Intensidade
Agüero foi mais um dos destaques dos citzens na goleada sobre o Manchester United (Getty Images)
Há uma evidente mudança de postura do Manchester City, com a chegada de Manuel Pellegrini, o time mais defensivo de Roberto Mancini ficou para trás. O chileno transformou os citzens, que, agora, jogam mais no ataque e não seguram tanto a bola, pois, ao controlarem a posse dela, logo visam as finalizações. O retrato desta intensidade foi visto no dérbi de Manchester, no Etihad Stadium, que terminou com vitória dos donos da casa, por 4 a 1.
Logo após o primeiro gol dos Sky Blues, aos 17 minutos, os números refletiam o que era o jogo. Posse de bola, City 68% x 32% United, e, as finalizações, 8 a 0 para o City, sendo cinco chutes bloqueados, um no gol e dois para fora. Era um massacre, que só aumentou. Com cinco minutos da segunda etapa, os comandados de Pellegrini já tinham alcançado o 4 a 0. Era difícil apontar alguém jogando mal com a camisa sky blue, Yaya Toure e Fernandinho combinavam bem na volância, Negredo participava muito como centroavante, e, os três meias, Jesús Navas, Agüero (muitas vezes virava atacante) e Nasri também faziam ótima jornada.
A vitória tranquila até ali, fez com que o City, naturalmente, diminuísse o ritmo alucinante imposto nos primeiros 50 minutos de partida. Por isso, o United entrou no jogo, melhorou, mas, em momento algum, ameaçou, de fato, a vitória tranquila dos donos da casa. Os red devils se aproximaram no número de finalizações e acabaram, com a desvantagem de 18 a 14, mas longe do intenso início sky blue. O esforço dos visitantes foi recompensado, com o golaço de falta de Rooney – o melhor do United – quase no final do jogo.
David Moyes tenta repetir a receita vencedora de Ferguson, mexendo pouco no sistema de jogo e, quando o altera, muda dentro daquilo que o antecessor fazia: do 4-4-1-1 para o 4-2-3-1 e vice-versa. Neste domingo, ficou clara a dependência que o United tem na dupla Rooney e Van Persie, tanto para criar quanto para finalizar – problema que já existia com Fergie. Hoje, com a ausência do holandês, os red devils só tiveram o "Shrek", pois os wingers do time seguem sem serem constantes e a dupla de meias centrais também não funciona bem. Agora, o City é o terceiro, dois pontos atrás dos norte-londrinos, Arsenal e Tottenham. Enquanto o time de Moyes, fica em sétimo a cinco pontos dos dois líderes.
Milito comemora gol, em seu retorno aos gramados, na vitória, por 7 a 0, frente ao Sassuolo - (Inter.it)
A Inter vem se concretizando entre os primeiros colocados da Serie A 2013-14. Quem acompanha o blog já vem lendo sobre o desempenho dos nerazzurri sob o comando de Walter Mazzarri. Jogando sempre no 3-5-2, com o técnico e com a adição de Campagnaro à zaga, o time ganhou consistência defensiva (em quatro jogos, um gol sofrido), o que também possibilita liberdade à Jonathan e Nagatomo, que sem tanta responsabilidade para marcar, conseguem render muito bem ofensivamente.
Se a defesa vai bem, o ataque não fica devendo e foi o setor ofensivo que se destacou neste final de semana, frente ao Sassuolo. A Inter atropelou o clube recém-promovido da Serie B fora de casa, por incríveis 0 a 7. O bom rendimento do ataque teve como destaque Ricky Álvarez, jogador que evoluiu muito com Mazzarri, e a boa presença ofensiva dos laterais. A movimentação de Palacio no ataque também chamou a atenção. A volta de Milito ao time, após sete meses parado, animou, pois, em 35 minutos em campo, o argentino marcou duas vezes. Quem não repete as melhores atuações na Beneamata é Guarín.
O feito da Inter é muito impressionante, principalmente, quando confrontamos a vitória com os números apresentados por Alexis Martín-Tamayo, no Twitter, Mister Chip. A Inter não marcava sete gols ou mais desde 14/04/96, no 8 a 2, frente ao Padova. E uma vitória por sete gols de diferença não vinha desde 13/03/66, no 7 a 0, contra o Brescia.
O óbvio
O novo centroavante da Juventus, Llorente é um grande cabeceador, e o armador central do Arsenal, Özil cria chances de gols como poucos no futebol mundial. O alemão chegou nesta temporada e foi titular em todas as partidas desde que chegou. Com isso, o camisa 11 gunner tem três assistências, em três jogos – duas delas, neste domingo, frente ao Stoke.
Por outro lado, o centroavante basco ainda não havia tido chances de jogar desde o início pelos bianconeri, porém, neste domingo, foi titular frente ao Hellas Verona. Jogou 69 minutos, finalizou quatros vezes (as quatro na baliza adversária), e marcou o gol da vitória, por 2 a 1, dos atuais bicampeões. O gol veio, de cabeça, após cruzamento de Vidal (sempre ele!).
Massacrado
Vermeer aparece na foto fazendo uma defesa, porém, a atuação, no início desta temporada, é bastante discutível (Voetbal International)
Haviam dois objetivos claros no início da temporada para o Ajax: conseguir, ao menos, passar da primeira fase na Liga dos Campeões, e alcançar o tetracampeonato, que, a última vez que veio na Holanda, foi do grande rival PSV (2004-05, 2005-06, 2006-07 e 2007-08). Os atuais tricampeões dominaram a Eredivisie recentemente com, praticamente, o mesmo elenco, com perdas e reposições pontuais.
Porém, neste ano, o ritmo mudou e os Godenzonen perderam dois dos principais jogadores do elenco. O maestro do meio-campo, Eriksen, e o zagueiro capitão, Alderweireld deixaram Amsterdan, mas a reposição não foi do mesmo nível. O resultado é um time sem muita experiência e menos qualidade. Por isso, o Ajax é, hoje, o sétimo – próximo aos líderes, é verdade – na Eredivisie e tem três vitórias, dois empates e duas derrotas.
Sem vencer fora de casa, neste domingo, o Ajax visitou o grande rival, PSV. O resultado foi decepcionante, apesar do bom primeiro tempo, os visitantes sucumbiram na segunda etapa e acabaram massacrados, por 4 a 0, com gols marcado em 15 minutos.
O que acentua o ponto negativo da derrota é que os vermelhos e brancos, mesmo em ano de centenário, também não têm um grande time, portanto, a derrota é muito dura – ver o rival em primeiro na tabela e já com quatro pontos de vantagem também machuca.
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