Cristiano Ronaldo: felicidade é o resultado de muito suor (RealMadrid.com)
Cristiano
Ronaldo está entre os melhores jogadores do mundo há muito tempo, pelo menos,
seis temporadas. Desde os tempos de Manchester United, o português da Ilha da
Madeira assombra o mundo com a sua velocidade, técnica e capacidade física. Mas
o que impressiona é que o melhor do mundo em 2008 não se acomodou com o prêmio
e parece só evoluir para buscar a segunda consagração na festa da FIFA.
A
busca por evolução tem muito a ver com a consolidação de Messi como melhor do
mundo – o argentino foi eleito pela FIFA em 2009, 2010, 2011 e 2012. Sempre
tive a impressão de que o camisa dez blaugrana
nasceu com mais talento do que Ronaldo, mas o hoje camisa sete do Real
Madrid me dá a sensação de ter se dedicado mais para alcançar o nível de jogo
que tem. E, de fato, não são raros os relatos que mostram toda a dedicação com
que o “Gajo” participa dos treinos.
A
força com que participa dos treinamentos e um rival para motivá-lo a melhorar
parecem ser os motivos da evolução constante do craque português. Os números
mostram isso: no Real Madrid, Cristiano Ronaldo se tornou uma “máquina” de
marcar gols. Pelos merengues são 186
partidas e 188 gols anotados, números impressionantes. Além de estar em fase
técnica impressionante, o camisa sete mostra todo o esplendor físico neste ano:
ficou no banco apenas duas vezes em toda a temporada, dificilmente é
substituído e as lesões são cada vez mais raras.
Estaque é a sua melhor largada de ano pode colocá-lo como melhor do mundo em 2013.
Neste ano, já foram 19 gols marcados e o mais próximo disso foram os 15
anotados no início de 2012. Por enquanto, a disputa pelo prêmio FIFA se desenha
para ser contra as novidades, Bale e Suárez e os velhos adversários, Iniesta e
Messi. Mas, até aqui, ninguém foi melhor que CR7.
Oxigenar o elenco
Enquanto
Ronaldo parece estar no auge de sua carreira e, de fato, tem o que é necessário
para liderar o Real Madrid para “La
Décima” – a décima taça de Ligas dos Campeões da história dos merengues. Por outro lado, jogadores
outrora bastante interessantes para se ter no elenco já não vivem grande
momento, por isso, para o futuro, uma reformulação será necessária.
Talvez,
o maior exemplo seja o defensor Albiol, que foi campeão do mundo com a Espanha
em 2010. O camisa 18 blanco também
venceu as duas últimas Eurocopas com a Fúria,
porém, não tem sido útil ao técnico José Mourinho. Mas se ele serve – como
reserva – para a melhor seleção do mundo, a culpa da não participação dos jogos
é do treinador luso? Errado, na Roja,
o defensor valenciano não participou de nenhum jogo nas duas últimas conquistas
espanholas e, no Real, quando o “Special
One” aposta nele, o rendimento não é satisfatório. Neste final de semana,
Albiol fez exibição bem ruim na vitória – com dois gols de Ronaldo – por 2 a 1
contra o Celta.
No
mesmo setor, outro jogador que é, cada vez mais, dispensável é Ricardo
Carvalho. Já com 34 anos, o português, que sempre teve boa ligação com Mourinho, não vive seu melhor momento e a idade começa a pesar. Na última
temporada, o Real tentou se desfazer do hoje camisa 11, mas foi o zagueiro não
quis sair, optando pela comodidade de seguir sendo merengue, manter o bom salário, porém, sem ser preponderante no
elenco. Neste sentido, um bom zagueiro, de preferência jovem, deveria ser um
dos alvos dos blancos na próxima
janela de transferência.
Um
lateral-direito para ocupar o posto nos onze inicias também seria importante,
pois o hoje titular Arbeloa pode ser importante para a composição do elenco –
joga nas duas laterais –, mas já mostrou que não pode ser a opção número um
para o Real Madrid. Porém, o ponto que tenho batido mais é a questão dos
atacantes. No ano passado escrevi que os merenguestinham duas ótimas opções para o ataque: Benzema e Higuaín. À época, o
francês tinha cinco gols e o camisa 20 havia anotado oito vezes.
Passado
mais de quatro meses, o camisa nove tem 15 gols e o argentino marcou dez vezes.
Os números de Benzema são bons, mas o rendimento caiu. É só observar o
desempenho de ambos dentro de campo: muitas oportunidades perdidas e menos gols
marcados do que estão acostumados. Por isso, como na defesa, acredito que haja
a necessidade de uma mudança nas peças ofensivas do Real Madrid.
Benzema
e Higuaín poderiam muito bem se encaixar em outras equipes e outros
centroavantes poderiam dar certo no centro do ataque merengue. Com a eventual negociação dos dois atuais atacantes do
elenco, o dinheiro recebido poderia ser reinvestido no mercado. Cavani e
Lewandowski que são os artilheiros da Serie A e Bundesliga respectivamente dão
sinais que estão em final de ciclo em seus clubes e, por isso, a probabilidade
de sucesso em uma negociação é alta. Além desta dupla, existem jogadores de
nível muito alto que a transferência seria mais difícil, mas, pelo dinheiro
certo, poderiam vestir a camisa blanca:
Agüero, Falcao García e Soldado.
Ou seja, o mercado têm opções para o Real
Madrid oxigenar seu ataque e, consequentemente, mexer no elenco para
melhorá-lo. Mas várias dúvidas circulam: Haverá reformulação? Mourinho será o responsável por conduzir esta reformulação? Outro técnico com o mesmo elenco poderá alcançar os mesmos resultados do técnico luso? O futuro poderá responder estes questionamentos, mas reafirmo, mexer com este grupo é fundamental.
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