Colômbia decepciona
Guarín foi o dono do meio-campo colombiano e deve aumentar sua participação para que a produção ofensiva dos cafeteros cresça (David Felipe Rincón/Terra)
Talvez por esperar muito desta Colômbia, me decepcionei bastante com o futebol apresentado frente à fraca e confusa Costa Rica. O técnico Hernán Gómez havia prometido mobilidade e posse de bola, apenas o segundo item foi atingido e muito pela fragilidade adversária. Os cafeteros começaram o jogo no 4-1-4-1, com Dayro Moreno e Adrián Ramos invertendo de lado nas pontas. Bolívar era o jogador mais preso. Do outro lado, uma confusão: muitas trocas de posição, em um estranho 3-4-2-1.
A Colômbia do 4-1-4-1 antes da expulsão de Brenes, que mudou o jogo (clique na imagem para ampliá-la)
Porém, o jogo muito pelo nervosismo costarriquenho. O jovem time de La Sele Tricolor já havia recebido três cartões amarelos em 24 minutos e, três minutos depois, o primeiro vermelho da competição. O meia-atacante Brenes chegou duro em Perea e foi expulso. A partir daí, o domínio da bola ficou mesmo para a Colômbia, que agiu rápido e mudou: saiu o volante Aguilar para a entrada de Rodallega, partindo para o 4-2-3-1, com a linha de meias bem adiantada.
A Colômbia no 4-2-3-1 após a expulsão, com Guarín sendo o dono da bola (clique na imagem para ampliá-la)
Não pode ser dito que houve resultado positivo. A vantagem numérica serviu para que os cafeteros ficassem mais com a bola e só. O gol veio por “acaso”. Guzmán pedalou no círculo central e foi desarmado por Bolívar. A bola ficou com Guarín que dominou e, com muita classe, colocou Adrián Ramos livre na entrada da área. O atacante dominou levando a bola para a esquerda e quando viu ter vencido o goleiro Moreira, bateu de perna direita para o gol aberto.
No segundo tempo, a tendência do jogo não mudou. Domínio territorial e da bola para a Colômbia, mas com poucas chances de gol. Quando elas apareceram, o goleiro Moreira se comportou bem. Mesmo com a boa movimentação, os ticos não conseguiram assustar a defesa colombiana, que parece ser o “calcanhar de aquiles” dos cafeteros.
A estreia ruim não pode fazer com que descartemos a Colômbia. Mas para seguir bem cotada, eles terão que resolver alguns problemas. Falcão García terá que ter mais oportunidades para marcar. Além disso, Guarín terá que receber mais bolas, pois ele é o “cara” para criar estas chances ao companheiro de Porto.
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