoord-HOL), 6- Nigel de Jong (Milan-ITA), 18- Leroy Fer (Norwich-ING), 11- Arjen Robben (Bayern de Munique-ALE), 8- Jonathan De Guzmán (Swansea-WAL) e 20- Georginio Wijnaldum (PSV-HOL);
Atacantes: 9- Robin van Persie (Manchester United-ING), 19- Klaas-Jan Huntelaar (Schalke 04-ALE), 21- Memphis Depay (PSV-HOL), 15- Dirk Kuyt (Fenerbahçe-TUR) e 17- Jeremain Lens (Dinamo Kiev-UCR).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Espanha: Espanha 1x0 Holanda (na prorrogação, final, 2010)
Chile: nunca se enfrentaram
Austrália: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

17/maio: Holanda 1x1 Equador
31/maio: Holanda 1x0 Gana
4/junho: Holanda 2x0 País de Gales

Chile
Conexão entre Alexis Sánchez e Vidal é fundamental para o sucesso chileno na Copa (EFE)

Técnico: Jorge Sampaoli-ARG

Time-base (3-4-1-2): Bravo; Medel, Albornoz, Jara; Isla, Vidal, Aránguiz, Beausejour; Valdivia; Alexis Sánchez, Vargas.

Craque: Arturo Vidal – Juventus-ITA

Lesionados: Matías Fernández (meia, Fiorentian-ITA) – dores no tornozelo direito.

Participações no Mundial: 9 (terceiro lugar em 1962)

Ranking da Fifa: 14º 

Campanha nas Eliminatórias (16J-9V-1E-6D-29GP-25GC-4SG)
Argentina 4x1 Chile
Chile 4x2 Peru
Uruguai 4x0 Chile
Chile 2x0 Paraguai
Bolívia 0x2 Chile
Venezuela 0x2 Chile
Chile 1x3 Colômbia
Equador 3x1 Chile
Chile 1x2 Argentina
Peru 1x0 Chile
Chile 2x0 Uruguai
Paraguai 1x2 Chile
Chile 3x1 Bolívia
Chile 3x0 Venezuela
Colômbia 3x3 Chile
Chile 2x1 Equador

Após a saída de Marcelo Bielsa, que recolocou os chilenos no mapa do futebol mundial, o país viveu altos e baixos nas eliminatórias, o que ocasionou a saída de Claudio Borghi do comando. Mas, ao final, o Chile virá ao Brasil para participar da segunda Copa consecutiva. Para a classificação, as últimas partidas foram fundamentais, afinal, a Roja conseguiu ficar invicta em seis jogos, sendo cinco vitórias. Após a disputa conturbada das eliminatórias, os chilenos chegam ao Brasil com boas perspectivas, pois venceram recentemente uma das melhores seleções do mundo, a Alemanha.

O responsável pela retomada da esperança no Chile é outro argentino, Jorge Sampaoli, que é discípulo de Marcelo Bielsa. A ligação de ambos faz com que a equipe tenha um pouco do que El Loco havia deixado. O ex-técnico da Universidad de Chile muda muito a equipe taticamente e costuma jogar com três defensores, mas, durante o jogo, definir o esquema tático da roja é complicado. Os dois homens de frente não são centroavante e, muitas vezes, recuam e é Valdívia que se torna o jogador mais avançado. Além disso, também existem alguns movimentos defensivos. Isla é um dos que às vezes se une aos três zagueiros como lateral-direito, o que coloca Jara para a outra lateral, formando uma linha de quatro. Portanto, as mudanças táticas chilenas na Copa do Mundo de 2014 merecerão muito destaque.

A grande estrela é o meia-central Vidal, que parece capaz de fazer tudo em campo: marca, passa, é rápido, é forte fisicamente e ainda faz gols. Porém o meio-campista terá um problema para superar neste Mundial, uma lesão no joelho, que o perseguiu no final da temporada europeia e exigiu uma cirurgia às vésperas da Copa. Mesmo que Vidal não esteja no ápice físico, ele deve ser personagem central da equipe. Mas é importante ressaltar a boa dupla ofensiva formada pelos móveis atacantes Alexis Sánchez e Vargas. Ambos estão jogando bem no futebol espanhol e, desde que foram colocados juntos no time titular de Sampaoli, têm combinado de forma bastante interessante, deixando as defesas adversárias bem confusas.

O problema para o Chile é o grupo B, que conta com as duas seleções finalistas da Copa do Mundo de 2010, Espanha e Holanda. A dupla europeia não chega ao Brasil com os principais jogadores no mesmo nível de quatro anos atrás, mas não deixam de ser fortes concorrentes. A Austrália deve ser coadjuvante no grupo, portanto, para chegar as oitavas de final, a briga será nos jogos contra as duas seleções europeias.

Goleiros: 1- Claudio Bravo (Real Sociedad-ESP), 23- Johnny Herrera (Universidad de Chile-CHI) e 12- Cristopher Toselli (Universidad Católica-CHI);
Defensores: 18- Gonzalo Jara (Nottingham Forest-ING), 4- Mauricio Isla (Juventus-ITA), 3- Miiko Albornoz (Malmö-SUE), 2- Eugenio Mena (Santos-BRA) e 13- José Rojas (Universidad de Chile-CHI);
Meias: 17- Gary Medel (Cardiff City-WAL), 8- Arturo Vidal (Juventus-ITA), 21- Marcelo Díaz (Basel-SUI), 5- Francisco Silva (Osasuna-ESP), 16- Felipe Gutiérrez (Twente-HOL), 6- Carlos Carmona (Atalanta-ITA), 15- Jean Beausejour (Wigan-ING), 20- Charles Aránguiz (Internacional-BRA), 10- Jorge Valdivia (Palmeiras-BRA) e 19- José Pedro Fuenzalida (Colo Colo-CHI);

Atacantes: 7- Alexis Sánchez (Barcelona-ESP), 22- Esteban Paredes (Colo Colo-CHI), Eduardo Vargas (Valencia-ESP), 14- Fabián Orellana (Celta-ESP) e 9- Mauricio Pinilla (Cagliari-ITA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Espanha: Espanha 2x0 Chile (fase de grupos, 1950) e Espanha 2x1 Chile (fase de grupos, 2010)
Holanda: nunca se enfrentaram
Austrália: Chile 0x0 Austrália (fase de grupos, 1974)

Calendário de amistosos durante a preparação

30/maio: Chile 3x2 Egito
4/junho: Chile 2x0 Irlanda do Norte

Austrália
Tim Cahill segue como principal alternativa de gols para a Austrália (Mark Nolan/Getty Images)

Técnico: Angelos Postecoglu-GRE

Time-base (4-2-3-1): Ryan; Franjic, Spiranovic, Good, Davidson; Jedinak, Milligan; Leckie, Bresciano, Oar; Cahill.

Craque: Michael Jedinak – Crystal Palace-ING

Lesionados: Lucas Neill (lateral-direito, Doncaster Rovers-ING) – dores no tendão de Aquiles, Rhys Williams (zagueiro, Middlesbrough-ING) – ruptura no tendão de Aquiles, Trent Sainsbury (zagueiro, PEC Zwolle-HOL) – fratura na perna esquerda, Chris Herd (meia, Aston Villa-ING) – afastado do futebol por razões pessoais não informadas pelo clube desde março 2014 e Robbie Kruse (meia-atacante, Bayer Leverkusen-ALE) – rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo.

Participações no Mundial: 4 (oitavas de final em 2006)

Ranking da Fifa: 62º 

Campanha nas Eliminatórias (14J-8V-4E-2D-25GP-12GC-13SG)

Terceira fase:
Austrália 2x1 Tailândia
Arábia Saudita 1x3 Austrália
Austrália 3x0 Omã
Omã 1x0 Austrália
Tailândia 0x1 Austrália
Austrália 4x2 Arábia Saudita

Quarta fase:
Omã 0x0 Austrália
Austrália 1x1 Japão
Jordânia 2x1 Austrália
Iraque 1x2 Austrália
Austrália 2x2 Omã
Japão 1x1 Austrália
Austrália 4x0 Jordânia
Austrália 1x0 Iraque

A Austrália ainda não foi capaz de cortar os laços com a melhor geração da história futebolística do país, que, em 2006, alcançou as oitavas de final. Desde então, bebendo da fonte daquela equipe, os Socceroos estiveram em todos os Mundiais, porém, não conseguiram ultrapassar a primeira fase. No Brasil, a história não promete ser diferente, pois o sorteio foi ingrato e, claro, o plantel não tem o mesmo nível que tinha há oito anos.

O comando é de Ange Postecoglu, ex-defensor grego naturalizado australiano, que defendeu as seleções de base e a principal do país que escolheu para viver. O técnico é velho conhecido da Federação, pois afinal, ficou sete anos à frente da sub-20 australiana (2000-07). O início da caminhada na equipe adulta ocorreu no final de 2013, portanto, não participou da campanha das eliminatórias, quando os Socceroos não tiveram grandes dificuldades para se classificarem ao Brasil.

Dentro do elenco experiente da Austrália, Tim Cahill emerge como principal estrela. O jogador da MLS foi o artilheiro australiano na fase final das eliminatórias, quando marcou os seus três gols na campanha. No meio, está o substituto de Lucas Neill na função de capitão, Jedinak, bom marcador, que será o líder dos Socceroos. Mesmo assumindo o destaque dentro do elenco, a maior parte da turma da velha guarda, não joga mais na Europa, porém, há jogadores mais jovens ganhando espaço no velho continente. Dois sub-23 devem ser titulares na Copa e atuam em Holanda e Alemanha respectivamente, Oar e Leckie, que são alternativas interessantes para o ataque com velocidade pelos flancos.

Porém, mesmo com um elenco recheado de jogadores experientes em copas, a Austrália não vem ao Brasil pensando em atingir a segunda fase. Um grupo difícil como é o B, permite que os Socceroos sonhem com nada além de uma campanha sem sofrer derrotas categóricas, contra adversários, que vêm ao país, pensando em título ou em ir muito longe na disputa.

Goleiros: 12- Mitchell Langerak (Borussia Dortmund-ALE), 1- Matthew Ryan (Club Brugge-BEL) e 18- Eugene Galekovic (Adelaide United-AUS); 
Defensores: 6- Matthew Spiranovic (Western Sydney Wanderers-AUS), 3- Jason Davidson (Heracles Almelo-HOL), 2- Ivan Franjic (Brisbane Roar-AUS), 19- Ryan McGowan (Shandong Luneng Taishan-CHN), 8- Bailey Wright (Preston North End-ING) e 22- Alex Wilkinson (Jeonbuk Hyundai Motors-KOR); 
Meias: 15- Mile Jedinak (Crystal Palace-ING), 11- Tommy Oar (Utrecht-HOL), 23- Mark Bresciano (Al-Gharafa-QAT), 13- Oliver Bozanic (Luzern-SUI), 5- Mark Milligan (Melbourne Victory-AUS), 16- James Holland (Austria Viena-AUT), 17- Matt McKay (Brisbane Roar-AUS), 20- Dario Vidosic (Sion-SUI), 21- Massimo Luongo (Swindon Town-ING) e 14- James Troisi (Melbourne Victory-AUS);
Atacantes: 4- Tim Cahill (New York Red Bulls-EUA), 7- Matthew Leckie (FSV Frankfurt-ALE), 9- Adam Taggart (Newcastle Jets-AUS) e 10- Ben Halloran (Fortuna Dusseldorf-ALE).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Espanha: nunca se enfrentaram
Holanda: nunca se enfrentaram
Chile: Chile 0x0 Austrália (fase de grupos, 1974)

Calendário de amistosos durante a preparação

26/maio: Austrália 1x1 África do Sul
2/junho: Austrália 2x0 Paraná
6/junho: Austrália 0x1 Croácia

Para completar a análise, um podcast com Pierre Andrade, que, por muito tempo comandou o site Futebolespanhol.com.br, e Tauan Ambrosio, repórter do Goal Br, que trabalha com futebol internacional. Confiram o programa:



O vídeo motivacional dos mineiros, citado no podcast, pode ser acessado aqui.

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