terça-feira, 29 de junho de 2010

Copa do Mundo – Dia 19

O talento espanhol começa a aparecer, maltrada por ter perdido na estreia, mas hoje mostrou que não pode ser descartada, principlamente por ter um jogador especial no ataque. No outro jogo do dia, não houveram muitas oportunidades de gol, porém emoção não faltou com a disputa de pênaltis.

Paraguai 0x0 Japão (Pênaltis: 5x3)

Gols, só nos pênaltis

Era difícil que aparecesse um gol, a partida não mostrou grandes oportunidades para nenhuma das duas equipes. O Paraguai de Gerardo Martino entrou escalado de forma errada. O treinador argentino sacou H. Valdez para colocar mais um meia, abidicando do esquema 4-3-3, mesmo que com essa organização tática Valdez, quando sem a bola compunha o meio-campo.

O Japão de Takeshi Okada mantinha os japoneses no 4-1-4-1, tendo Honda como único homem no ataque. Os samurais azuis davam a bola para o adversário, não queriam jogar. A ideia era conseguir matar a partida em uma bola área, ou uma falta ou até em um drible de Honda.

O erro na escalação do treinador da Albirroja atrapalhou o desempenho da equipe. O único grande lance da primeita etapa veio em uma jogada de Lucas Barrios, que conseguiu girar sobre a bola e ficar livre para chutar, porém o arremate não foi dos melhores.

A partida seguiu o mesmo ritmo, quase nada de mudanças. O treinador dos Guaraníes arrumou seu equivoco inicial e colocou H. Valdez em campo. O jogador fez a função já executada em outras partidas, era o ponta-esquerda, mas voltava para compor a linha média. O time paraguaio melhorou e ainda assim o jogo seguiu fraco, sem oportunidades. No total cada time chutou no gol adversário seis vezes, todavia, perigo aos goleiros J. Villar e Kawashima, não houve.
Paraguaios comemoram sua classificação nas penalidades máximas - FIFA.com

Não haveria como, somando a seleção paraguaia que vive a sina de nunca ter marcado em uma partida de oitavas de final em Copas, manteve a escrita. E o Japão que não tinha muito interesse em marcar, não tinha como dar em outra coisa: Decisão por penais:

PAR: Barreto (Gol), Lucas Barrios (Gol), Riveros (Gol), H. Valdez (Gol) e O. Cardozo (Gol)
JAP: Endo (Gol), Hasebe (Gol), Komano (No travessão) e Honda (Gol).

Agora classificado o Paraguai vai como azarão frente a Espanha, mas poderá até surpreender. O jogo de hoje também serviu para provar que o time precisa atuar no 4-3-3 mesmo. Mas que de toda a forma, a batalha contra os espanhois será muito difícil de ser vencida.


Espanha 1x0 Portugal

O homem que decide

Dos cinco gols na Copa do Mundo anotados pela Espanha, quatro foram marcados por David Villa. Ele mais uma vez foi decisivo.

A seleção de Vicente del Bosque veio armada no 4-2-3-1, com Villa na meia esquerda, Xavi centralizado e Iniesta aberto pela direita e Torres atuando centralizado no ataque. Já o time de Carlos Queiroz voltava a atuar no 4-3-3 e tinha uma referência no ataque, na partidade disputada no Green Point, Hugo Almeida ocupou essa posição.

A postura espanhola era a mesma das outras partidas, posse de bola e dominio do jogo, mas com dificuldades para fazer o gol e para penetrar na defesa adversária. A seleção lusa mantinha proposta semelhante a do jogo contra o Brasil, ou seja, se mantinha forte na defesa e apostava no contra-ataque.

A fúria teve amplo dominio desde os primeiros minutos da partida. Em alguns momentos a posse de bola batia os 60% e Villa, sempre ele, era a melhor alternativa espanhola na partida. Mas Ricardo Costa se mantinha seguro na marcação do futuro jogador do Barcelona. A movimentação da seleção da terra das touradas era impressionante, porém Xavi e Iniesta, claramente, jogando fora de posição não rendiam tudo aquilo que tem potencial para render.

A primeira chance da partida veio com Fernando Torres, porém não aconteceu o esperado. O jogador do Liverpool-ING e único “estrangeiro” no time titular da fúria ainda não rendeu o que se espera de um jogador com sua capacidade nessa Copa.

Na primeira etapa, Portugal chegou mais perigosamente, superando todas as adversidades. Os contra-ataques funcionaram e o mais incrível, Cristiano Ronaldo não era o principal homem na puxada de tais jogadas. Os volantes Tiago e Raúl Meireles faziam bem esse papel.

Villa comemora o seu quarto na Copa - FIFA.com

Segunda etapa e a tendência da partida não foi alterada. Espanha na frente, com a bola e a seleção das quinas buscava surpreender os vizinhos através dos cotnra-golpes. Mas houve uma mudançã, a furia voltou fazendo uma “Blitz”, só parada por uma jogada em velocidade de Hugo Almeida. Logo depois, tudo voltou ao normal e a Espanha finalmente abriu o placar e, claro, em um golaço de pura coletividade.

Jogada muito bem concatenada. Villa, Xavi, Xabi Alonso e de novo com Xavi que partiu, mas tocou atrás mais uma vez com Xabi Alonso. O camisa 14 da fúria fez passe para Iniesta na entrada da área, o camisa seis conseguiu empurrar a redonda em direção de Llorente. Ricardo Carvalho antecipou o centroavante espanhol, porém a bola volta com Iniesta, que já passa ela para Xavi. O meia dá um sútil e genial toque de calcanhar para Villa (Em impedimento milimétrico), que arremata de primeira com a canhota para a defesa de Eduardo. Mas no rebote com a perna direita, ele chuta por cima do goleiro luso, a bola bate na trave e cai dentro do gol.

Com o gol tudo ficou mais fácil, pois os espanhois não teriam que penetrar a defesa adversária (a grande dificuldade da furia nesse Mundial) e apenas teriam que manter a posse da bola, caracteristíca principal e mais da equipe na África do Sul. Os lusos ainda esboçaram alguma reação, porém não conseguiram nada.

Faltou um pouco de Cristiano, mas a culpa não pode ser creditada totalmente ao gajo de Funchal. Faltou criatividade ao meio-campo luso, talvez com Nani, no ataque juntamente com CR7 a seleção das quinas poderia ir mais longe.

Por outro lado, a Espanha mostrou força. E que mesmo com Vicente del Bosque insitindo em escalar alguns jogadores fora de posição o time é muito. Além disso os espanhois tem Torres no comando de ataque, ainda longe de estar 100% fisicamente. Portanto, quem já descartava a Espanha após a derrota para os suiços, errou infantilmente.

Abraço a todos

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