Portugal 0x0 Brasil
Os nossos descobridores entraram em campo com cautela exagerada, um respeito muito grande, aparentavam medo de jogar contra os canarinhos. O Brasil vinha no seu tradicional 4-2-2-2, mas sem três importantes titulares: Elano (se recuprando de lesão), Kaká (suspenso) e Robinho (poupado por um desconforto muscular). Em seus lugares jogaram: Daniel Alves, Julio Baptista e Nilmar.
Os substitutos não jogaram muito bem. Julio Baptista foi inócuo, Nilmar lutou muito, até passou perto do gol, mas não conseguiu anotar um tento e Daniel Alves, tentava na frente, mas não ajudava Maicon na marcação como Elano faz quando é titular.
No começo devido ao respeito execessivo dos adversários, o Brasil ficava com a bola, mas penetrar na defesa lusa e finalizar ao gol de Eduardo não fazia parte desse dominio. A grande oportunidade apareceu com Nilmar, que chutou e o goleiro português defendeu a bola, fazendo com que ela fosse na trave. Outro bom momento veio com o Fabuloso, que cabeceou próximo ao gol.
A segunda etapa, mostrou uma equipe europeia mais dispota no jogo e com mais força ofensiva. O Brasil ficava preso na marcação e com criação próxima a zero. Assim Portugal dominou quase toda a segunda etapa. Teve uma grande chance com Raul Meireles, mas faltou a perna esquerda para o volante colocar a bola para dentro.
O zero a zero foi preocupante, pois a seleção verde e amarela nada criou e para piorar como Julio Baptista foi mal, Dunga não teve nenhuma opção válida para sanar essa dificuldade de armar as jogadas.
Felipe Melo e o seu estilo "esquentadinho" preoucupam - EFE
Ponto negativo: O desastre anunciado, quase aconteceu. Felipe Melo mostrou irritação e se não fosse substituido no primeiro tempo acabaria expulso. Elogiei Dunga por tirar o volante, mas na coletiva o treinador me surpreendeu dizendo que só trocou o camisa cinco pelo fato dele estar com uma torção no tornozelo. Assim o técnico anulou meus elogios.
Ponto Positivo 1: O Brasil enfrenta o Chile, uma seleção que a seleção canarinho sempre encaixa bem o jogo, portanto pode não trazer grandes dificuldades ao Brasil.
Ponto Positivo 2: Lúcio voltoua ser o que foi na temporada 2009/10 na Internazionale, isso pode ser decisivo quando o Brasil enfrentar um time com um grande talento individual, pois o capitão verde e amarelo terá condição para anular a estrela adversária como fez com Cristiano Ronaldo hoje.
Coreia do Norte 0x3 Costa do Marfim
O jogo de um time só, realmente, Costa do Marfim parecia sozinha no Estádio Mbombela. Os elefantes vieram no 4-3-3, com a diferença de ter Kalou no banco e Kader Keita como titular. Os norte-coreanos com cinco defensores, três volantes, um homem para criação e o Jong Tae-se isolado no ataque.
Com toda essa ofensividade, não iria demorar muito para os marfinenses conseguirem o primeiro gol. E foram logo dois em sequencia, Yaya Toure aos 14 e Romaric aos 19, este último no rebote de um belo lance de Drogba. Porém os dois primeiros tentos tiveram uma coisa em comum, Boka. O lateral-esquerdo foi muito bem e participou de todos os gols, no primeiro e no último deu a assistência.
A partida seguia na mesma dinâmica, a bola dos africanos teimava em não cruzar as traves defendidas por Myong Guk. Nem Drogba, o ídolo de todo um continente conseguia furar a barreira norte-coreana, barreira essa semelhante a barreira que seu país tem para com o resto do mundo.
Adivinhem, segunda etapa e ...Isso mesmo, o jogo seguia com Costa do Marfim chegando, mas não marcando. Era incrível, os marfinenses já pareciam conformados com a eliminação, ainda mais porque o Brasil não conseguia contribuir, pois não vencia os portugueses. Durante esse periodo de baixa, a Coreia do Norte aproveitou e teve uma oportunidade muito clara de marcar. Jong Tae-Se, passou muito perto de marcar. Se ele já chorou ao ouvir o hino, imaginem se conseguisse marcar, seria ainda mais emocionante.
Drogba e Kalou, essa dupla merecia uma melhor sorte no sorteio - Getty Images
No final ainda houve tempo para mais um gol dos elefantes. Boka cruzou, Kalou antecipou o goleiro e empurrou para as redes.
A desclassificação dos elefantes ocorreu ao não vencer os portugueses na primeira partida, onde até tiveram mais chances, mas não as converteram em gols.
Chile 1x2 Espanha
O Chile e seu futebol onfensivo dominaram a Espanha por mais de 20 minutos da partida no Loftus Versfeld em Pretória. Bielsa escalou seu time bastante para frente, três zagueiros, um volante, cinco meias, mas a maioria com liberdade e Valdivia flutuando sozinho na ataque. A Espanha jogava no 4-2-2-2, porém em alguns momentos Villa virava meia.
David Villa, três gols em três jogos e já é um dos artilheiros do Mundial - AP
Disse que La Roja até dominou o começo do jogo, e é verdade. O time comandado por Bielsa poderia até ter saido na frente, mas não fez o gol. Como já diria Muricy: “A bola pune”. A punição veio quando Valdivia errou um drible de forma ridícula, Xabi Alonso roubou a bola e ligou com Torres. O goleiro Bravo se envolveu na briga de Jara e El niño pela redonda e acabou dando ela de presente a Villa, que como bom artilheiro colocou para dentro.
A furia seguia melhor, e anotou o segundo tento. Jara errou no dominio e Iniesta ganhou a bola já ligando com Fernando Torres mais na frente. O camisa nove devolveu de primeira para o número seis, que também com um toque passou para David Villa. O autor do primeiro gol entrou na área e viu Iniesta livre entrando, passou com a canhota para ele. O camisa seis bateu de primeira com a perna direita e a bola foi morrer no fundo do canto esquerdo de Bravo. Ainda no lance, Estrada foi incoretamente expulso, facilitando as coisas para a Espanha.
A primeira etapa terminou assim, mas mesmo perdendo os chilenos alcançavam seu o objetivo: a próxima fase. Com o resultado bom para todos, a tendência era de que a partida diminuísse seu ritmo. Isso realmente ocorreu, com execeção a um lance.
Aos dois minutos da segunda etapa, Millar teve a oportunidade e bateu o goleiro Casillas, contando com desvio providencial no joelho de Piqué.
O Chile agora pegará o Brasil, a mesma seleção que tem acostumado a bater em La roja, creio que nessa Copa não será diferente, mesmo com a seleção tendo apresentado um ótimo futebol.
Por outro lado, os espanhois agora pegam os portugueses, devem passar. Mas ainda gera expectativa para ver quando Fernando Torres irá estreiar, pois por enquanto na África ele ainda não deu as caras. Com a melhora de El niño e alguns ajustes individuais a furia tende a crescer mais, ganhando corpo de forte candidata como era tida no pré-Copa.
Suiça 0x0 Honduras
A Schweizer Nati tinha a obrigação de vencer para chegar perto da vaga às oitvas de final, mas mostrou mais uma vez que para fazer um gol a dificuldade é bem semelhante a de sofrer um tento.
Os suiços vinham armados em um 4-4-2 ortodoxo, mas sem estarem muito focados no ataque, que na partida de hoje deveria ser seu principal objetivo. Do outro lado os hondurenhos também seguiam o esquema inglês. A partida que tinha grandes chances de ser chata, acabou sendo mesmo.
Nada de muito contundente foi visto na primeira etapa. Quando as bolas chegavam ao gol, os goleiros faziam boas defesas. O 0x0 estava de bom tamanho, para a segunda etapa era esperada alguma mudança e elas ocorerram.
A Suiça focou-se mais em atacar, mas também isso tinha outro lado, o espaço para o contra-ataque de La H. Com as jogadas em velocidade a sua disposição Los Catrachos quase aproveitaram e ficaram bem próximos do gol. O lance mais incrível de toda a partida foi em um contra golpe que Suazo rolou para Alverez dentro da área, mas o outro atacante foi parado por Benaglio. Uma defesa quase inacreditável do arqueiro da suiça.
O homem da partida eleito pelos internautas do FIFA.com, Valladares também apareceu em alguns momentos, mas nada tão impressionante com o suiço da mesma posição.
O sentimento na Suiça é de que se conseguisse a vaga para a próxima fase, dificilmente alcançaria algo a mais, pois ficou claro, fazer gol não é com a Schweizer Nati. O ponto positivo é que Honduras pelo menos se despediu com um ponto da Copa do Mundo.
Abraço a todos
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