sábado, 7 de junho de 2014

Simplificando Futebol na Copa - Grupo D

Uruguai
Óscar Tabárez sabe muito de futebol, tem o elenco uruguaio na mão e ainda tem Suárez, o melhor jogador da Premier League (EFE)

Técnico: Óscar Tabárez-URU

Time-base (4-4-2): Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín, Cáceres; Stuani, Arévalo Ríos, Gargano, Cristian Rodríguez; Suárez e Cavani.

Craque: Luis Suárez – Liverpool-ING

Lesionados: Nenhum

Participações no Mundial: 12 (campeão em 1930 e 1950)

Ranking da Fifa: 7º

Campanha nas Eliminatórias (18J-8V-5E-5D-30GP 25GC-5SG)

Primeira fase:
Uruguai 4x2 Bolívia
Paraguai 1x1 Uruguai
Uruguai 4x0 Chile
Uruguai 1x1 Venezuela
Uruguai 4x2 Peru
Colômbia 4x0 Uruguai
Uruguai 1x1 Equador
Bolívia 4x1 Uruguai
Uruguai 1x1 Paraguai
Chile 2x0 Uruguai
Venezuela 0x1 Uruguai
Peru 1x2 Uruguai
Uruguai 2x0 Colômbia
Equador 1x0 Uruguai
Uruguai 3x2 Argentina

Repescagem Mundial:
Jordânia 0x5 Uruguai
Uruguai 0x0 Uruguai

Depois de realizar uma ótima campanha na Copa de 2010, quando ficou no quarto lugar, posição que não alcançava desde 1970, o Uruguai passou por altos e baixos. No período entre copas, os charrúas largaram bem na disputa pela vaga entre as 32 seleções que virão ao Brasil, venceram a Copa América 2011, ficaram cinco jogos sem vencer nas eliminatórias, fizeram boa Copa das Confederações, e, na reta final da briga para vir ao país vizinho, conseguiram a classificação para a repescagem. Nos playoffs, com tranquilidade, os uruguaios despacharam a Jordânia e se classificaram a Copa de 2014.

Os diversos altos e baixos citados não vieram por conta de mudança de trabalho ou dos rumos que a Celeste estava tomando. Afinal, no período, o Uruguai foi sempre comandado por Óscar Tabárez (desde 2006 à frente do futebol do país) e, na maioria das vezes, esteve com grupo muito semelhante àquele que esteve no último mundial. Apesar de ter muitos pontos positivos, a manutenção do plantel também traz coisas negativas ao técnico. Alguns líderes do grupo que já não vivem o melhor momento da carreira, como Lugano e Forlán seguem presentes e com relevância dentro do trabalho de Tabárez.

Quem merece muito estar no grupo uruguaio é a dupla Suárez e Cavani, que marca gols com extrema facilidade. Juntos, os atacantes marcaram 47 gols nas ligas nacionais que disputaram, números que fazem a maior parte dos rivais ter inveja da dupla ofensiva charrúa. Além disso, ambos contribuem sem a bola e podem criar chances passando para os companheiros. Nesta temporada, Suárez cedeu 12 assistências, na Premier League, e Cavani passou para dois gols, na Ligue 1. Ademais da dupla que centraliza a esperança de gols, o esquema que Tabárez utilizou na repescagem para o Mundial, o 4-4-2 prioriza a marcação e a liberdade para os dois homens de frente. Com esta forma de jogar, não será fácil vazar o goleiro Muslera.

Por tudo isso, apesar de estar em um grupo difícil, o Uruguai tem boas possibilidades de alcançar a segunda fase da Copa do Mundo. E não há como esquecer que Tabárez está no banco e, no último Mundial, o técnico soube transformar um início ruim na melhor campanha celeste em 30 anos. O conhecimento e a confiança que o Maestro tem do elenco poderão ser decisivos para deixar ou Inglaterra ou Itália para trás e alcançar a segunda fase. A partir daí, o Uruguai promete ser adversário ainda mais duro.

Goleiros: 1- Fernando Muslera (Galatasaray-TUR), 23- Martín Silva (Vasco-BRA) e 12- Rodrigo Muñoz (Libertad-PAR);
Defensores: 2- Diego Lugano (West Bromwich-ING), 3- Diego Godín (Atlético de Madrid-ESP), 13- José María Giménez (Atlético de Madrid-ESP), 22- Martín Cáceres (Juventus-ITA), 16- Maxi Pereira (Benfica-POR), 4- Jorge Fucile (Porto-POR), 19- Sebastián Coates (Nacional-URU) e 6- Álvaro Pereira (São Paulo-BRA);
Meias: 17- Egidio Arévalo Ríos (Morelia-MEX), 5- Walter Gargano (Parma-ITA), 15- Diego Pérez (Bologna-ITA), 20- Alvaro González (Lazio-IRA), 7- Cristian Rodríguez (Atlético de Madrid-ESP), 18- Gastón Ramírez (Southampton-ING), 11- Cristian Stuani (Espanyol-ESP) e 14- Nicolás Lodeiro (Botafogo-BRA);
Atacantes: 9- Luis Suárez (Liverpool-ING), 21- Edinson Cavani (Paris Saint-Germain-URU), 10- Diego Forlán (Cerezo Osaka-JAP) e 8- Abel Hernández (Palermo-ITA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Costa Rica: nunca se enfrentaram
Inglaterra: Uruguai 4x2 Inglaterra (quartas de final, 1954) e Uruguai 0x0 Inglaterra (fase de grupos, 1966)
Itália: Itália 0x0 Uruguai (fase de grupos, 1970) e Itália 2x0 Uruguai (oitavas de final, 1990)

Calendário de amistosos durante a preparação

30/maio: Uruguai 1x0 Irlanda do Norte
3/junho: Uruguai 2x0 Eslovênia

Itália
Pirlo e Buffon são os titulares remanescentes do título de 2006, na dupla bianconera, a renovada Itália se apoia para chegar longe no Brasil (Alex Livesey/Getty Images)

Técnico: Cesare Prandelli-ITA

Time-base (4-1-4-1): Buffon; Darmian, Barzagli, Chiellini, De Sciglio; De Rossi; Candreva, Pirlo, Verratti, Marchisio; Balotelli.

Craque: Andrea Pirlo – Juventus-ITA

Lesionados: Riccardo Montolivo (meia, Milan-ITA) – fratura na tíbia na perna direita e Giuseppe Rossi (atacante, Fiorentina-ITA) – lesão na perna direita.

Participações no Mudial: 18 (campeã em 1934, 1938, 1982 e 2006)

Ranking da FIFA: 9º

Campanha nas Eliminatórias (10J-6V-4E-0D-19GP-9GC-10SG)
Bulgária 2x2 Itália
Itália 2x0 Malta
Armênia 1x3 Itália
Itália 3x1 Dinamarca
Malta 0x2 Itália
República Tcheca 0x0 Itália
Itália 1x0 Bulgária
Itália 2x1 República Tcheca
Dinamarca 2x2 Itália
Itália 2x2 Armênia

Campeã em 2006 e eliminada na fase de grupos sem nenhuma vitória em 2010. Essas foram as duas últimas campanhas italianas em copas. Mas, para 2014, a expectativa é outra. Com a chegada de Cesare Prandelli, após o Mundial sul-africano, a Squadra Azzurra mudou a forma de jogar e se tornou um time um pouco mais ofensivo. Sob as ordens do novo técnico, a Itália foi vice-campeã da Eurocopa 2012 e, na Copa das Confederações 2013, ficou com o terceiro lugar jogando muito bem. Nas eliminatórias, em um grupo relativamente tranquilo, a Nazionale se classificou de forma invicta para o Brasil.

Na Copa das Confederações, ficou bem evidente o pleno comando que Prandelli tem do elenco azzurro: troca dos onze iniciais e mudanças táticas foram comuns. O fato de conseguir mexer na forma de jogar com alguma facilidade, proporciona ao grupo italiano um repertório bem interessante e dificulta os adversários, que nunca sabem exatamente o que terão pela frente. Além das diversas mexidas táticas, Prandelli também mudou o elenco e virá ao Brasil com um grupo bem mais jovem – Verratti, que será um pilar azzurro no futuro, está na lista e pode até ser titular. O técnico resistiu às pressões e, por exemplo, não convocou Totti, veterano que contava com grande clamor popular. O também experiente Cassano, que liderou o Parma à boa campanha na Serie A, está no grupo e, aos 31 anos, poderá jogar o primeiro Mundial da carreira.

Mas o plantel tem nomes experientes entre os destaques: o goleiro Buffon e os volantes De Rossi e Pirlo. Os três vêm em boa fase e formam a espinha dorsal da equipe. O camisa um segue em ótimo nível e passa segurança para o restante do time. Os dois meias se completam bem, enquanto De Rossi é um grande marcador e apresenta muita raça em campo, Pirlo é o homem que arma o time desde o campo defensivo com muita classe e, claro, é um perigo constante nas bolas paradas. Além disso, a defesa que deve ter Chiellini e Barzagli (ou Bonucci) se aproveita do entrosamento da Juventus tricampeã italiana. Já o ataque com Balotelli em baixa e Rossi cortado por questões físicas, gera dúvidas. Porém, com SuperMario bem e os demais convocados, que vêm em boa fase, Prandelli tem várias alternativas para compor o setor ofensivo.

O ótimo técnico, elenco qualificado e com diversos líderes em campo permite que a Itália sonhe com uma boa campanha. Prandelli inclusive declarou: “nós podemos chegar à final”. Dentro disso, ter sido sorteada para um grupo tão difícil como o D, pode ajudar a Nazionale, que já iniciará a Copa do Mundo com grandes desafios. Passando pela chave, com Costa Rica, Inglaterra e Uruguai, a Squadra Azzurra chegará à segunda fase muito forte.

Goleiros: 1- Gianluigi Buffon (Juventus-ITA), Salvatore Sirigu (Paris Saint-Germain-FRA) e 13- Mattia Perin (Genoa-ITA);
Defensores: 3- Giorgio Chiellini (Juventus-ITA), 19- Leonardo Bonucci (Juventus-ITA), 15- Andrea Barzagli (Juventus-ITA), 4- Matteo Darmian (Torino-ITA), 20- Gabriel Paletta (Parma-ITA), 7- Ignazio Abate (Milan-ITA) e 2- Mattia De Sciglio (Milan-ITA);
Meias: 21- Andrea Pirlo (Juventus-ITA), 5- Thiago Motta (Paris Saint-Germain-FRA), 23- Marco Verratti (Paris Saint-Germain-FRA), 16- Daniele De Rossi (Roma-ITA), 8- Claudio Marchisio (Juventus-ITA), 6- Antonio Candreva (Lazio-ITA), 14- Alberto Aquilani (Fiorentina-ITA) e 18- Marco Parolo (Parma-ITA).
Atacantes: 9- Mario Balotelli (Milan-ITA), 10- Antonio Cassano (Parma-ITA), 17- Ciro Immobile (Torino-ITA), 22- Lorenzo Insigne (Napoli-ITA) e 11- Alessio Cerci (Torino-ITA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Uruguai: Itália 0x0 Uruguai (fase de grupos, 1970) e Itália 2x0 Uruguai (oitavas de final, 1990)
Costa Rica: nunca se enfrentaram
Inglaterra: Inglaterra 1x2 Itália (disputa do terceiro lugar, 1990)

Calendário de amistosos durante a preparação
31/maio: Itália 0x0 Irlanda
4/junho: Itália 1x1 Luxemburgo
8/junho: Itália 5x3 Fluminense

Inglaterra
Sturridge e Rooney foram responsáveis por 55 gols, na Premier League 2013-14, a Inglaterra confia neles para marcar (Getty Images)

Técnico: Roy Hodgson-ING

Time-base (4-1-4-1): Hart; Glen Johnson, Jagielka, Cahill, Baines; Gerrard; Sturridge, Henderson, Wilshere, Sterling; Rooney.

Craque: Wayne Rooney – Manchester United-ING

Lesionados: Kyle Walker (lateral-direito, Tottenham-ING) – lesão na pélvis, Theo Walcott (ponta, Arsenal-ING) – ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Andros Townsend (ponta, Tottenham-ING) – lesão nos ligamentos do tornozelo esquerdo e Jay Rodríguez (atacante, Southampton-ING) – ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito.

Participações no Mundial: 13 (campeã em 1966)

Ranking da FIFA: 10º

Campanha nas Eliminatórias (10J-6V-4E-0D-31GP-4GC-27SG)
Moldávia 0x5 Inglaterra
Inglaterra 1x1 Ucrânia
Inglaterra 5x0 San Marino
Polônia 1x1 Inglaterra
San Marino 0x8 Inglaterra
Montenegro 1x1 Inglatera
Inglaterra 4x0 Moldávia
Ucrânia 0x0 Inglaterra
Inglaterra 4x1 Montenegro
Inglaterra 2x0 Polônia

A Inglaterra não teve um período entre copas tranquilo, mas, ao final, consegui se classificar para mais um Mundial. Porém, novamente, o English Team não chegará como candidato ao título, o que pode ser bom. Afinal, nas últimas copas em que chegou badalada (2002 e 2006), a Inglaterra não teve sucesso, parando nas quartas de final. Ainda a encontro disso, Roy Hodgson optou por deixar de lado alguns jogadores mais experientes (Cole e Carrick, por exemplo) para dar espaço aos mais jovens (Shaw e Barkley).

O ambiente conturbado entre os Mundiais resultou em três comandantes em quatro anos. Roy Hodgson chegará ao Brasil no banco de reserva e só assumiu o time em 2012, para a disputa da Eurocopa daquele ano, quando os ingleses pararam nas quartas de final frente à Itália, nos pênaltis. Mas, apesar de tudo isso, nos últimos meses, o English Team ganhou corpo, pois muito jogadores importantes, que estavam em baixa, estão atuando em bom nível. Hart, Glen Johnson e Gerrard voltaram a ser incontestáveis. Além disso, a boa campanha do Liverpool na temporada criou novas alternativas interessantes ou recuperou outras que pareciam perdidas: Henderson, Sterling e Sturridge.

Nos últimos jogos, Hodgson fixou a equipe no 4-1-4-1, que também pode ser descrito como um 4-3-3. Rooney e Sturridge são os homens mais avançados e, na Premier League, anotaram 38 gols e cederam 17 assistências. Os números são excelentes e dão esperança que a Inglaterra consiga marcar muitos gols na Copa. Sterling fecha o setor ofensivo e é muito veloz e habilidoso. O trio de meias pelo centro com Gerrard, Wilshere e Henderson tem bom poder de marcação e ótima qualidade técnica, chutam e passam bem. Além disso, a linha defensiva, que é menos falada, também tem bons jogadores e já se conhece bem, o que poderá fazer diferença – sofreu apenas quatro gols em dez jogos nas eliminatórias.

A mudança de nível apresentada nos últimos tempos e Hodgson dizendo que o English Team está “preparado para passar uma boa impressão”, não devem representar facilidade na Copa do Mundo. O grupo D tem três campeões mundiais e, nenhum deles, se posiciona como amplo favorito, portanto, a briga deve ser jogo a jogo. Para dificultar ainda mais, os ingleses começam o Mundial de 2014 disputando contra os rivais diretos pelas vagas, Itália e Uruguai, e não poderão começar a competição em uma rotação mais lenta. Se isto ocorrer, a classificação não virá.

Goleiros: 1- Joe Hart (Manchester City-ING), 13- Ben Foster (West Bromwich Albion-ING) e 22- Fraser Forster (Celtic-ESC);
Defensores: 3- Leighton Baines (Everton-ING), 5- Gary Cahill (Chelsea-ING), 6- Phil Jagielka (Everton-ING), 2- Glen Johnson (Liverpool-ING), 16- Phil Jones (Manchester United-ING), 23- Luke Shaw (Southampton-ING) e 12- Chris Smalling (Manchester United-ING);
Meias: 21- Ross Barkley (Everton-ING), 4- Steven Gerrard (Liverpool-ING), 14- Jordan Henderson (Liverpool-ING), 20- Adam Lallana (Southampton-ING), 8- Frank Lampard (Chelsea-ING), 17- James Milner (Manchester City-ING), 15- Alex Oxlade-Chamberlain (Arsenal-ING), 19- Raheem Sterling (Liverpool-ING) e 7- Jack Wilshere (Arsenal-ING);
Atacantes: 18- Rickie Lambert (Southampton-ING), 10- Wayne Rooney (Manchester United-ING), 9- Daniel Sturridge (Liverpool-ING) e 11- Daniel Welbeck (Manchester United-ING).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Uruguai: Uruguai 4x2 Inglaterra (quartas de final, 1954) e Uruguai 0x0 Inglaterra (fase de grupos, 1966)
Costa Rica: nunca se enfrentaram
Itália: Inglaterra 1x2 Itália (disputa do terceiro lugar, 1990)

Calendário de amistosos durante a preparação

30/maio: Inglaterra 3x0 Peru
4/junho: Inglaterra 2x2 Equador
7/junho: Inglaterra 0x0 Honduras

Costa Rica
O ótimo goleiro Keylor Navas avisa: "nada é impossível para Costa Rica" (Juan Carlos Ulate/Reuters)

Técnico: Jorge Luis Pinto-COL

Time-base (4-3-3): Keylor Navas; Gamboa, Umaña, González, Júnior Díaz; Bolaños, Tejada, Borges; Bryan Ruíz, Brenes, Campbell.

Craque: Bryan Ruíz – Fulham-ING

Lesionados: Bryan Oviedo (lateral-esquerdo, Everton-ING) – fratura na fíbula e na tíbia da perna esquerda, Rodney Wallace (lateral-esquerdo, Portland Timbers-EUA) – fratura na tíbia e ruptura no ligamento cruzado anterior e Álvaro Saborío (atacante, Real Salt Lake-EUA) – lesão quinto metatarso do pé direito.

Participações no Mundial: 4 (oitavas de final em 1990)

Ranking da Fifa: 28º

Campanha nas Eliminatórias (16J-8V-4E-4D-27GP-12GC-15SG)

Terceira fase:
Costa Rica 2x2 El Salvador
Guiana 0x4 Costa Rica
Costa Rica 0x2 México
México 1x0 Costa Rica
El Salvador 0x1 Costa Rica
Costa Rica 7x0 Guiana

Quarta fase:
Panamá 2x2 Costa Rica
Estados Unidos 1x0 Costa Rica
Costa Rica 2x0 Jamaica
Costa Rica 1x0 Honduras
México 0x0 Costa Rica
Costa Rica 2x0 Panamá
Costa Rica 3x1 Estados Unidos
Jamaica 1x1 Costa Rica
Honduras 1x0 Costa Rica
Costa Rica 2x1 México

Depois de ficar ausente da última Copa do Mundo, a Costa Rica teve alguma dificuldade para passar da terceira fase das eliminatórias da CONCACAF, mas virá ao Brasil. Porém, na quarta etapa da disputa, os Ticos conseguiram a classificação, com alguma tranquilidade: foram apenas duas derrotas e a segunda colocação, a quatro pontos dos Estados Unidos, que lideraram a disputa no continente. O retorno, após um Mundial ausente, não é muito animador, pois o sorteio não foi nada generoso com os costarriquenhos.

Com três títulos do Campeonato Costarriquenho pela Alajuelense, entre 2002 e 2003, o treinador Jorge Luis Pinto comandou a seleção do país entre 2004 e 2005. Nesta nova etapa à frente dos Ticos, o colombiano está desde 2011, portanto, participou de todo o processo de formação da equipe durante as eliminatórias. No período, a Costa Rica fez algumas alterações táticas e chegou a atuar com três zagueiros, porém, para a Copa do Mundo, Jorge Luis Pinto deve optar por um esquema com quatro defensores – ao menos, foi assim nos últimos amistosos. Sob a batuta do colombiano, os Ticos mostraram força na defesa e sofreram 12 gols, nas 16 partidas que disputaram nas eliminatórias – na fase final, foram a melhor retaguarda, com apenas sete gols sofridos.

Um dos pilares da defesa é o ótimo goleiro Keylor Navas, um dos melhores da posição na Liga Espanhola. No Levante, o arqueiro se destacou por passar muita segurança à defesa e executar defesas improváveis. Mas, a maior parte dos talentos individuais da equipe está no ataque. Se optar mesmo pelo 4-3-3, Jorge Luis Pinto poderá aliar a experiência e criatividade de Bryan Ruíz com a juventude e velocidade de Campbell, duas alternativas interessantes pelas pontas. Além deles, o ataque teria o artilheiro do time nas eliminatórias, Saborío, que marcou oito gols na campanha – na fase final, Ruíz foi o artilheiro com três gols. No ato do corte do atacante, o choro do técnico Jorge Luis Pinto mostra o que representa esta perda para os Ticos.

A Costa Rica tem um time interessante, que se conhece bem e alguns bons talentos, porém, o grupo D se apresenta como um dos mais difíceis deste Mundial. Imaginar os Ticos avançando, deixando para trás duas seleções entre Uruguai, Itália e Inglaterra é bastante improvável. Por isso, os costarriquenhos não repetirão a campanha de 1990 e não chegarão à segunda fase da Copa.

Goleiros: 1- Keylor Navas (Levante-ESP), 18- Patrick Pemberton (Alajuelense-CRC) e 23- Daniel Cambronero (Herediano-CRC);
Defensores: 3- Giancarlo González (Columbus Crew-EUA), 2- Jhonny Acosta (Alajuelense-CRC), 4- Michael Umaña (Saprissa-CRC), 19- Roy Miller (New York Red Bulls-EUA), 6- Óscar Duarte (Club Brugge-BEL), 15- Junior Díaz (Mainz 05-ALE), 16- Cristian Gamboa (Rosenborg-DIN), 8- Heiner Mora (Saprissa-CRC) e 12- Waylon Francis (Columbus Crew-EUA);
Meias: 17- Yeltsin Tejeda (Saprissa-CRC), 22- José Miguel Cubero (Herediano-CRC), 13- Esteban Granados (Herediano-CRC),  5- Celso Borges (AIK-SUE), 11- Michael Barrantes (Aalesund-NOR), 7- Christian Bolaños (FC Copenhague-DIN) e 20- Diego Calvo (Valerenga-NOR);
Atacantes: 10- Bryan Ruíz (PSV-HOL), 9- Joel Campbell (Olympiacos-GRE), 14- Randall Brenes (Cartaginés-CRC) e 21- Marco Ureña (Kuban Krasnodar-RUS).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Uruguai: nunca se enfrentaram
Inglaterra: nunca se enfrentaram
Itália: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

2/junho: Costa Rica 1x3 Japão
6/junho: Costa Rica 1x1 Irlanda

Para colaborar com a análise, um podcast sobre o grupo D. Porém, por problemas técnicos, a gravação não ficou completa, já me adianto e peço desculpas. Nos 23 minutos gravados, tem um pouco de Uruguai e muito de Itália e Inglaterra. Ao meu lado, estiveram Anderson Moura, comentarista do Esporte Interativo e colaborador do Quattro Tratti, e Thiago Ienco, editor do Premier League Brasil. Confiram:


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