Espantou a zebra
Forlán jogou bem, mas Luis Suárez com dois gols e Álvaro Pereira fazendo de tudo foram os melhores (Ricardo Matsukawa/Terra)
O medo de ser apontado como favorito antes da partida era justificável, pois nesta Copa América, os favoritos nos mata-matas foram eliminados. Mas era óbvio apontar o Uruguai como aposta certa no jogo em La Plata, mesmo com o gramado em péssimo estado. Desde o início, a celeste olímpica tratou de afastar a zebra e jogou pressionando o adversário quase o tempo todo.
Tábarez utilizou novamente o 4-4-2, mas com uma opção diferente. Sem a bola, Cáceres virava o terceiro pela esquerda e Álvaro Pereira recuava para fechar a lateral-esquerda. O Peru novamente entrou no 4-1-4-1, com Vargas jogando bastante solto pelo lado esquerdo. Yotún tentava apoiá-lo, mas sem sucesso.
Na primeira etapa faltou pouco para sair o gol uruguaio. Porém, os charruas quase foram surpreendidos nos contra-ataques, pois o avanço era tão grande para tentar o gol, que a defesa muitas vezes ficou desprotegida. Mas a blanquirroja não soube aproveitar os espaços. Ir para o intervalo com o 0 a 0 foi um grande lucro para a equipe do técnico Sergio Markarián.
Mas a resistência blanquirroja não durou muito e Suárez marcou duas vezes. Primeiro, aos sete, após rebatida de Raúl Fernández em chute de Forlán. Depois, aos 12, ele recebeu bela enfiada de Álvaro Pereira e limpou o goleiro peruano com extrema tranqüilidade para fazer seu terceiro gol na CA 2011, igualando Agüero na artilharia.
Os peruanos desmoronaram após os dois gols sofridos em cinco minutos. A situação piorou aos 23, quando Vargas foi expulso, acabando com as chances de uma reação blanquirroja. Com a classifcação à final garantida fica a sensação que o Uruguai poderá voltar a ser campeão após 16 anos – o último título também foi da Copa América, em 1995.
Uma zebra já ficou para trás e, na final, mesmo sendo o Paraguai o adversário, o favoritismo será charrúa. Portanto a atenção deve permanecer. Na zona mista após a partida, o goleiro Muslera perguntado sobre quem prefere enfrentar na decisão, afirmou: “não podemos escolher adversários, se queremos o títulos, temos que vencer todos”. O clima na celeste olímpica parece muito bom, a taça serviria para coroar o longo trabalho de Óscar Tábarez à frente da seleção uruguaia.
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