sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Em busca do 24° título

 Robben e Ribéry: a exepcional dupla do Bayern decidiu na estreia da Bundesliga (Imago)

O Bayern de Munique começa a Bundesliga 2013-14 ainda mais favorito. Na temporada passada, a equipe de Jupp Heynckes venceu a Copa da Alemanha, a Liga dos Campeões e a Bundesliga. A última conquista veio de forma irrepreensível: nos 34 jogos, 29 vitórias, 4 empates e 1 derrota, com 98 gols marcados (melhor ataque) e apenas 18 sofridos (melhor defesa) – de quebra, 25 pontos de vantagem para o vice-campeão, Borussia Dortmund.

Como manda a tradição alemã, o campeão do ano anterior é o responsável por abrir o campeonato posterior. Por isso, os bávaros receberam o Borussia Monchengladbach na Allianz Arena. Com o novo técnico do Bayern, Guardiola, que realizou muitas experiência durante a pré-temporada, a expectativa era de grandes mudanças na escalação dos donos da casa. Porém, na prática, não foram grandes mudanças, do 4-2-3-1, a equipe passou a jogar no 4-1-4-1 para enfrentar um adversário armado no 4-4-2.

 A escalação inicial de Guardiola foi parecida com o Bayern de 2012-13 (clique na imagem para ampliar)

Acostumado a não usar um centroavante de ofício nos últimos tempos de Barcelona, Guardiola abdicou de usar um nove na maioria dos jogos da pré-temporada, mas, na estreia, Mandzukic foi mantido entre os 11. Por não ser um jogador estático, o croata abre espaços para a penetração dos meias e ajuda na marcação também. Outra novidade foi Schweinsteiger como único volante, bem recuado o camisa 31 facilitou a saída de bola bávara – Kroos, às vezes, recuava para colaborar com Schwein. À frente dele, Robben, Müller, Kroos e Ribéry infernizaram a marcação adversária, com muita movimentação e finalizações de fora da área.

A já famosa combinação de Ribéry com Robben foi responsável pelos dois gols do Bayern. Primeiro, o francês lançou para o holandês marcar. Depois, o camisa dez cruzou, o camisa sete finalizou e, no rebote, o centroavante Mandzukic marcou. Parecia que seria fácil, pois os bávaros controlavam a posse de bola (terminaram o primeiro tempo com 60%) e tinham boas chances em arremates de longe. Porém, Ter Stegen, que não estava muito bem, começou a aparecer e foi decisivo.

Os Protos assustavam em contra-ataque, encontrando espaços na defesa (ponto mais fraco do time) do Bayern e Neuer aparecia bem. Mas, no final da primeira etapa, o Monchengladbach recuperou uma bola na linha média e, com Arango na ponta-esquerda, conseguiu o cruzamento na área. Dante se preciptou, antecipou Neuer e, de carrinho, fez contra. A jogada seria defendida tranquilamente pelo goleiro bávaro, pois Raffael, que chegava para finalizar, estava atrasado. Com gol e o 2 a 1 no placar, o jogo ganhou novo ânimo para o segundo tempo.

O  ritmo da segunda etapa foi alucinante, e o Monchengladbach quase empatou a partida logo no início de jogo. Foram algumas oportunidades dos Potros, que viam, no contra-ataque, o Bayern assustar. A troca de ataques chamou a atenção e levou o comentarista do Esporte Interativo, Vitor Sergio a declarar, em seu twitter: “Hoje a velocidade com q os times alemães ‘trocam ataques’ é algo fora da realidade. O time leva bola na trave e 10s depois tem chance clara” – impressiona mesmo.

O gol   que matou o jogo veio em lance confuso, aos 65 minutos. Primeiro, o árbitro marcou um pênalti em toque de mão. Müller cobrou e Ter Stegen fez a defesa, mas, no rebote, nova penalidade, em outro toque no braço. Desta vez, Alaba cobrou e marcou deslocando o jovem goleiro do Borussia Monchengladbach.
Com o 3 a 1, Guardiola teve tranquilidade para fazer algumas experiências. O 4-1-4-1 foi deixado de lado e entrou em ação um 4-3-3. No ataque, Robben espetado na ponta-direita, Ribéry bem enfiado no lado esquerdo e Mandzukic no centro. A opção visava explorar a velocidade dos ponteiros para ampliar nos contra-ataques, o que não ocorreu.

Além disso, o técnico catalão armou o meio-campo com o zagueiro Kirchhoff (ex-Mainz) de primeiro volante, Lahm como meia pela direita e Kroos (depois substituído por Javi Martínez) pela esquerda. Esta alternativa com o camisa 21 como volante/meia foi bastante comum na pré-temporada e segue sendo aprimorada. Com Lahm jogando mais à frente, quem tem entrado para ocupara a lateral-direita é Rafinha, que, desde o deslocamento de Alaba para a lateral, não teve grandes oportunidades para ser titular do time.
Vitória por 3 a 1, grandes atuações de Robben e Ribéry e ainda Mario Götze para entrar no time, o panorama ofensivo do Bayern parece ser bastante promissor neste ano. Os pontos negativos da estreia na Bundesliga foram a defesa, que não teve boa jornada, e Müller, que não rendeu no nível habitual, ao jogar como meia-central no 4-1-4-1 inicial dos bávaros.

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