quinta-feira, 24 de junho de 2010

Copa do Mundo – Dia 14

Copa do Mundo – Dia 14

Eslováquia 3x2 Itália

Faltou paixão, foi esse o sentimento. Os italianos mostravam estar conformados com o fato de quatro anos após ganharem o seu quarto título mundial. O jogo começou frio, a Itália mesmo com um 4-3-3, produzia pouco. E a Eslováquia tentava alguma coisa, mas não o suficiente para deixar a partida interessante.

Os eslovacos vinham no 4-2-3-1, mas o armador central da linha de três era Hamsik, assim o craque e capitão da Eslováquia tinha mais liberdade e finalmente fazia uma partida próxima daquilo que todos esperavam antes da Copa. Jogando um pouco melhor e contando com os erros individuais dos azzurri. O primeiro deles de De Rossi, que passou para Kucka. O volante eslovaco passou para Vittek que bateu no canto direito de Marchetti.
Vittek comemora, mas deixa os italianos desolados ao fundo - FIFA.com

A azzurra seguia sem reação, como já disse no primeiro páragrafo, faltava vontade, raça, os jogadores estavam entregues. Na segunda etapa o time voltou mudado, com Quagliarella e Maggio em campo. E pouco depois com Pirlo. Mas quem marcou primeiro foi a Eslováquia. Hamsik bateu escanteio, a zaga afastou, mas a bola voltou para ele, que mandou de primeira para dentro da área, onde a redonda encontrou Vittek. O atacante antecipou a zaga e empurrou para as redes.

Os italianos começaram a se mexer, a tal vontade apareceu. Quagliarella fez jogada pela direita, tocou para Iaquinta, recebeu de volta em um passe de letra e finalizou, o goleiro Mucha defendeu, mas no rebote Di Natale conferiu para as redes. Será que ainda seria possível o empate que daria a vaga?

Kopunek disse que não. Recebeu bola nas costas da zaga após cobrança de lateral e colocou por cima de Marchetti, um golaço. A eliminação já se tornara fato, mas ainda houve tempo para a despedida ser menos feia, se é que isso pode ser dito. Quagliarella recebeu bola de De Rossi, depois de muita briga, o jogador do Napoli viu o goleiro eslovaco adiantado e encobriu o adversário.

O gol de cobertura de Quagliarella não foi suficiente para encobrir a vergonha da Itália. Os azzurri são os quartos campeões a serem eliminados na primeira fase (Itália em 1950, Brasil em 1966 e a França em 2002). Agora os italianos já se preparam para disputar as eliminatórias para a Eurocopa de 2012, já com um novo treinador, Cesare Prandelli.

Paraguai 0x0 Nova Zelândia

Muitos chamaram esta partida de a pior da Copa do Mundo, e tenho que dar razão a quem fez isso. Os parguaios jogavam em seu esquema já tradicional, o 4-3-3. Porém Lucas Barrios, o destaque no 2x0 contra a Eslováquia, ficou no banco. No outro lado os All Withes lembravam o super time de rúgbi da Nova Zelândia, e jogavam de All Blacks. A tática dos neozelandeses era o, incrivelmente, defensivo, 3-4-3.
O jogo foi muito brigado no meio-campo - FIFA.com

O jogo era muito fechado, poucas oportunidades de gols para ambos os lados. Mas quem tentava mais eram os Guaraníes. As melhores chances vieram com Caniza, que atuava na lateral-direita e em dois avanços finalizou as jogadas próximas ao gol defendido por Paston.

A segunda etapa seguiu essa mesma tendência, La Albirroja mudou sua forma de jogo. Os comandados de Gerardo Martino passaram a atuar no 4-4-2 ortodoxo e com Lucas Barrios fazendo dupla com Roque Santa Cruz no ataque. Porém nas melhores oportunidades, o goleiro Paston apareceu bem e impediu que o tento fosse anotado. Elliott teve a melhor chance paraguia na partida, mas nada que assustasse muito o arqueiro J. Villar.

No final o sentimento de que o Paraguai terá que jogar mais do que isso para passar pelo Japão nas oitavas de final. E a Nova Zelândia, pelo menos, consegue ser eliminada sem derrota e ficando em terceiro no grupo, posição na frente da tetracampeã Itália.


Dinamarca 1x3 Japão

Organização, disposição e um toque de magia. Essa foi a seleção japonesa, que veio armada no 4-1-4-1. Quem começou mais ofensiva foi a Dinamarca, escalada no seu tradicional 4-2-3-1.

Começar mais a frente era obrigação aos dinamarqueses, pois com o empate estavam eliminados. O Japão sabendo que tinha a vaga com o empate seguiu apostando em sua organização defensiva. A Dinamarca até quase marcou no começo da partida, Tomasson desperdiçou duas jogadas. Quem não faz leva entrou em ação em Rustemburgo.

Honda bateu falta e surpreendeu Sorensen, 1x0 no placar. Depois foi a vez de Endo marcar em um tiro livre, mais uma vez o goleiro dinamarquês nada fez. A vitória parcial por 2x0, e a necessidade dos europeus fazerem 3 gols para se classificar dava tranquilidade aos samurais azuis, e só aumentava o desespero do outro lado.

Na segunda etapa Morten Olsen até mexeu, mas sem muito resultado. A Dinamarca seguia tentando, mas oportunidades reais de gol não surgiam. Mas os dinamarqueses até conseguiram seu tento. Em um pênalti em Agger, a bola foi para Tomasson. O capitão bateu mal a penalidade, mas no rebote colocou para as redes.
Okazaki completa a grande jogada de Honda para o gol - AFP

Já sem muita organização a Dinamarca seguiu tentando mais um gol até quando Honda resolveu acabar com a partida. O camisa 18 recebeu passe de Okubo, deu um corte de letra em Rommedahl e rolou para Okazaki, que empurro a bola e as chances dinamarquesas para o gol.

Agora os japoneses enfrentam a seleção paraguaia, e ouso falar que os samurais azuis vão como favoritos à próxima fase.


Camarões 1x2 Holanda

Como já falei em textos anteriores, sempre que vemos a Holanda entrar em campo criamos a expectativa de ver um futebol atrativo, dinâmico, de boas trocas de passes, dribles, resumindo: Esperamos um show.

Essa é uma geração diferente, é a turma que encantou na Eurocpa de 2008, mas foi eliminada nas oitavas de final pela Rússia. Portanto, existe um trauma de espetáculo e não chegar.

Para essa Copa as coisas mudaram, o último jogo da primeira fase refletiu isso. Mais uma vez os laranjas jogaram contra os camaroneses na sua tática tradicional, o 4-2-3-1 e ainda sem Robben. Os Leões indomáveis vinham no 4-4-2 ortodoxo que em alguns momentos virava 4-3-3.

A jogada começou com Kuyt na direita, ele deixou a bola com Van Persie mais aberto. O atacante recuou a bola para Van der Vaart, que de primeira já devolveu para o atacante, Kuyt em posição de impedimento deixou a redonda. E o camisa nove bateu cruzado com a perna direita na saída do goleiro Souleymanou. E 1x0 para a oranje
 
Com o gol e a primeira posição no grupo E garantida, a oranje tirou o pé. A partida ficou chata. Poucas oportunidades eram criadas, os camaroneses mostravam limitação técnica para isso e os holandeses mostravam estarem satisfeitos com o placar.

Dois pontos contribuiram para mudar um pouco a tendência da partida. O primeiro: Gol de Eto’o de pênalti aos 19 do segundo tempo. O segundo: A entrada de Robben aos 27 da segunda etapa.

O tento que deu números finais a partida teve um pouco daquilo que esperavamos, o show. Sneijder deu lançamento de três dedos para Robben, que foi coisa de gênio. O camisa onze dominou a bola, girou, arrumou a redonda para o pé canhoto, deixou Song para trás e chutou com a perna esquerda. A bola explodiu na trave, mas na volta estava Huntelaar com o gol aberto para marcar, o atacante só empurrou com a perna direita.

Assim a Holanda chegou as oitavas com status de favorita, mas sem encantar. Quem sabe com Robben como titular, o futebol fantasia apareça.


Abraço a todos

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