Colômbia
Falcao García é o dono da bola, mas a Colômbia não se resume ao artilheiro (EFE/Mauricio Duenas)
A história recente do futebol colombiano é semelhante à dos belgas, porém, com um ponto mais negativo e outro bastante positivo. Os sul-americanos não iam ao Mundial desde 1998 (portanto, 16 anos de ausência), mas tiveram um brilho continental depois disso, com a conquista da Copa América disputada em casa, em 2001, quando Aristizábal esteve em grande destaque, conquistando a artilharia do torneio.
Esta geração colombiana bebe da fonte de times que tiveram sucesso recente no futebol base mundial e sul-americano. O trio de meias, Guarín, Aguilar e Macnelly Torres ficou em terceiro lugar no Mundial sub-20 2003. Dois anos depois, o grupo mudou, mas Guarín e Aguilar estavam lá, e ganharam companhia de Zapata, Valdés, Zuniga, Edwin Valencia e Falcao García. Com este grupo, sob o comando de Reinaldo Rueda – hoje, técnico do Equador, que também virá a Copa de 2014 –, a Colômbia foi campeã sul-americana sub-20, deixando Argentina, de Messi e Lavezzi; e o Brasil, de Sóbis e Fernadinho; para trás. No título, Rodallega, que iniciou a competição como reserva, foi o grande destaque, com 11 gols. O artilheiro daquela disputa hoje nem está mais no elenco tricolor, o que mostra as boas opções ofensivas desta seleção.
A história desta Colômbia começa a mudar quando a Federação escolhe Hernán Darío Gómez, no meio de 2010, para assumir a seleção com o único objetivo: voltar ao Mundial. No meio deste percurso, os cafeteros fizeram ótima campanha, na primeira fase da Copa América de 2011. Mas caíram logo em seguida, nas quartas de final e, com isso, o treinador deixou o comando da equipe. O auxiliar Leonel Álvarez foi promovido ao cargo de técnico principal, porém, a trajetória tricolor mudou mesmo com a chegada do argentino (com passagem longa pela Colômbia, quando era jogador) José Pekerman, no início de 2012.
“Ele tratou de nos dar a confiança necessária para que pudéssemos jogar da forma como estamos acostumados: tentando competir de igual para igual tanto em casa quanto fora e buscando sempre as vitórias sem rodeios. Hoje em dia, somos uma seleção mais madura e equilibrada”. Disse Falcão García ao site da Fifa recentemente. O principal jogador da tricolor (um dos principais atletas do mundo) mostra a importância de Pekerman, o homem que consegue dar equilíbrio à Colômbia. Pois está claro que a parte ofensiva da seleção tem muito talento, porém, nas Eliminatórias, além do bom ataque, a defesa é a melhor da tabela ao lado da Argentina, méritos para o comandante.
Um volante mais fixo e quatro meias buscando municiar o brilhante centroavante, Falcao García (clique na imagem para ampliar)
Taticamente o time joga prioritariamente no 4-1-4-1, porém, muitas vezes, com o avanço dos meias-externos passa a ser um 4-3-3. Um ponto importante para o bom funcionamento do esquema cafetero e que não tem funcionado ultimamente é o meia-central Guarín, que vive má-fase técnica na Internazionale, mas que foi fundamental na campanha da Copa América de 2011. Nestes oito meses que separam a Colômbia do Mundial, um dos principais trabalhos de Pekerman será a recuperação do camisa 13.
Após viver “uma das maiores alegrias da minha vida”, o técnico argentino e seus dois auxiliares seguirão trabalhando muito. Durante a trajetória à frente da seleção, o trabalho de pesquisa sobre os adversários foi destacado pelos comandados e poderá fazer a diferença na Copa de 2014. Para dar mais bagagem aos cafeteros, a Federação Colombiana também trabalha e, em novembro, agendou amistoso frente à Bélgica e Holanda, na Europa.
Acostumar os jogadores à grandes jogos, com seleções que estarão na Copa, poderá ser o antídoto para a falta de experiência em Mundiais do elenco tricolor. A inexperiência é algo que poderá pesar à esta geração colombiana: dos 23 jogadores constantemente convocados por Pekerman, apenas o goleiro reserva Mondragón esteve em uma Copa do Mundo. Mesmo com a maioria dos cafeteros jogando há muito tempo na Europa, não ter disputado um Mundial poderá ser mais um desafio para a boa seleção colombiana. Mas com o incrível centroavante Falca García e o comando do equilibrado José Pekerman, sim, a Colômbia poderá surpreender na Copa do Mundo, que, muito possivelmente, virá ao Brasil como cabeça de chave.
PS: talvez, tenha mais algumas seleções que serão abordas aqui na "Olho nelas", porém, deverão ser faladas apenas mais para frente.
PS: talvez, tenha mais algumas seleções que serão abordas aqui na "Olho nelas", porém, deverão ser faladas apenas mais para frente.
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