Milito levanta a torcida interista, nos dérbis, ele tem se dado bem. (Inter.it)
O clima era tenso
no estádio Giuseppe Meazza. A Inter, dona da casa nesta tarde, precisava da vitória para manter a
remota chance de se classificar à próxima Liga dos Campeões e o Milan queria os
três pontos com o intuito de evitar um título da Juventus. Os nerazzurri entraram em campo armados por
Andrea Stramaccioni na teoria em um 4-3-2-1, com Álvarez e Sneijder atrás de Diego Milito. Mas, na prática, o argentino ficava mais recuado pela esquerda, configurando um 4-4-1-1 .
Já, no outro lado, Allegri escalou o Milan no tradicional 4-3-1-2, com
Kevin-Prince Boateng na criação e Ibrahimovic e Robinho, como dupla ofensiva.
O derby della madonnina começou em alta
rotação, como esperado. Os “visitantes” iniciaram melhor e quase abriram o
placar com Ibrahimovic. Mas, aos pocuos, a Inter começou a se impor e Sneijder
passou a tomar conta das ações - o holandês jogou muito, mostrando ter recuperado seu futebol no final da temporada. Em falta cobrada por ele, a defesa milanista
assistiu ao lance e viu Diego Milito marcar, após passe de Samuel. Mesmo melhor
em campo, os nerazzurrri não
conseguiram ampliar e sofreram o empate no final do primeiro tempo. KPB invadiu
a área e foi desarmado por Júlio César, mas, para o árbitro Rizzoli: pênalti.
Ibra e JC trocaram provocações e o sueco fez o 1 a 1, seu 27° gol na Serie A.
Com o jogo
igual e uma confusão entre um auxliar interista e Robinho na descida para os
vestiários, a partida prometia voltar quente para o segundo tempo. E a
expectativa se realizou no primeiro lance da etapa final: Ibra, o artilheiro do
Italiano, virou o jogo e marcou o seu gol 28 na disputa. A Inter não se abalou
e empatou logo. Abate fez pênalti infantil em Milito, que cobrou e marcou o 2 a
2.
Daí para
frente, a partida ficou muito aberta, mas o terceiro gol não aparecia. Por
isso, pouco depois dos 30 minutos, os dois lados fizeram alterações ofensivas.
Na Inter, Pazzini no lugar do apagado Álvarez e, no Milan, Muntari deixou o
gramado para a entrada de Cassano. Os nerazzurri
conseguiram passar na frente mais uma vez, em jogada com participação de Pazzo, que desivou cruzamento e viu a
bola pegar no braço de Nesta, que estava com ele aberto: mais um pênalti.
Milito cobrou e marcou a tripleta
– sexto gol em seis jogos contra o rival na Serie A, com a camisa nerazzurra.
Maicon foi para a família, após marcar um golaço (Inter.it)
Porém, o mais
belo ficou para o final. Maicon avançou pelo lado direito e, próximo da entrada
da área, soltou a bomba de direita. Amelia não fez nada e viu a bola entrar em
seu ângulo direito. O 4 a 2 levou a Inter a loucura. O lateral brasileiro saiu
comemorando e foi para a torcida, apontando para a família. Além disso, na
comemoração do gol, Júlio César atravessou o campo para participar da festa.
Com o 4 a
2, a Juventus venceu o seu 28° scudetto
e a Inter segue viva na briga pela terceira vaga italiana. Mas, para conquistar
o que parecia improvável há oito rodadas atrás, os nerazzurri precisam de uma grande combinação de resultado na
próxima semana: vencer a Lazio, em Roma; a Udinese perder para o Catania fora
de casa e o Napoli não ganhar do Siena, no San Paolo.
A mudança interista tem um nome: Andrea Stramaccioni,
o ex-treinador da equipe primavera da Inter, que revigorou o elenco. Com ele
são oito jogos, cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota. É provável
que Massimo Moratti renove com o jovem treinador para a próxima temporada. Deve
ser ele o homem a conduzir a nova Inter, que deve ser reformulada em 2012-13.
Hoje, enxergo que a manutenção de Guarín no elenco pode ser o primeiro passo
interessante para esta reformulação.
Cordoba
Cordoba é festejado pelos companheiros de time, depois da sua última partida em "sua casa na Itália" (Inter.it)
A partida
ainda marcou a última partida de Iván Cordoba pela Inter em Giuseppe Meazza, pois
ele anunciou que não irá seguir na equipe em 2012-13. O colombiano de 35 anos fez
455 jogos e marcou 18 vezes em sua trajetória nerazzurra. Neste domingo, ele teve a sorte de jogar os minutos
finais contra o maior rival, pelo fato do jogo já estar decidido. Com o apito
final, o camisa dois foi homenageado pelos companheiros e pela torcida, que
enquanto ele esteve em campo, não cansou de exaltá-lo. Depois de tudo, Cordoba
disse: “eu vou dizer isso: obrigado, Inter”.
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