terça-feira, 10 de junho de 2014

Simplificando Futebol na Copa - Grupo G

Alemanha
Schweinsteiger e Lahm são os principais líderes da seleção e devem guiar a jovem equipe ao sucesso (Bongarts/Getty Images)

Técnico: Joachim Löw-ALE

Time-base (4-2-3-1): Neuer; Boateng, Mertesacker, Hummels, Lahm; Khedira, Schweinsteiger; Thomas Müller, Özil, Podolski; Götze.

Craque: Philipp Lahm – Bayern de Munique-ALE

Lesionados: Holger Badstuber (zagueiro, Bayern de Munique-ALE) – ruptura no ligamento do joelho direito, Sven Bender (volante, Borussia Dortmud-ALE) – inflamação no púbis, Lars Bender (volante, Bayer Leverkusen-ALE) – lesão no tendão e músculo da coxa direita, Ilkay Gündogan (volante, Borussia Dortmud-ALE) – compressão espinal nas costas, Marco Reus (meia-atacante, Borussia Dortmund-ALE) – ruptura parcial nos ligamentos anteriores acima do tornozelo esquerdo e Mario Gomez (atacante, Fiorentina-ITA) – série de lesões nos dois joelhos, durante toda a temporada.

Participações no Mundial: 17 (campeã em 1954, 1974 e 1990)

Ranking da FIFA: 2º

Campanha nas Eliminatórias (10J-9V-1E-0D-36GP-10GC-26SG)
Alemanha 3x0 Ilhas Faroe
Áustria 1x2 Alemanha
Irlanda 1x6 Alemanha
Alemanha 4x4 Suécia
Kazaquistão 0x3 Alemanha
Alemanha 4x1 Kazaquistão
Alemanha 3x0 Áustria
Ilhas Faroe 0x3 Alemanha
Alemanha 3x0 Irlanda
Suécia 3x5 Alemanha

No período entre as Copas, por muito tempo, a Alemanha foi considera a melhor seleção de futebol do planeta. Porém, no grande teste, a Euro 2012, a seleção alemã não chegou tão longe como era esperado, parou nas semifinais. Depois, a Nationalmannschaft perdeu para os Estados Unidos, empatou com o Paraguai e não manteve o nível anterior. Apesar da decepção europeia, nas eliminatórias, a equipe passou com tranquilidade com nove vitórias, um empate, nenhuma derrota, 36 gols marcados e apenas dez sofridos.

Assistente de Jürgen Klinsmann entre 2004 e 2006 e, a partir daí, treinador principal da seleção, Joachim Löw participou de todo o processo de renovação da equipe, que está dando muito certo. O principal resultado veio em 2010, quando a Alemanha chegou ao terceiro posto e mostrou um nível de futebol altíssimo naquele Mundial. O esquema de jogo do treinador segue o mesmo: 4-2-3-1 (às vezes, utiliza o 4-3-3), com foco na posse de bola e, do meio-campo para frente, tendo muito velocidade e improviso de jogadores de enorme talento. A grande modificação da forma de jogar deve ser no ataque, pois, ao contrário das últimas competições, desta vez, a Alemanha não chega à Copa com um centroavante clássico em boa fase, por isso, Götze (ou Müller ou Schürrle) pode, mais uma vez, ser escalado como “falso nove”.

Existem dois tipos de destaques neste grupo alemão, os mais experientes e os mais jovens. Mertesacker, Lahm e Schweinsteiger foram titulares em 2006, 2010 e devem novamente estar neste espaço em 2014, por isso, serão líderes do plantel, também mostrando ótimo nível. Podolski e Klose ocuparam vagas entre os onze, nas duas copas anteriores, e, teoricamente, seriam reservas. Mas, com a lesão de Reus, o camisa dez ganha a vaga entre os onze e, se o centroavante conseguir estar bem fisicamente, fará com Löw abra mão do esquema com falso nove e opte por ele no centro do setor ofensivo. Na parte de mais jovens, dois integrantes do trio de meias chamam a atenção: Müller à direita e Özil no centro. Ambos têm velocidade, técnica, arrematam bem e trazem o improviso para a Nationalmannschaft. Além deles, Götze, que deve jogar mais à frente (talvez ganhe vaga no setor também), tem as mesmas características e poderá combinar muito bem com a dupla. No banco, para o setor, devem estar os ótimos Draxler, Schürrle e Kroos, portanto, criatividade não deve faltar aos alemães.

O problema para Alemanha é que o grupo G é o mais difícil da Copa do Mundo. Todas as seleções têm condições de avançar às oitavas e, por isso, as partidas serão decisões. Portanto, a Nationalmannschaft não deverá entrar de forma vacilante no Mundial, pois isso poderá representar a eliminação precoce. Mas também há outra possibilidade, se a Alemanha mostrar o nível de futebol que apresentou nos últimos tempos, vencerá a chave e avançará com muito mais confiança.

Goleiros: 1- Manuel Neuer (Bayern de Munique-ALE), 22- Roman Weidenfeller (Borussia Dortmund-ALE) e 12- Ron-Robert Zieler (Hannover-ALE);
Defensores: 16- Philipp Lahm (Bayern de Munique-ALE), 20- Jerome Boateng (Bayern de Munique-ALE), 15- Erik Durm (Borussia Dortmund-ALE), 4- Benedikt Howedes (Schalke 04-ALE), 5- Mats Hummels (Borussia Dortmund-ALE), 3- Matthias Ginter (Friburgo-ALE), 21- Shkodran Mustafi (Sampdoria-ITA), 17- Per Mertesacker (Arsenal-ING) e 2- Kevin Grosskreutz (Borussia Dortmund-ALE);
Meias: 6- Sami Khedira (Real Madrid-ESP), 7- Bastian Schweinsteiger (Bayern de Munique-ALE), 14- Julian Draxler (Schalke 04-ALE), 19- Mario Gotze (Bayern de Munique-ALE), 18- Toni Kroos (Bayern de Munique-ALE), 8- Mesut Özil (Arsenal-ING) e 23- Christoph Kramer (Borussia Mönchengladbach-ALE);
Atacantes: 13- Thomas Muller (Bayern de Munique-ALE), 11- Miroslav Klose (Lazio-ITA), 10- Lukas Podolski (Arsenal-ING) e 9- André Schürrle (Chelsea-ING).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Portugal: Alemanha 3x1 Portugal (disputa do terceiro lugar, 2006)
Gana: Alemanha 1x0 Gana (fase de grupos, 2010)

Estados Unidos: Estados Unidos 0x2 Alemanha (fase de grupos, 1998) e Estados Unidos 0x1 Alemanha (quartas de final, 2002)

Calendário de amistosos durante a preparação
13/maio: Alemanha 0x0 Polônia
1/junho: Alemanha 2x2 Camarões
6/junho: Alemanha 6x1 Armênia

Portugal
Após ótima temporada, Cristiano Ronaldo teve algumas lesões na reta final, mas a Copa não ficará sem ele: "calma, calma, eu tô aqui"  (AFP/Jonathan Nackstrand)

Técnico: Paulo Bento-POR

Time-base (4-3-3): Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão; Raul Meireles, William Carvalho, João Moutinho; Nani, Hélder Postiga, Cristiano Ronaldo.

Craque: Cristiano Ronaldo – Real Madrid-ESP

Lesionados: Jeffrey Bruma (ponta, Galatasaray-TUR) – ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho direito.

Participações no Mundial: 6 (terceiro lugar em 1966)

Ranking da Fifa: 4º

Campanha nas Eliminatórias (12J-8V-3E-1D-24GP-11GC-13SG)
Luxemburgo 1x2 Portugal
Portugal 3x0 Arzebaijão
Rússia 1x0 Portugal
Portugal 1x1 Irlanda do Norte
Israel 3x3 Portugal
Arzebaijão 0x2 Portugal
Portugal 1x0 Rússia
Irlanda do Norte 2x4 Portugal
Portugal 1x0 Israel
Portugal 3x0 Luxemburgo

Repescagem europeia:
Portugal 1x0 Suécia
Suécia 2x3 Portugal

Não foi fácil, a classificação só veio na repescagem, mas Portugal está na quarta Copa do Mundo consecutiva. A Seleção das Quinas teve um grupo bem acessível nas eliminatórias e, mesmo assim, não conseguiu a classificação direta. Não há dúvidas em dizer que os portugueses estarão no Brasil, porque um deles é o melhor jogador do planeta. Na repescagem, contra a Suécia, de Ibrahimovic, Cristiano Ronaldo marcou os quatro gols do seu país no confronto, que terminou em 4 a 2 para Portugal. Ao todo, na campanha, o camisa sete luso balançou as redes oito vezes.

O comando é de Paulo Bento desde o final da Copa de 2010 e a continuidade é marca deste trabalho. O ainda jovem treinador tem trabalhado bastante e os objetivos são claros: colocar o mais talento ao redor de Cristiano Ronaldo e ter o máximo do craque. E, nos últimos tempos, as metas parecem estar sendo atingidas em campo. A alternativa do lisboeta é armar o time no 4-3-3, com os homens do meio-campo sendo volantes (ou meias-centrais), com condição de chegar ao ataque. O setor formado por Raul Meireles, William Carvalho (ou Miguel Veloso) e João Moutinho é bem interessante e poderá criar boas oportunidades de gols. O ponto principal é que Ronaldo, ponta-esquerda na seleção (assim como no Real Madrid), tem total liberdade para se mover pelo campo e, muitas vezes, aparece como centroavante.

Cristiano Ronaldo agradece a liberdade com ótimos desempenhos. O camisa sete luso já mostrou capacidade de liderar a equipe, tanto nas eliminatórias quanto na Eurocopa 2012. Na disputa europeia, Portugal chegou ao quarto posto, sendo eliminada pela campeã Espanha, apenas nos pênaltis e, na campanha, Ronaldo foi um dos artilheiros da disputa, com três gols. O problema talvez seja o centroavante, mas Hélder Postiga ignorou as dúvidas ao redor do nome dele e foi o vice-artilheiro nas eliminatórias, marcando seis vezes. Além do ataque inflado por Ronaldo e meio bastante sólido, a defesa tem um grande nome e que vem em boa fase, Pepe. O madridista poderá ser o líder da retaguarda lusa na Copa.

Com bons jogadores espalhados por todo o campo e o melhor jogador do mundo em ótimo nível, Portugal pensa em fazer uma campanha histórica e, quem sabe, igualar o que foi feito em 1966, com Eusébio. O grupo G é um dos mais equilibrados do Mundial e, por isso, se conseguir chegar à segunda fase, a Seleção das Quinas já terá superado um duro desafio.

Goleiros: 12- Rui Patrício (Sporting-POR), 22- Beto (Sevilla-ESP) e 1- Eduardo (Sporting Braga-POR);
Defensores: 3- Pepe (Real Madrid-ESP), 2- Bruno Alves (Fenerbahçe-TUR), 14- Luis Neto (Zenit-RUS), 13- Ricardo Costa (Valencia-ESP), 21- João Pereira (Valencia-ESP), 5- Fábio Coentrão (Real Madrid-ESP) e 19- André Almeida (Benfica-POR);
Meias: 8- João Moutinho (Monaco-FRA), 16- Raul Meireles (Fenerbahçe-TUR), 4- Miguel Veloso (Dinamo Kiev-UCR), 6- William Carvalho (Sporting-POR) e 20- Rúben Amorim (Benfica-POR);
Atacantes: 7- Cristiano Ronaldo (Real Madrid-ESP), 23- Hélder Postiga (Lazio-ITA), 9- Hugo Almeida (Besiktas-TUR), 17- Nani (Manchester United-ING), 18- Silvestre Varela (Porto-POR), 11- Éder (Sporting Braga-POR), 15- Rafa (Sporting Braga-POR) e 10- Vieirinha (Wolfsburgo-ALE).


Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Alemanha: Alemanha 3x1 Portugal (disputa pelo terceiro lugar, 2006)
Estados Unidos: Estados Unidos 3x2 Portugal (fase de grupos, 2002)
Gana: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação
31/maio: Portugal 0x0 Grécia
6/junho: Portugal 1x0 México
10/junho: Portugal 5x1 Irlanda

Estados Unidos
Com a opção por deixar Donovan em casa, as referências técnicas norte-americanas serão os ótimos Dempsey e Bradley (AP Photo)

Técnico: Jürgen Klinsmann-ALE

Time-base (4-3-1-2): Howard; Johnson, Besler, Cameron, Chandler; Zusi, Jones, Bedoya; Bradley; Dempsey, Altidore.

Craque: Clint Dempsey – Seattle Sounders-EUA

Lesionados: Stuart Holden (meia, Bolton-ING) – ruptura nos ligamentos do joelho direito.

Participações no Mundial: 10 (terceiro lugar em 1930)

Ranking da Fifa: 13º

Campanha nas Eliminatórias (16J-11V-2E-3D-26GP-14GC-12SG)
Terceira fase:
Estados Unidos 3x1 Antígua e Barbuda
Guatemala 1x1 Estados Unidos
Jamaica 2x1 Estados Unidos
Estados Unidos 1x0 Jamaica
Antígua e Barbuda 1x2 Estados Unidos
Estados Unidos 3x1 Guatemala

Quarta fase:
Honduras 2x1 Estados Unidos
Estados Unidos 1x0 Costa Rica
México 0x0 Estados Unidos
Jamaica 1x2 Estados Unidos
Estados Unidos 2x0 Panamá
Estados Unidos 1x0 Honduras
Costa Rica 3x1 Estados Unidos
Estados Unidos 2x0 México
Estados Unidos 2x0 Jamaica
Panamá 2x3 Estados Unidos

Cada vez mais forte e mais apaixonado por futebol, os Estados Unidos estão em todas as copas do mundo, desde 1990. Para a disputa no Brasil, a equipe vem credenciada de bons desempenhos na CONCACAF. Primeiro, venceram a Copa Ouro, com seis vitórias, nos seis jogos disputados. E, nas eliminatórias, a trajetória também foi tranquila: ao todo, 16 jogos, onze vitórias, dois empates e apenas três derrotas. Portanto, com a primeira colocação, nas duas disputas, os americanos assumiram o posto de melhor seleção do continente, deixando para trás o tradicional rival, México.

Os bons desempenhos têm muito de Jürgen Klinsmann, que foi fundamental para dar mais segurança ao time. O alemão parece ter conseguido convencer os seus jogadores de que eles podem ganhar e, que hoje, na CONCACAF, não há nenhuma equipe melhor que o Team USA. Por isso, desde quando Klinsmann assumiu (2011), os Estados Unidos colecionam vitórias improváveis: 1 a 0 contra a Itália, em Gênova, e 1 a 0 contra o México, no Estádio Azteca – a primeira norte-americana no local. Ao longo do período que está à frente da seleção, o técnico executou muitas mudanças táticas, jogou no 4-4-2, no 4-2-3-1, mas deve vir ao Mundial no 4-3-1-2.

O esquema escolhido por Klinsmann tem um grande objetivo: dar liberdade aos seus principais jogadores, Bradley e Dempsey, que depois de bons desempenhos na Europa, retornaram à MLS. O primeiro jogará no meio-campo, com bastante liberdade para encostar nos atacantes e organizar o time. Muito técnico, mas capaz de se impor fisicamente, Bradley será a referência técnica da linha média. Mais à frente, estará Dempsey, que não é atacante de origem, mas, no período que esteve na Inglaterra, mostrou faro de gol. Por isso, o camisa oito jogará mais avançado, para potencializar este instinto artilheiro – nas eliminatórias, liderou os americanos com oito gols. Há também um grande destaque defensivo, o ótimo goleiro Howard (na Inglaterra desde 2003), que será difícil de ser vencido pelos ataques adversário.

Mais experiente, muito organizado e bastante equilibrado, os Estados Unidos chegam ao Mundial querendo mais do que participar. Porém, o sorteio foi cruel com os Yanks, afinal o grupo G tem quatro seleções com boas condições de avançar à segunda fase da Copa. Por isso, essa força mental, que Klinsmann conseguiu impor ao grupo, será fundamental para o Team USA conseguir brigar ponto a ponto com Alemanha, Gana e Portugal por uma das vagas às oitavas de final no Brasil.

Goleiros: 12- Brad Guzan (Aston Villa-ING), 1- Tim Howard (Everton-ING) e 22- Nick Rimando (Real Salt Lake-EUA);
Defensores: 5- Matt Besler (Sporting Kansas City-EUA), 6- John Brooks (Hertha Berlin-ALE), 20- Geoff Cameron (Stoke City-ING), 21- Timothy Chandler (Nürnberg-ALE), 3- Omar Gonzalez (LA Galaxy-EUA), 23- Fabian Johnson (Hoffenheim-ALE), e 2- DeAndre Yedlin (Seattle Sounders-EUA);
Meias: 7- DaMarcus Beasley (Puebla-MEX), 15- Kyle Beckerman (Real Salt Lake-EUA), 11- Alejandro Bedoya (Nantes-FRA), 4- Michael Bradley (Toronto FC-CAN), 14- Brad Davis (Houston Dynamo-EUA), 10- Mix Diskerud (Rosenborg-DIN), 16- Julian Green (Bayern de Munique-ALE), 13- Jermaine Jones (Besiktas-TUR), 8- Clint Dempsey (Seattle Sounders-EUA) e 19- Graham Zusi (Sporting Kansas City-EUA);
Atacantes:  17- Jozy Altidore (Sunderland-ING), 9- Aron Johannsson (AZ Alkmaar-HOL) e 18- Chris Wondolowski (San Jose Earthquakes-EUA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Alemanha: Estados Unidos 0x2 Alemanha (fase de grupos, 1998) e Estados Unidos 0x1 Alemanha (quartas de final, 2002)
Portugal: Estados Unidos 3x2 Portugal (fase de grupos, 2002)
Gana: Gana 2x1 Estados Unidos (fase de grupos, 2006) e Gana 2x1 Estados Unidos (oitavas de final, 2010, na prorrogação)

Calendário de amistosos durante a preparação

27/maio: Estados Unidos 2x0 Azerbaijão
1/junho: Estados Unidos 2x1 Turquia
7/junho: Estados Unidos 2x1 Nigéria
12/junho: Estados Unidos x Bélgica

Gana
Gana tem bons talentos individuais, mas o destaque é mesmo a força do grupo (Luc Gnago/Reuters)

Técnico: Akwasi Appiah-GAN

Time-base (4-1-4-1): Kwarasey; Inkoom, Boye, Mensah, Asamoah; Essien; Kevin-Prince Boateng, Muntari, Badu, André Ayew; Asamoah Gyan.

Craque: Michael Essien – Milan-ITA
Lesionados: Jerry Akaminko (defensor, Eskisehirspor-TUR) – fratura no tornozelo esquerdo.
Participações no Mundial: 3 (quartas de final em 2010)

Ranking da Fifa: 37º

Campanha nas Eliminatórias (8J-6V-0E-2D-25GP 6GC-19SG)
Segunda fase:
Gana 7x0 Lesoto
Zâmbia 1x0 Gana
Gana 4x0 Sudão
Sudão 1x3 Gana
Lesoto 0x2 Gana
Gana 2x1 Zâmbia

Terceira fase:
Gana 6x1 Egito
Egito 2x1 Gana

Gana chega a terceira Copa do Mundo consecutiva e, em todas as outras vezes, alcançou, ao menos, a segunda fase. Apesar de sempre conseguir bons resultados nos mundiais, no mesmo período, a seleção não conseguiu nenhum título da Copa de Nações Africanas – o melhor resultado foi o vice, em 2010. Mas os Estrelas Negras não tiveram nenhuma dificuldade para se classificar ao Brasil, pois, nas eliminatórias, só perderam duas vezes e a defesa sofreu apenas seis gols, enquanto o ataque marcou 25 vezes.

O treinador é Akwasi Appiah, que, em 2011 comandou a equipe sub-23 ganesa, e, desde 2012, está à frente da seleção principal. Com ele, os Estrelas Negras se tornaram um time bem organizado e de muita marcação. O 4-1-4-1 tem sempre Essien como 1º volante para dar mais segurança à defesa e boa saída de bola. À frente do jogador do Milan estão meia-centrais com bom poder de marcação e extremos que dão a criatividade da seleção. Portanto, Gana é um time muito equilibrado e com boa pegada no meio, sendo um adversário difícil para ser batido, inclusive por times que têm muito talento.

O grande destaque dos ganeses ainda é o volante Essien, que, além de papel preponderante dentro de campo, é o grande líder do elenco. Outro milanista experiente, Muntari também é importante no setor de marcação do meio-campo. Ainda na meia-cancha, os dois extremos chamam a atenção: enquanto pela direita, Kevin Prince-Boateng é forte e técnico, na esquerda, Ayew é mais veloz e um perigo nos dribles. Esta forte linha média atua atrás do centroavante Asamoah Gyan, que, nos Emirados Árabes Unidos, marcou 39 gols em 37 partidas e será um perigo constante às defesas adversárias.

Com o bom meio-campo e o time bem equilibrado, Gana chega forte e Essien destaca que eles podem ir longe: “nosso objetivo inicial é passar da fase de grupos e chegar ao mata-mata. Depois, vamos encarar um jogo de cada vez, e aí quem sabe? Certamente temos condições de fazer ainda melhor e avançar às semifinais ou até à final”. Porém, o grupo G é um dos mais difíceis da Copa, o que referenda a frase do capitão, se conseguir uma vaga, eliminando Alemanha, Portugal ou Estados Unidos, Gana estará pronta para chegar bem longe no Mundial.

Goleiros: 12- Adam Kwarasey (Stromsgodset-NOR), 16- Fatua Dauda (Orlando Pirates-AFS) e 1- Stephen Adams (Aduana Stars-GHA);
Defensores: 2- Samuel Inkoom (Platanias-GRE), 4- Daniel Opare (Standard Liege-BEL), 19- Jonathan Mensah (Evian-FRA), 23- Harrison Afful (Esperance-TUN), 21- John Boye (Rennes-FRA) e 15- Rashid Sumaila (Mamelodi Sundowns-AFS);
Meais: 9- Kevin-Prince Boateng (Schalke 04-ALE), 10- André Ayew (Olympique Marsella-FRA), 11- Sulley Muntari (Milan), 5- Michael Essien (Milan), 22- Wakaso (Rubin Kazan), 17- Mohammed Rabiu (Kuban Krasnodar-RUS), 8- Emmanuel Agyemang Badu (Udinese-ITA), 6- Afriyie Acquah (Parma-ITA), 20- Kwadwo Asamoah (Juventus-ITA), 14- Albert Adomah (Middlesbrough-ING) e 7- Christian Atsu (Vitesse-HOL);
Atacantes: 3- Asamoah Gyan (Al-Ain-UAE), 13- Jordan Ayew (Sochaux-FRA) e 18- Abdul Majeed Waris (Valenciennes-FRA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo                  
Alemanha: Alemanha 1x0 Gana (fase de grupos, 2010)
Portugal: nunca se enfrentaram
Estados Unidos: Gana 2x1 Estados Unidos (fase de grupos, 2006) e Gana 2x1 Estados Unidos (oitavas de final, 2010, na prorrogação)

Calendário de amistosos durante a preparação
31/maio: Gana 0x1 Holanda
9/junho: Gana 4x0 Coreia do Sul

Para completar a análise, um podcast com Eduardo Junior, especialista em futebol alemão, colaborador do site Doentes Por Futebol e administrador do blog Europa Football, e Matheus Rocha, redator do Extra Time e colunista de futebol  norte-americano do site Trivela. Confiram o material, ficou bem completo:

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