quarta-feira, 2 de julho de 2014

Copa do Mundo – Dia 21

Mais um dia sem Copa e, desta vez, serão dois. Por isso, aproveitarei esta quarta-feira para pensar no jogo do Brasil, na próxima fase. Partida que promete equilíbrio, afinal, os verde e amarelos não atingiram seu ápice, enquanto a Colômbia é tida como uma das principais seleções do Mundial. 

Brasil 

 Apesar da atuação ruim, o Brasil chegou às quartas de final e, depois da disputa de pênaltis, sobrou emoção (Quinn Rooney/Getty Images)

Sem jogar bem, o Brasil chegou à esta fase, baseado em bons desempenhos individuais de Júlio César (nos pênaltis, contra o Chile), David Luiz, Thiago Silva, Luiz Gustavo (suspenso, fará para marcar os adversários) e, principalmente, Neymar. Luiz Felipe Scolari opta pelo 4-2-3-1 e fornece muita liberdade de movimentação ao trio de meias, que, além do craque da seleção, tem Hulk e Oscar pelos flancos. Porém, se os três trocam muito de posição durante o jogo, a bola não tem chegado ao trio. Os Sambas Boys têm um problema crônico: a dificuldade na saída pelo chão e, por isso, o uso excessivo dos lançamentos longos pelos zagueiros e Luiz Gustavo. 

O problema, que é evidente e persiste pelos quatros jogos, ainda não teve solução. Para vencer a Colômbia, o treinador terá que trazer uma resposta a isso. Os laterais, tidos como pontos fortes dos canarinhos, não vêm bem e uma evolução do desempenho da dupla (seja Daniel e Marcelo ou Maicon e Marcelo) será importante para dar alternativas a esta saída pelo chão. Mas o ponto central para a evolução, se encontra na volância. Sem Luiz Gustavo, o Brasil deve ter Fernandinho e Paulinho, ambos já foram titulares como 2° volantes, mas nenhum dos dois conseguir facilitar o início das jogadas do meio. Jogar sem um jogador posicional, neste setor, pode ser a solução circunstancial contra a Colômbia. Mas contar com os laterais em melhor nível e Oscar participando, como fez contra a Croácia, na estreia, parece ser o mais importante. 

Colômbia 

 Cuadrado e James Rodríguez: o Brasil e qualquer um que enfrentar a Colômbia deverá prestar atenção na dupla (Adam Pretty/Getty Images)

Antes da Copa, não havia quem não falasse da força cafetera, mas, com a lesão de Falcao García, as dúvidas entraram em campo. No Mundial, a ausência da principal estrela tem sido esquecida, James Rodríguez e Cuadrado tem conseguido suprir esta falta, criando e marcando os gols para a Colômbia. Os bons desempenhos da equipe têm muito do trabalho do técnico, o argentino José Perkerman. Durante a caminhada para a Copa do Mundo, ora com dois atacantes, ora com o 4-2-3-1 ou 4-1-4-1, os Cafeteros apenas mostraram força. No Brasil, o comandante fixou a equipe no esquema da moda: Teó Gutiérrez é o nove; mais atrás, estão Cuadrado à direita, James Rodríguez no centro e Ibarbo à esquerda; e, na volância, dois jogadores mais presos, Carlos Sánchez e Abel Aguilar. 

Com a nova configuração do meio para frente, a Colômbia tem conseguido ter uma defesa relativamente segura. Nisso, o goleiro Ospina tem bastante importância, pois é um dos bons nomes da posição, no Mundial, e a dupla de zaga Yepes e Zapata também vai muito bem. Mas o destaque é mesmo o ataque e tem relação com o esquema também. Com muitos jogadores dispostos a trabalhar para as estrelas, James e Cuadrado têm total liberdade para agir. Ambos aproveitam bem isso e tem números impressionantes. O camisa dez é o craque e artilheiro da Copa e tem cinco gols e duas assistências. O ponta-direita é o líder em passes decisivos, com quatro e ainda balançou as redes uma vez. Porém, os cafeteros também tem problemas no ataque, Pekerman tem insistido em Teó Gutiérrez, que marcou apenas uma vez, enquanto, no banco, está Jackson Martínez, que joga em nível mais alto e já tem dois gols na Copa. Em um jogo, que promete tanto equilíbrio, tem um centroavante um pouco pior pode ser a diferença entre seguir na competição e voltar para casa.

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