Um jogador de 1,89 m pode jogar com 106 kg? A resposta é não, isso é impossível a mobilidade fica ausente com tal peso. Lembrando que na sua melhor fase na Internazionale entre 04 e 06, o “Imperatore” pesava 90 kg. Não haviam os problemas extra-campo, aqueles que atualmente o atormentam. Nunca se ligava Adriano a ausências em treinamentos.
Hoje a história é diferente, Adriano está longe de ser aquele artilheiro e melhor jogador da Copa América 2004 e da Copa das Confederações 2005. Na Copa de 2006 o império começou a ruir. A morte de seu pai foi um dos grandes golpes a vida de Adriano. O desempenho no mundial foi bem abaixo do esperado, como todos os outros atletas foi muito criticado, diga-se de passagem com razão.
Na Itália o futebol já começava a desaparecer. Fotos com um cigarro na mão e aparentemente bêbado assustaram os fãs. A primeira volta ao Brasil foi um sucesso, gols pelo tricolor paulista apagaram essa impressão. Mas fora de campo já surgiram confusões, contornadas pela diretoria são-paulina.
Mais uma vez a volta a velha bota, e nada dava certo. Na Inter Massimo Moratti, dono e presidente do clube o tinha como filho, dava conselhos e todas as oportunidades possíveis para que ele rendesse em campo. Mas nada da volta do bom futebol do Imperador. O super capitão nerazzurro, J. Zanetti também tentou ser o tutor de Adriano, mais um que não conseguiu sucesso.
Por ultimo foi a vez do “Special One”, José Mourinho, que teria uma missão especial e como já imaginam mais um fracasso em trazer de volta a alegria ao imperador. O pior e mais triste episódio da odisséia de Adriano, em Abril o atacante decidiu parar de jogar futebol, isso com 27 anos.
Logo a volta ao esporte que diz amar, ganhando muito bem, no Flamengo seu clube do coração, muito bem recebido pela torcida e estava em casa. Ambiente ideal para retomar o amor pelo futebol. Mas todos os rubro-negros deveriam estar cientes que Adriano tem um pacote, as confusões fora de campo e as ausências de treinos. Caso não tivesse essa liberdade no Brasil, teria ficado na Europa.
E lá foi ele, estreou depois dos outros no Brasileirão e marchou rumo a artilharia. Esteve ausente de alguns treinos e batalhas importantes. Mas, em muitas vezes não foi apenas o imperador e sim o exército todo. 19 gols, craque e melhor atacante do campeonato segundo a CBF e bola de prata na sua posição, bola de ouro (melhor classificação média) e chuteira de ouro pela revista placar. Ficava claro, ele voltou.
A seleção foi mais uma conseqüência, mas lá o futebol parecia não fluir como no rubro-negro carioca. Na seleção é reserva de Luís Fabiano e pelo fato de jamais ter tentando ganhar a vaga do fabuloso no “grito”, o atacante ganhou muito respeito com o grupo. E até a confusão com a sua “imperatriz”, Joana Machado era nome certo para a Copa do Mundo na África.
E o seu clube o que perde com isso? Não terá Adriano no jogo de hoje contra o Caracas na Venezuela, um clube que conta com vários jogadores da seleção nacional. Acho pouco provável que tais atitudes imperiais atrapalhem o Fla, que já mostrou que se vira sem ele, mas temo pela pessoa Adriano.
O namoro com a personal trainer já foi reatado. E o atacante voltou a treinar, algo indispensável nesse momento para que perca peso e volte a ter mobilidade em campo. Com a Adriano bem, eu considero o Flamengo o favorito ao título da Libertadores. Mas do jeito que está hoje o rubro-negro da Gávea ainda tem chances de vencer, bem menores é claro.
Abraço
Foto: Globoesporte.com
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