A torcida do Liverpool não gostou do clube na mão de norte-americanos (EPA disponível no site dailymail.co.uk)
Na
mão do fundo norte-americano Fenway Sports Group (donos do Boston Red Sox, da Major League Baseball) desde outubro de 2010,
dinheiro não parece ser o problema para o Liverpool. Porém, saber o que fazer
com ele não tem sido fácil. Várias contratações milionárias foram feitas, mas,
a maior parte delas, passou longe de dar certo em Anfield.
Logo
início da trajetória no comando da tradicional equipe, o fundo norte-americano
fez investimentos enormes: trouxe os atacantes Andy Carroll, do Newcastle, por
36 milhões de libras e Luis Suárez, do Ajax, por mais de 23 milhões de libras.
As contratações foram uma resposta para a saída de Fernando Torres, que foi
para o Chelsea por 50 milhões de libras.
No
segundo ano do novo dono, contratações em massa. Os meias Henderson, do
Sunderland (15 mi) e Charlie Adam, do Blackpool (7 mi); o meia-atacante/ponta Stewart
Downing, do Aston Villa (20 mi); o zagueiro Sebastián Coates, do Nacional-URU
(7 mi); o lateral-esquerdo José Enrique, do Newcastle (7 mi) e o goleiro Doni,
da Roma, e o atacante Craig Bellamy, do Manchester City, em transferências sem
custos.
Para
2012-13, muito dinheiro e, por enquanto, pouco resultado. Os nomes: o
meia-central Joe Allen, do Swansea (16 mi); o atacante Fabio Borini, da Roma
(quase 12 mi); o meia-atacante/ponta Oussama Assaidi, do Heerenveen (3,5 mi) e
o empréstimo de Nuri Sahin, do Real Madrid (4 mi). No começo de 2013, o
Liverpool ainda trouxe o atacante Daniel Sturridge, do Chelsea (13,2 mi).
Ao
todo, 14 contratações para o time principal e que custaram 163,7 milhões de
libras. Entre esses 14 jogadores, hoje, José Enrique e Luis Suárez são
titulares no meio-campo. Os meias Sahin, Henderson e Joe Allen têm minutos no
time, mas não podem ser considerados titulares absolutos dos reds, pois há muita rotação no meia-cancha
de Brendan Rodgers.
O
uruguaio se tornou a grande estrela da companhia e foi – e ainda é –, de fato,
o investimento mais acertado do grupo norte-americano. Com a camisa sete, mesmo
não sendo um centroavante tradicional, ele é o atacante centralizado no 4-3-3
ou no 4-2-3-1 do treinador norte-irlandês. Por isso, é o grande fazedor de gols
do Liverpool. Na EPL, são 20 jogos, 15 gols e três assistências.
O centroavante que falta ao
Liverpool
O grandalhão Andy Carroll custou caro, mas não deu certo com a nove do Liverpool (John Powell-Liverpool FC via Getty Images)
Os
erros da nova diretoria do time da terra dos Beatles são claros. Mas o maior
problema é a falta de um centroavante clássico no elenco, são vários atacantes,
mas nenhum deles é, prioritariamente, um homem de área.. Este jogador seria
Andy Carroll, porém, o ex-Newcastle não deu certo. O cabeludo chegou dos magpies após uma largada muito boa na
temporada 2010-11. Eram 19 jogos, 11 gols e três assistências na English Premier
League. No Liverpool, o desempenho não foi repetido. Ainda no ano em que foi
contratado fez apenas nove jogos (seis como titular) e só balançou as redes
duas vezes. Um jogador de 36 milhões de libras merece mais uma chance, mas, em
2011-12, também decepcionou: 29 partidas como titular, 18 vindo do banco, nove
gols e quatro assistências – cinco tentos e dois passes decisivos foram dados
em copas nacionais.
O
desempenho para o preço que foi pago é muito fraco. Mas um homem de área como
Carroll é a grande carência no elenco dos reds,
talvez, a insistência com ele pudesse valer.
No
4-3-3 do técnico Brendan Rodgers, que prioriza a posse de bola, o homem centralizado
do ataque é Luis Suárez. O uruguaio pode funcionar e hoje funciona como
centroavante. Porém, o camisa sete também sabe jogar pelos flancos (já fez isso
no Ajax e na seleção) e, no centro, não é tão forte para jogar de costas para
os zagueiros. Jogando pelos lados dando apoio a um centroavante, o rendimento
ofensivo do Liverpool poderia melhorar – é o sétimo melhor da EPL, com 34 gols
anotados.
Sturridge
chegou recentemente e já marcou na FA Cup, quando jogou como centroavante.
Porém, antes de ficar de fora das escalações do Chelsea, André Villas-Boas deu
espaço para o recém-contratado dos reds
na ponta-direita de seus times, seja no 4-3-3 ou 4-2-3-1 ou até no 4-1-4-1.
Atuando aberto pela direita o agora camisa 15 dos reds, funcionou bem. Canhoto, Sturridge tinha a boa opção do corte
para o meio e o chute forte com a perna esquerda. Portanto, mais um atacante
contratado sem ser exatamente o homem de área que faz falta no elenco do
técnico norte-irlandês.
Um
“trombador” (como Carroll) ou até um centroavante mais técnico, mas com
bastante força física, poderia ser uma alternativa bastante válida para o
elenco de Brendon Rodgers, mesmo que este estilo de jogador não case com a
mentalidade do comandante dos reds. Se
Carroll não serviu, o Liverpool deve ir atrás de outro centroavante. Ao longo
do post, ficou claro que dinheiro não é problema para os mandatários do clube.
Em breve, o Liverpool e, principalmente, Brendon Rodgers serão o assunto da minha coluna sobre tática no Premier League Brasil.
Em breve, o Liverpool e, principalmente, Brendon Rodgers serão o assunto da minha coluna sobre tática no Premier League Brasil.
*Os valores das
transferências apresentadas nesta postagem são resultado do levantamento do
site: http://www.transfermarkt.co.uk.
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