O primeiro gol de
Lucas
Ameaçado na seleção brasileira, Lucas conseguiu uma boa atuação no 2 a
0 do PSG, porém isso só foi possível, quando ele teve espaço para jogar (Jean
Pierre Muller/AFP)
O PSG encarou o Bordeaux fora de casa e conseguiu uma
vitória por 2 a 0, mesmo fazendo um primeiro tempo bem ruim. O problema foi o
mesmo de sempre: falta de criação. Blanc armou o time no 4-3-3, com três
volantes no meio, mas além de marcadores, Thiago Motta, Matuidi e Verratti
passam bem a bola e têm boas condições de chegar ao ataque, que era composto
por Lucas na direita, Ibrahimovic no centro e o jovem (18 anos) Ongenda na
ponta-esquerda.
A alternativa que deu certo foi Ibrahimovic assumir a responsabilidade de criar, muitas vezes, recuando para abrir espaços para a penetração dos volantes. O sueco tem esta característica, pois é muito técnico e tem um bom passe. O dez parisiense recuou e, da entrada da área, descobriu a penetração de Matuidi pelo lado esquerdo da área. O volante aproveitou a chance e marcou.
Com o resultado negativo em casa, os girondinos deixaram o time exposto e pareciam convidar o visitante para um contra-ataque, a especialidade de Lucas. Foi, em um lance assim, que o brasileiro recebeu ótima enfiada de Verratti, nas costas da defesa do Bordeaux, e marcou pela primeira vez pelo PSG – um gol e quatro assistências, em 21 partidas. O camisa 29 fez ótimo segundo tempo, aproveitando o espaço cedido pelo rival, mas ainda falta aparecer em jogos onde tiver uma marcação mais apertada. Lucas ainda conseguiu colocar Ibrahimovic – duas vezes – e Rabiot na frente do goleiro adversário, porém ambos não converteram os gols.
No ritmo do Mágico de Oz
Özil já mostra que se encaixa muito bem no jogo do Arsenal, 90% de passes completos na partida (FourFourTwo Stats Zone)
No 4-2-3-1 de Arsene Wenger, Özil jogou livre. Prioritariamente, pelo centro, o alemão fez ótima exibição, ao encarrar, um
Sunderland sujeito ao domínio do clube de Londres. Na maior parte do tempo, os gunners controlaram a posse, terminando
com 69,4% do domínio dela. Além disso, os londrinos conseguiram jogar com a
velocidade prometida, mesmo com Walcott em um dia ruim.
A maior contratação da história dos gunners além de jogar pelo centro, também caiu pela esquerda,
abrindo espaço para as chegadas pelo meio de Ramsey e Wilshere, titular pela
ponta-esquerda. Mas foi Özil, que chamou a atenção, acostumado a criar chances
de gols, o alemão proporcionou, nas últimas cinco temporadas, 382 oportunidades
aos companheiros (maior número entre as cinco grandes ligas) e repetiu o
desempenho na estreia pelo Arsenal. Foram quatro chances claras – duas para Giroud
e duas para Walcott – surgidas através de seus pés e, um destes passes para o
centroavante francês, resultou em gol.
O segundo gol veio em jogada de Jenkinson pela direita e
belo arremate, de primeira, de Ramsey. Golaço, curiosamente com participação de
dois dos cincos jovens, que tiveram os contratos renovados pelo Arsenal no
final de 2012 – os outros, Wilshere, Oxlade-Chamberlain e Gibbs. O galês (seis
partidas, cinco gols e uma assistência) ainda fez o terceiro (1 a 3, na partida),
em jogada tramada por Özil e Giroud, que largou muito bem a temporada, quatro
gols, em quatro partidas da Premier League.
Equilíbrio no Derby d’Italia
Pogba e Vida comemoram o empate frente à Inter: na Serie A, bianconeri
e nerazzurri vêm empatados atrás de Napoli e Roma, com sete pontos (Ag. Reuters)
O Giuseppe Meazza recebeu o grande jogo da rodada no futebol
mundial: o jogo entre Inter e Juventus. Mazzarri e Conte apostaram no mesmo
sistema tático, o 3-5-2. Com isso, a partida foi muito estudada e os dois lados
não tiveram tantas chances de gol. O resultado disso tudo o empate em 1 a 1.
Primeiro os nerazzurri marcaram com
Icardi, mas, dois minutos depois, Vidal empatou.
Deve se destacar que, com a chegada de Mazzarri, alguns
jogadores que ainda não haviam se dado bem na Inter, conseguir elevar o nível
de jogo. São os casos de Juan, Nagatomo, Jonathan e Álvarez (autor da roubada de bola e da assisência no gol nerazzurro), que largaram muito
bem na temporada e foram bem no dérbi também. Do outro lado, chama a atenção
como Vidal vem evoluindo, o ótimo jogador chileno parece um patamar acima do
que já esteve na carreira e, hoje, está à frente de Pirlo na briga pelo
protagonismo bianconero e, sem
dúvida, é um dos 15 melhores jogadores do mundo. Na ausência de Marchisio (lesionado),
Pogba vem compondo muito bem o meio-campo da Vecchia Signora.
O encaixe perfeito de
Eto’o
Eto'o estreou bem, mas com derrota (Getty Images)
Apesar da derrota, por 1 a 0, frente ao Everton, no Goodison Park
mostrou que Eto’o é o centroavante ideal para o 4-2-3-1 dos blues. O camaronês interagiu muito bem
com os três meias-atacantes, que se mexem muito, e encontraram no camisa 29, um
jogador que também tem como característica esta mobilidade. Integração
perfeita. A participação de Eto’o no jogo mostra como, em sua primeira partida,
ele já se sentiu à vontade com a camisa azul do Chelsea: seis finalizações, três
delas no gol; recebeu 30 passes, em vários setores do campo; e roubou duas
bolas.
A derrota foi consequência das chances perdidas pelo Chelsea,
que viu o Everton ser, praticamente, letal nas poucas oportunidades que
construiu na partida. E olho em Ross Barkley, de apenas 19 anos, que foi o
meia-atacante pelo centro no 4-2-3-1 de Roberto Martínez, e participou bastante
da partida, criando boas oportunidades para o ataque dos toffees. A combinação de técnica e força física do jovem é bem
interessante, vale prestar a atenção.
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